tag:blogger.com,1999:blog-61366034895312550022024-02-21T03:13:36.899-08:00RABI e TALMIDIMFabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-62160298287342940642013-08-16T07:50:00.003-07:002013-08-16T07:50:45.576-07:00<div>
<span style="color: #783f04; font-family: Trebuchet MS, Tahoma, Verdana, Arial; font-size: large;"><b>PAULO, O HOMEM QUE "INVENTOU" CRISTO?</b></span></div>
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<h2 style="background-color: white; background-image: none; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; font-weight: normal; line-height: 14px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; width: 570px;">
Para conquistar fiéis, ele fez concessões que desagradaram aos discípulos de Jesus – e ainda despertam acirradas discussões entre pensadores e religiosos.</h2>
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<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px;"><div>
<span style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px;"><br /></span></div>
O mundo cristão não seria o mesmo sem a mensagem que Paulo transmitiu ao Império Romano. Para conquistar fiéis, ele fez concessões que desagradaram aos discípulos de Jesus – e ainda despertam acirradas discussões entre pensadores e religiosos. Afinal, Paulo espalhou ou deturpou a palavra de Cristo?</span><br /><div id="texto" style="background-color: white; clear: both; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 10px 0px;">
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Estamos no ano 34 da era cristã. Passaram-se poucos anos desde a crucificação de Jesus. Sua mensagem espalhou-se rapidamente por toda a Palestina e seus discípulos eram implacavelmente perseguidos, principalmente pelos judeus. Os seguidores de Jesus são acusados de heresia e traição à Lei de Moisés. Em Jerusalém, um jovem judeu chamado Saulo faz verdadeiras atrocidades com os cristãos. Persegue-os furiosamente, invade suas casas e os manda para prisão. Informado de que, a cada dia, cresce a comunidade cristã em Damasco, na Síria, pede e obtém do Sinédrio, o Supremo Tribunal da comunidade judaica de Jerusalém, cartas de recomendação aos rabinos daquela cidade, autorizando-os a caçar os hereges cristãos. Acompanhado de alguns homens, percorre a cavalo os cerca de 200 quilômetros até Damasco. Depois de sete dias de viagem, sob um sol escaldante, consegue finalmente avistar as muralhas da cidade.</div>
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Mas, de repente, uma forte luz vinda do céu incide sobre ele e assusta seu cavalo, que o joga no chão. Naquele instante, o jovem judeu ouve uma voz que diz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”</div>
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Atônito, ele indaga: “Quem és, Senhor?” A voz responde: “Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te, entra na cidade e te dirão o que deves fazer”.</div>
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O séquito de Saulo permanece mudo de espanto, sem entender de onde vem aquela voz. Saulo, por sua vez, ergue-se do chão, mas não consegue enxergar nada. Em Damasco, permanece três dias e três noites em jejum, refletindo sobre o estranho acontecimento, até ser visitado por Ananias, um discípulo de Cristo, que lhe diz: “Saulo, meu irmão, o Senhor me enviou. O mesmo que te apareceu no caminho por onde vinhas. É para que recuperes a vista e fiques repleto do Espírito Santo”. Nesse exato momento, duas escamas caem dos olhos de Saulo, que volta a ver. Em seguida, ele é batizado. Convertido, Saulo de Tarso tornou-se aquele que talvez tenha sido o mais importante difusor da palavra de Jesus: São Paulo.</div>
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O episódio acima, narrado em detalhes no livro Atos dos Apóstolos, do Novo Testamento, teria marcado radicalmente a vida de Paulo. Não é possível provar que ele tenha de fato acontecido. Os textos bíblicos são as únicas fontes disponíveis para se reconstituir a história do santo – acreditar neles é uma questão de fé. Tenha ocorrido de forma tão espetacular ou não, a conversão de Paulo mudou para sempre os rumos da religião cristã. Para muitos teólogos, Paulo foi um personagem fundamental nos primeiros anos do cristianismo. Seu trabalho de evangelização foi, em grande parte, responsável pelo caráter universal da doutrina cristã e sua mensagem, expressa em cartas enviadas às comunidades que fundava, ainda hoje é considerada o alicerce da jurisprudência, da moral e da filosofia modernas do Ocidente. Enquanto a maioria dos apóstolos que conviveram com Jesus restringiram sua pregação à Palestina, Paulo levou a palavra de Cristo para lugares distantes, como a Grécia e Roma.</div>
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Sua importância na construção da Igreja primitiva é tão grande que muitos estudiosos atribuem a ele o título de pai do cristianismo.</div>
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“Paulo desempenhou um papel maior na evangelização dos primeiros cristãos”, diz o biblista Jerome Murphy-O’Connor, professor da Escola Bíblica e Arqueológica de Jerusalém e um dos maiores estudiosos do santo. O historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em cristianismo e judaísmo antigos, concorda: “O cristianismo, tal como existe hoje, deve muito a Paulo. Se não fosse o apóstolo, ele provavelmente não teria passado de mais uma seita judaica”. Isso não quer dizer que o trabalho dos 12 apóstolos tenha sido irrelevante, mas eles pregaram numa região, a Palestina, que viria a ser devastada pelos romanos entre os anos 66 e 70. “Sem dúvida, Paulo foi o apóstolo que teve maior repercussão com o passar dos séculos”, afirma o teólogo Pedro Lima Vasconcellos, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo.</div>
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O termo apóstolo, no sentido de evangelizador, é freqüentemente usado para se referir a São Paulo. Não há evidências históricas, entretanto, de que ele tenha conhecido Jesus Cristo.</div>
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A influência de Paulo é indiscutível. Mas, para uma corrente de historiadores e teólogos, ele deturpou os ensinamentos de Jesus Cristo – a ponto de a mensagem cristã que sobreviveu ao longo dos séculos ter origem não em Cristo, mas em Paulo. Esses pensadores julgam ser mais correto dizer que o que existe hoje é um “paulinismo”, não um cristianismo. “As cartas de São Paulo são uma fraude nos ensinamentos de Cristo. São comentários pessoais à parte da experiência pessoal de Cristo”, afirmou o líder pacifista indiano Mahatma Ghandi, em 1928. Opinião semelhante tem o prêmio Nobel da Paz de 1952, o alemão Albert Schweitzer, que declarou: “Paulo nos mostra com que completa indiferença a vida terrena de Jesus foi tomada”.</div>
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As principais críticas da corrente antipaulina concentram-se em pontos polêmicos das cartas do apóstolo. Nelas, entre outras coisas, Paulo defende a obediência dos cristãos ao opressivo Império Romano, bem como o pagamento de impostos, faz apologia da escravidão, legitima a submissão feminina e esboça uma doutrina da salvação distinta daquela que, segundo teólogos antipaulinos, teria sido defendida por Jesus. “A mentira que foi Paulo tem durado tanto tempo à base da violência. Sua conversão foi uma farsa”, afirma Fernando Travi, fundador e líder da Igreja Essênia Brasileira. Os essênios eram uma das correntes do judaísmo há 2 mil anos, convertidos na primeira hora ao cristianismo. “Ele criou uma religião híbrida. A prova disso é o mundo que nos cerca. Um mundo cheio de guerra, de sofrimentos e de desespero.”</div>
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<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Paulo: Judeu, grego e romano</strong></div>
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Para entender melhor o papel de São Paulo na origem e construção do cristianismo é preciso voltar no tempo e acompanhar de perto sua vida. O principal relato sobre ele está presente nos Atos dos Apóstolos, livro escrito pelo evangelista Lucas, que foi também dos maiores discípulos de Paulo. Seus relatos, no entanto, não são considerados um retrato fiel dos acontecimentos. “Os Atos devem ter sido escritos cerca de 15 a 20 anos após a morte de Paulo, quando ele já poderia estar caindo no esquecimento. Lucas, então, expressa uma visão romanceada do apóstolo, transformando-o em um herói ou, mais do que isso, em um modelo de discípulo”, afirma José Bortolini, padre da Congregação Pia Sociedade de São Paulo, mestre em exegese bíblica e autor do livro Introdução a Paulo e suas Cartas. Outra fonte de informação sobre o apóstolo são as cartas (ou epístolas) escritas por ele para as comunidades cristãs que tinha fundado.</div>
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Com base nessas duas fontes, sabemos que Paulo era um judeu detentor de cidadania romana, criado em um ambiente culturalmente grego.</div>
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Ele nasceu em Tarso, na Ásia Menor, onde atualmente está a Turquia. Era uma cidade grande, com mais de 200 mil habitantes, por onde passava uma estrada que ligava a Europa à Ásia. Situada na província romana da Cilícia, a Tarso de então era predominantemente grega – um dos mais efervescentes centros de cultura do mundo helênico, chegando a rivalizar com Atenas. Mas também era cosmopolita. Abrigava um porto fluvial movimentado e se impunha como um importante pólo comercial. Suas ruas estreitas viviam apinhadas de gente e suas casas abrigavam povos de várias regiões: egípcios, bretões, gauleses, núbios e sírios – além dos judeus (como a família de Paulo), que na época já haviam se assentado em várias cidades do império.</div>
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A cidadania romana, citada nos escritos de Lucas, é um ponto controverso da biografia de Paulo. Tê-la garantia alguns privilégios, como o direito de participar das assembléias que decidiam questões sobre a vida e a organização da cidade e a isenção do pagamento de alguns impostos. Os cidadãos romanos também não podiam ser crucificados, caso fossem condenados à morte. Segundo Lucas, Paulo herdara a cidadania do pai ou do avô, que a teriam obtido por mérito ou comprado por uma volumosa quantia. Mas o apóstolo nunca se declarou romano em suas cartas. Para o biblista Murphy-O’Connor, o silêncio é compreensível: “Não havia razão para Paulo mencionar sua posição social em cartas a comunidades que ele desejava convencer de que ‘nossa pátria está nos céus’ ”, escreve o teólogo no livro Paulo: Biografia Crítica. Cidadão romano ou não, Paulo provavelmente fazia parte de uma elite – seu pai, especula-se, era dono de uma oficina onde se fabricavam tendas. Ele mesmo, aliás, dominava esse ofício.</div>
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O ano exato do nascimento de Paulo, bem como a data dos principais acontecimentos de sua vida, são, ainda hoje, motivo de controvérsia. Muitos historiadores supõem que ele tenha nascido por volta do ano 5 da era cristã. Era, portanto, alguns anos mais novo do que Jesus – cujo nascimento, segundo descobertas históricas recentes, é datado entre 6 e 4 a.C. Paulo foi educado na casa de seus pais, na sinagoga e na escola ligada a ela. Aos 15 anos, deixou Tarso e mudou-se para Jerusalém, onde matriculou-se na escola de Gamaliel, um dos sábios mais respeitados do mundo judaico. Paulo teve uma formação acadêmica de primeira – nos parâmetros atuais, algo equivalente a um doutorado em Harvard.</div>
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Nas tempos de estudante, Paulo presenciou uma situação que estaria na origem de sua “cristofobia”. Um dos alunos mais brilhantes era um jovem chamado Estêvão, um nazareno – nome dado aos que seguiam os ensinamentos de Cristo. Em uma discussão, Estêvão foi fiel a sua fé e declarou que Jesus era o messias: tal afirmação provocou a ira dos colegas, inclusive de Paulo. Pela blasfêmia, Estêvão foi levado diante do Sinédrio e condenado à morte por apedrejamento. Conforme o costume da época, as pessoas que iam apedrejar o condenado deveriam tirar suas próprias vestes e colocá-las aos pés de uma testemunha. No martírio de Estevão, a testemunha era Paulo.</div>
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A partir desse episódio, Paulo, que já era um intransigente defensor da lei e dos costumes judaicos, viu nos seguidores de Cristo uma ameaça real à sua própria religião. Foi então que passou a cultivar um ódio crescente pelos nazarenos e tornou-se um implacável perseguidor dos membros dessa seita. Depois de muito aterrorizar os cristãos de Jerusalém, decidiu agir na Síria. Foi quando aconteceu sua conversão no caminho de Damasco.</div>
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<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">O missionário viajante</strong></div>
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Paulo tinha cerca de 28 anos quando ocorreu seu encontro místico com Jesus. Depois de ter se tornado um fervoroso discípulo do Nazareno, viveu algum tempo na comunidade cristã damasquina, até ser expulso pelos judeus. Refugiou-se por cerca de dois anos na Arábia – território dominado pela tribo dos nabateus –, que se estendia do mar Vermelho até Damasco, margeando a Palestina pelo leste. Nesse período, estudou e refletiu sobre os ensinamentos de Cristo. Por volta do ano 37, retornou a Damasco, onde fez suas primeiras pregações. Mais uma vez, provocou a fúria da comunidade judaica e teve de deixar a cidade numa fuga cinematográfica. Como os portões da cidade estavam vigiados, ele escondeu-se num cesto que foi descido pelas muralhas. Era noite e Paulo andou por cinco horas até sentir-se a salvo. Após seis dias de caminhada, chegou a Jerusalém. Havia três anos que ele tinha deixado a cidade.</div>
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Os cristãos de Jerusalém o receberam com desconfiança. Afinal de contas, ainda estavam vivas na memória as atrocidades cometidas por Paulo. Coube a Barnabé, um ex-colega da escola de Gamaliel convertido ao cristianismo, apresentá-lo aos apóstolos. Foi nessa ocasião que aconteceu o primeiro encontro com Pedro, um dos discípulos mais próximos de Jesus. Durante 15 dias, eles permaneceram juntos. Mas não tardou para o Sinédrio saber que Paulo, agora cristianizado, havia voltado. Diante do perigo que corria em Jerusalém, Paulo mais uma vez teve de fugir: o destino foi Tarso, sua cidade natal, onde permaneceu por sete ou oito anos. Nada se sabe sobre sua vida nesse período.</div>
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Por volta de 45 d.C., convidado por Barnabé, Paulo mudou-se para Antióquia da Síria, onde a igreja dos nazarenos crescia rapidamente. Depois de Roma e Alexandria, no Egito, Antióquia era a terceira maior cidade do Império Romano. “Diferentemente do que acontecia em Jerusalém, onde os seguidores de Jesus ainda estavam ligados à lei e aos rituais judaicos, em Antióquia se respirava ar novo – lá, boa parte dos neocristãos vinha do paganismo”, afirma padre Bortolini. O termo cristão, como designação dos discípulos de Jesus, surgiu pela primeira vez nessa cidade. Esse fato reveste-se de importância porque pela primeira vez os seguidores de Jesus não são mais vistos como judeus dissidentes.</div>
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Foi de lá que Paulo – descrito em textos apócrifos como “um homem pequeno com uma grande cabeça careca” – partiu para sua primeira jornada missionária. Nessa ocasião, ele tinha cerca de 40 anos. Durante 12 anos, de 46 a 58, Paulo empreendeu quatro viagens evangelizadoras, visitando boa parte do Império Romano, que se estendia da Grã-Bretanha ao Oriente Médio, passando pelo norte da África. Eram jornadas árduas, feitas a pé ou de navio, sempre na companhia de outros discípulos. Quando viajavam por terra, seguiam pelas estradas romanas, percorrendo 30 quilômetros por dia. O perigo os espreitava, como escreve o apóstolo em uma de suas epístolas aos coríntios: “Sofri perigos nos rios, perigo por parte de ladrões, perigo por parte dos meus irmãos de raça, perigo por parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmãos”.</div>
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A estratégia pastoral de Paulo era bem definida. Pregava nas sinagogas, em casas e praças de grandes centros urbanos, que funcionavam como pólos irradiadores da mensagem. Ao sair, designava um líder responsável pelo rebanho. A primeira viagem, entre 46 e 48, foi feita em companhia de Barnabé e de Marcos, outro discípulo cristão, o mesmo a quem é atribuído um dos quatro evangelhos. Foram à ilha de Chipre e percorreram a Ásia Menor (veja mapa) antes de retornar a Antióquia. É a partir dessa primeira expedição que Paulo deixa de ser chamado pelo nome judeu Saulo – a mudança é narrada por Lucas no Ato dos Apóstolos, 13:9.</div>
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Antes de partir para a segunda viagem, Paulo foi intimado a participar do Concílio Apostólico de Jerusalém, em 49, que reuniu a nata do cristianismo primitivo. Foi um encontro tenso, onde, pela primeira vez, vieram à tona as divergências entre Paulo e o grupo de judeus-cristãos, tendo à frente Pedro e Tiago Menor, líder da comunidade cristã em Jerusalém. A assembléia discutiu assuntos delicados, como a obrigatoriedade da circuncisão para os pagãos convertidos ao cristianismo. A questão era importante e polêmica, pois a circuncisão era encarada como a porta de entrada do judaísmo. Ao aceitá-la, os convertidos assumiam que adotariam integralmente a cultura judaica. Paulo era contra, pois acreditava que o sacramento do batismo era suficiente para a conversão. Em suas pregações, ele encontrava forte resistência dos pagãos, que não entendiam por que deveriam se submeter ao ritual de iniciação judaico para tornar-se cristãos. Depois de acirradas discussões, Paulo saiu vitorioso.</div>
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Foi, em parte, por causa dessa liberalização que Paulo arrebanhou um número tão grande de fiéis. Ao final do encontro, Paulo recebeu a alcunha de “apóstolo dos gentios”, em contraposição a Pedro, chamado de “apóstolo dos judeus”.</div>
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A segunda jornada missionária começou depois do Concílio de Jerusalém e estendeu-se até 52. O ponto alto dessa jornada foi a pregação na Europa. Pela primeira vez, a palavra de Deus deixava a Ásia e espalhava-se por um novo continente. Paulo visitou várias cidades gregas, fundando importantes núcleos cristãos. “Foi por causa dessa passagem [da Ásia para a Europa] que o cristianismo sobreviveu e se desenvolveu”, argumenta padre Bortolini. Foi também nessa jornada que Paulo escreveu, em 51, a Epístola aos Tessalonicenses, o mais antigo documento do Novo Testamento. Nas cartas paulinas, o trabalho braçal ficava por conta de escribas: Paulo as ditava e as assinava de próprio punho para autenticar o documento. A maioria delas foi escrita em grego, mesma língua usada por Paulo em suas pregações. Esse era o idioma universal, comparável ao que hoje é o inglês.</div>
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O apóstolo também se expressava em hebraico, língua da elite judaica, na qual foi escrita a maior parte dos livros do Antigo Testamento, e em aramaico, a língua materna de Jesus e corrente na camadas populares da Palestina. Mesmo sendo poliglota, o apóstolo encontrava dificuldade para se comunicar em suas peregrinações, diante da multiplicidade de línguas e dialetos daquela época. Em muitas ocasiões, recorria a intérpretes.</div>
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Em uma de suas cartas, a Epístola aos Gálatas, percebe-se a tensão existente entre Paulo e os 12 apóstolos que conviveram com Cristo. Nela, Paulo afirma que “enfrentou abertamente [Pedro, em Antióquia], porque ele se tornara digno de censura”. O motivo da briga foram dois preceitos alimentares judaicos. Pedro defendia que os neocristãos não poderiam sentar-se à mesa com gentios – seus iguais até pouco antes. Deveriam também rejeitar sobras de carnes de animais sacrificados aos deuses pagãos. Paulo discordava e teve uma acirrada discussão com Pedro.</div>
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Na terceira viagem missionária, de 53 a 57, Paulo deteve-se por três anos em Éfeso, a capital da Ásia Menor. Lá, presume-se, esteve preso por alguns meses – ao longo de sua vida, o apóstolo deve ter permanecido quatro anos atrás das grades. Durante essa jornada, coletou dinheiro para os cristãos pobres de Jerusalém. No retorno à Terra Santa, não se sabe como foi recebido por Tiago, chefe da igreja de Jerusalém. Nem Lucas nem Paulo deixam claro se ele aceitou o dinheiro “impuro” da coleta. Sabe-se apenas que foi na volta a Jerusalém que Paulo foi preso, na praça do Templo, sob a acusação de introduzir gentios na sinagoga. Os judeus estavam furiosos com a presença do pregador na cidade e, temendo por sua segurança, o tribuno romano Cláudio Lísias o encarcerou de novo. Dessa vez, foi em Cesaréia, perto de Jerusalém, onde amargou dois anos de reclusão. Eis que ele pediu para ser julgado em Roma pelo imperador – direito conferido aos cidadãos romanos.</div>
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No outono de 60, o apóstolo foi enviado à capital imperial, uma cidade com quase 1 milhão de moradores. Paulo foi saudado pela comunidade cristã e permaneceu em prisão domiciliar, vigiada por soldados. Encontrava-se com as pessoas, mas não podia sair de casa. Aproveitou esse período para transmitir a palavra de Deus. Depois de dois anos de cativeiro, seu processo foi encerrado sem uma sentença condenatória.</div>
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Pouco se sabe a respeito dos anos seguintes da vida de Paulo, já que o Novo Testamento não dá indicações do que aconteceu com ele após a prisão em Roma. Mas, segundo a tradição, acredita-se que tenha empreendido uma viagem à Espanha ou visitado as igrejas cristãs que fundara na Grécia e Ásia Menor e retornado a Roma na primavera de 67. O império era chefiado por Nero, que anos antes havia ateado fogo na cidade e jogara a culpa pelo desastre nos seguidores de Jesus. Por isso, os cristãos eram duramente perseguidos e tinham que se reunir em catacumbas para escapar da fúria insana do imperador. Quando capturados, viravam presa para as feras do Coliseu. Ao deparar com essa situação, Paulo empenhou-se em reconstruir a comunidade. Não tardou e foi preso, acusado de chefiar a seita dos nazarenos.</div>
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Na prisão, escreveu sua derradeira carta ao discípulo Timóteo, um dos líderes da igreja de Éfeso. Ele sabia que não escaparia da morte. No outono daquele ano, foi levado pelos guardas para fora da cidade e degolado. No local de seu martírio foi construída a praça Tre Fontane e perto dali, junto ao seu túmulo, erguida a basílica de São Paulo Extramuros. Diz a lenda que, no momento de sua execução, uma cega de nome Petronila aproximou-se do apóstolo e lhe ofereceu um véu para cobrir-lhe o rosto. Paulo teria devolvido o véu à mulher e, quando ela o colocou sobre os seus próprios olhos, recobrou milagrosamente a visão. A conversão de Paulo é comemorada no dia 25 de janeiro. Foi uma escolha aleatória, já que não se sabe o dia exato de sua conversão.</div>
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Como a cidade de São Paulo foi fundada nesse dia, acabou recebendo o nome do santo. A festa de São Paulo é celebrada em 29 de junho, junto com a de São Pedro. Foi uma forma encontrada pela Igreja para homenagear, de uma só vez, os dois líderes máximos do cristianismo primitivo.</div>
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<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Cristianismo ou paulinismo?</strong></div>
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As 13 cartas escritas por São Paulo sintetizam o pensamento do apóstolo, que viria a moldar a doutrina cristã. Elas foram redigidas entre os anos 50 e 60 e são os mais antigos documentos da história do cristianismo – os quatro evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João ficaram prontos apenas entre os anos 70 e 100. A influência do apóstolo na consolidação da doutrina cristã pode ser medida pelo fato de suas epístolas representarem quase metade dos 27 livros do Novo Testamento. Com elas, dizem os estudiosos, Paulo não tinha a pretensão de formular tratados teológicos. “Elas são resultado de experiências vivenciadas pelas comunidades paulinas”, afirma o André Chevitarese. Uma corrente de biblistas defende que nem todas foram de fato escritas por Paulo – algumas teriam sido redigidas por seus discípulos após a morte do apóstolo. “Elas são muito diferentes em estilo literário e conteúdo”, afirma Pedro Vasconcellos, da PUC. Para a Igreja, no entanto, todas as cartas são de autoria de Paulo.</div>
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Se são uma rica fonte de difusão da doutrina cristã, esses documentos são também a principal causa da controvérsia sobre o apóstolo. Na opinião de Fernando Travi, líder da Igreja Essênia Brasileira, a descoberta, no século passado, de escrituras datadas dos primeiros anos do cristianismo, como os Manuscritos do Mar Morto, o Evangelho dos 12 Santos (ou da Vida Perfeita) e o Evangelho Essênio da Paz, indica que boa parte do conteúdo das cartas de Paulo está em oposição aos ensinamentos de Jesus (leia quadro na pág. 64). “Existem sérios indícios de que, como num plano de sabotagem, Paulo divulgou uma doutrina falsificada em nome do messias”, diz ele. Opinião parecida tem o pastor batista americano Edgar Jones, autor do livro Paulo: O Estranho. “Jesus de Nazaré deve ser cuidadosamente diferenciado do Jesus de Paulo. Gerações e séculos passaram até que a corrente paulina com seu forte apelo em favor do Império Romano ganhasse ascendência sobre a corrente apostólica”, diz o teólogo.</div>
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O fato é que, até o século 4, o cristianismo dividia-se em duas correntes distintas, uma liderada pelos discípulos de Paulo e outra pelos seguidores dos apóstolos de Cristo. Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, a corrente paulina saiu-se vitoriosa. “As idéias de Paulo, afáveis aos dominadores, foram definitivamente incorporadas à doutrina cristã”, diz Fernando.</div>
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Para os críticos de Paulo, um exemplo dessa “afabilidade” está presente na Epístola aos Romanos. “Cada um se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus. Aquele que se revolta contra a autoridade opõe-se à ordem estabelecida por Deus”, escreve Paulo. E continua: “É também por isso que pagais impostos, pois os que governam são servidores de Deus”. “Essa passagem revela que ele estava a serviço das autoridades romanas. Jesus, por sua vez, se insurgia contra as leis de Estado”, afirma Fernando. Para os defensores de Paulo, esse texto foi tirado de seu contexto e tornou-se, ao longo dos séculos, uma teoria metafísica do Estado. “O texto só tinha valor para quem vivia em Roma, onde qualquer movimento de desobediência seria esmagado”, diz o teólogo Pedro Vasconcellos.</div>
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Para outros teóricos, deve-se diferenciar a doutrina religiosa paulina das opinões do apóstolo sobre a ordem social. “A teoria de Igreja de Paulo é fundamentada no antiautoritarismo, o que influenciou muito a doutrina protestante. Na sua igreja, a idéia de liberdade é plena, mas quando ela é extrapolada para o meio social, surge o seu conservadorismo”, diz o pastor luterano Milton Schwantes, professor da Universidade Metodista de São Paulo e doutor em literatura bíblica. O sacerdote franciscano Jacir de Freitas Faria, mestre em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico (PIB), de Roma, comunga da mesma opinião: “Paulo é uma figura basilar do cristianismo, mas não podemos deixar de ser críticos a ele nessa relação com o Império Romano”.</div>
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Outro ponto controverso das epístolas paulinas refere-se à defesa que seu autor faz da escravidão. Na Epístola aos Efésios, Paulo é taxativo: “Servos, odedecei, com temor e tremor, em simplicidade de coração, a vossos senhores nesta vida, como a Cristo”. Para os antipaulinos, o apoio dado pelo apóstolo à escravidão tem sido usado pela Igreja ao longo dos séculos para legitimar situações espúrias de dominação e diverge radicalmente da palavra de Cristo, que pregava um mundo livre de opressões. A corrente pró-paulina argumenta, mais uma vez, que é preciso analisar o contexto histórico para entender seus escritos: “Sua falha em condenar a escravidão torna-se compreensível quando sabemos que cerca de 60% da população de qualquer cidade grande daquele tempo era formada por escravos. Toda economia estava estruturada em torno desse fato e, por isso, uma atitude crítica seria incompreensível”, afirma o biblicista Jerome Murphy-O’Connor, de Jerusalém.</div>
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O apóstolo dos pagãos também é bombardeado por suas posições a respeito das mulheres. Na carta endereçada à comunidade cristã de Colosso, ele escreve: “Quanto às mulheres, que elas tenham roupas decentes, se enfeitem com pudor e modéstia. (...) Durante a instrução, a mulher conserve o silêncio, com toda submissão. Não permito que a mulher ensine, ou domine o homem”. Suas palavras atraem até hoje a ira das feministas, que o acusam de misoginia. Seus defensores, por outro lado, argumentam que , ao contrário, ele incentivava a participação das mulheres na vida social. “Paulo acreditou firmemente na igualdade entre os sexos e, em suas igrejas, as mulheres exerciam todos os ministérios. Alguns exegetas munidos de preconceito interpretaram erroneamente os textos paulinos”, diz Murphy-O’Connor.</div>
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Outro petardo disparado pelos críticos diz respeito à doutrina da salvação defendida por Paulo. “Paulo diz que os pecados são perdoados se a pessoa acreditar que Jesus morreu na cruz por ela. É a doutrina da salvação em que o herói derrama seu sangue e todos são perdoados por causa dele. Enquanto isso, Jesus diz: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’. Para Jesus, a salvação será dada àqueles que seguirem seus ensinamentos”, afirma Fernando Travi. Os defensores de Paulo discordam e afirmam que o apóstolo foi mais uma vez mal interpretado.</div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
“Creio que houve uma transformação conservadora da mensagem de Paulo. Temos que libertá-lo das idéias errôneas a seu respeito perpetuadas ao longo dos séculos”, diz Pedro Vasconcellos, da PUC.</div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
Conservador ou radical, fiel ou não a Jesus Cristo, São Paulo foi, sem dúvida, um dos poucos evangelizadores – se não o único – a fazer o cristianismo passar da cultura semita à greco-romana, possibilitando que ela se tornasse uma religião mundial. “Ele criou condições para que povos não-judaicos, ao receberem a mensagem de Deus, fossem inseridos de forma igualitária na comunidade cristã”, afirma o André Chevitarese, da UFRJ. Sem Paulo, considerado por muitos o pai do cristianismo, a história da humanidade teria tomado outro rumo. A Idade Média, marcada pela força da Igreja Católica, ocorreria de outra forma e o mundo em que vivemos seria totalmente diferente. Nada seria como é.</div>
<div class="destaque" style="padding: 0px 0px 10px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Para saber mais</strong></div>
<div class="destaque" style="padding: 0px 0px 10px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Na livraria</strong></div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
Paulo – Biografia Crítica, Jerome Murphy-O·Connor, Edições Loyola, 1996</div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
Introdução a Paulo e suas Cartas, José Bortolini, Paulus, 2001</div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
Paulo Apóstolo: Um Trabalhador que Anuncia o Evangelho, Carlos Mesters, Paulus, 2002</div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
Libertando Paulo: A Justiça de Deus e a Política do Apóstolo, Neil Elliott, Paulus, 1998</div>
<div class="destaque" style="padding: 0px 0px 10px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Na internet</strong></div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
Paul – The Stranger (livro eletrônico de Edgar Jones sobre a vida de Paulo)</div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
http://www.voiceofjesus.org/b2tableofcontents.html</div>
<div style="padding: 0px 0px 10px;">
<br /></div>
<div class="box" style="background-color: #eaeaea; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 5px;">
<h4 class="titulo" style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">
Quem é quem no cristianismo</h4>
<h5 class="olho" style="font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px;">
Conheça os principais personagens da igreja primitiva cristã</h5>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">O FUNDADOR</strong></div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Jesus:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Filho de Deus, concebido por Maria, nasceu por volta de 5 a.C. e pregou exclusivamente na Palestina. Morreu na cruz em torno de 30 d.C.</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">A LINHA DE FRENTE</strong></div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Pedro:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Era o líder dos 12 apóstolos. Pedro, que negou Jesus por três vezes, foi o primeiro papa da Igreja Católica. Dois livros do Novo Testamento (Primeira e Segunda Epístola de São Pedro) são creditados a ele. Segundo a tradição cristã, foi crucificado e morto por volta de 64 d.C. em Roma</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Os apóstolos:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Além de Pedro, o grupo dos 12 apóstolos que conviveram com Jesus era formado pelos evangelistas João e Mateus, por André, irmão de Pedro, Bartolomeu, Filipe, Tomé, Tiago Maior, irmão mais velho de João, Simão, Tiago Menor e seu irmão Judas Tadeu e Judas Iscariotes. Depois da traição de Iscariotes, Matias, que havia convivido com Jesus, tomou seu lugar e passou a ser considerado do time dos 12 apóstolos</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Tiago:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Identificado na Bíblia como o irmão de Jesus, é o principal líder da comunidade cristã de Jerusalém. Escreveu uma das cartas do Novo Testamento (Epístola de São Tiago). Segundo os historiadores, foi apedrejado até a morte pelos judeus por volta do ano 62 d.C.</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">OS EVANGELISTAS</strong></div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Mateus:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Apóstolo de Cristo, é considerado o autor do primeiro dos quatro evangelhos, escrito por volta de 80 d.C., 50 anos depois da morte de Jesus. Antes de sua conversão ao cristianismo, Mateus exercia a função de coletor de impostos</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">João:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O mais jovem dos apóstolos escreveu o quarto evangelho. Era considerado o discípulo amado de Jesus e foi o único dos 12 apóstolos que não o abandonou na hora de sua morte. No Novo Testamento, é autor também de três epístolas e do Apocalipse</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Marcos:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Também chamado de João Marcos, foi autor do segundo evangelho, escrito em Roma pouco antes do ano 60 da Era Cristã. Ele não chegou a conhecer pessoalmente Cristo e, segundo estudiosos, escreveu o evangelho a partir de informações de Pedro</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Lucas:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Autor do terceiro evangelho e dos Atos dos Apóstolos, não conviveu com Jesus. Nasceu pagão e pouco se sabe sobre sua vida pessoal e conversão ao cristianismo. Muito ligado a Paulo, é identificado por este como médico</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">O MISSIONÁRIO</strong></div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Paulo:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Um dos mais influentes personagens dos primeiros anos do cristianismo, não chegou a conhecer Jesus. Nasceu em torno de 6 d.C. e converteu-se ao cristianismo quando tinha cerca de 28 anos. Viajou por quase todo o Império Romano disseminando a palavra de Cristo e morreu decapitado por volta de 67 d.C., em Roma</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">GRUPO DAS MULHERES</strong></div>
Sabe-se muito pouco sobre o que elas fizeram, mas os estudiosos concordam que Maria Madalena, Maria de Cleófas, Marta e Joana, entre outras, tiveram um papel importante na origem do cristianismo. Nesse time, cabe destacar o papel de Maria Madalena, que é citada nos evangelhos nas passagens da crucificação e da ressurreição de Jesus<br />
<div style="padding: 2px 0px;">
<br /></div>
<h4 class="titulo" style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">
Paulo, no tempo e no espaço</h4>
<h5 class="olho" style="font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px;">
O apóstolo dos gentios fez quatro viagens missionárias: conheça o percurso de cada uma delas</h5>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Tarso:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Terra natal de Paulo, era um dos mais importantes núcleos do Império Romano na Ásia. Ficava na fronteira do Ocidente e do Oriente e tinha um ar cosmopolita e multicultural</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Jerusalém:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Principal centro do cristianismo, foi onde Paulo recebeu sua educação religiosa, na escola de Gamaliel. A cidade também foi sede do Concílio Apostólico (49), que liberou os neocristãos advindos do paganismo da circuncisão</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Damasco:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Cidade na Síria para onde Paulo se dirigia quando teve uma visão de Jesus e converteu-se como um de seus mais ardorosos discípulos</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Antióquia da Síria:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Depois de Jerusalém, foi aqui que surgiu a mais importante comunidade cristã da Antiguidade. A igreja de Antióquia era formada principalmente por pagãos convertidos, ao contrário de Jerusalém, composta quase exclusivamente por cristãos-judeus</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Cesaréia:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Paulo permaneceu encarcerado nessa cidade durante dois anos, entre 58 e 60, depois que foi preso na praça do Templo, em Jerusalém. Em seguida, foi levado para Roma</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Chipre:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Primeira parada de Paulo em sua viagem missionária inaugural, em 46. Era a terra natal de Barnabé, aparentemente o líder da jornada</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Éfeso:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O apóstolo passou mais de dois anos em Éfeso, grande centro cultural e comercial da Ásia. Foi uma estadia mais longa do que o habitual. Provavelmente ele esteve preso por algum tempo na cidade</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Filipos:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Primeira grande cidade do continente europeu visitada por Paulo, em sua segunda viagem missionária, que durou de 49 a 52. Aqui nasce a primeira comunidade cristã da Europa</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Tessalônica:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Principal localidade da Macedônia, tinha uma população formada por gregos, romanos, judeus e orientais. Paulo fundou uma importante igreja no local</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Atenas:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Capital cultural do mundo grego, foi visitada por Paulo durante sua segunda jornada de peregrinação. Sua pregação na cidade não foi bem recebida</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Corinto:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Paulo viveu por 18 meses na cidade (do inverno de 50 ao verão de 52), que abrigava uma população de 500 mil habitantes. Foi aqui que ele escreveu a Primeira Epístola aos Tessalonicenses, considerada o mais antigo livro do Novo Testamento</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Roma:</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Paulo chegou preso a Roma em 60. Ficou na cidade cerca de dois anos, em prisão domiciliar. Depois de solto, deve ter ido à Espanha. Retornou à capital do império em 67, quando foi novamente preso e decapitado</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Ano a ano, a vida dos apóstolo</strong></div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Cerca de 5 ou 6 d.C.</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Nasce em Tarso, importante cidade da Ásia Menor</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">20</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Muda para Jerusalém para estudar na escola do rabino Gamaliel</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">34</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Converte-se ao cristianismo</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">37</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Faz suas primeiras pregações em Damasco. Volta a Jerusalém como cristão, mas, perseguido pelos judeus, foge para Tarso</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">37 a 45</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Permanece em Tarso</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">45</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Visita, a convite de Barnabé, a igreja da Antióquia, a segunda mais importante para os cristãos depois da de Jerusalém</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">46 a 48</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Faz sua primeira viagem apostólica em companhia de Barnabé e Marcos</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">49</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Participa do Concílio Apostólico de Jerusalém</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">49 a 52</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Faz a segunda viagem apostólica, agora com Timóteo e Lucas</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">53 a 57</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
Faz a terceira viagem apostólica. Permanece quase três anos em Éfeso</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">57</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
É preso pelos romanos em Jerusalém</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">60</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
É enviado como prisioneiro a Roma</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">63</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
É solto por falta de provas. Parte em uma missão infrutífera à Espanha</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Cerca de 67</strong></div>
Retorna a Roma e é preso mais uma vez. É executado por degolamento<br />
<div style="padding: 2px 0px;">
<br /></div>
<h4 class="titulo" style="font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">
Pregação controversa</h4>
<h5 class="olho" style="font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px;">
As supostas contradições entre os ensinamentos de Cristo e de Paulo</h5>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Sobre A obediência ao Estado</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O que Cristo teria dito: “Cuidarei e protegerei o fraco e aqueles que são oprimidos e todas as criaturas que sofrem injustiça.” Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 46:18*</div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O que Paulo disse: “Cada um se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Ele.” Epístola aos Romanos, 13:1-3</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Sobre a escravidão</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O que Cristo teria dito: “Protegereis o fraco (...) Deus mandou-me ajudar os quebrantados, para proclamar a liberdade dos cativos.” Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 13:2</div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O que Paulo disse: “Servos, odedecei, com temor e tremor, em simplicidade de coração, a vossos senhores nesta vida, como a Cristo; servindo-os, não quando vigiados, para agradar a homens, mas como servos de Cristo, que põem a alma em atender à vontade de Deus.” Epístola aos Efésios, 6:5-6</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Sobre a submissão feminina</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O que Cristo teria dito: “Em Deus, o masculino não é sem o feminino, nem o feminino sem o masculino (...) Deus criou a espécie humana na divina imagem macho e fêmea (...) Assim, devem os nomes do Pai e da Mãe ser igualmente reverenciados.” Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 52:10</div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O que Paulo disse: “Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres o sejam a seus maridos, como ao Senhor, porque o homem é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja e o salvador do Corpo.” Epístola aos Efésios, 5:21-23</div>
<div class="destaque" style="padding: 12px 0px 2px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Sobre o doutrina da salvação</strong></div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O que Cristo teria dito: “Mas eis que um maior que Moisés está aqui, e Ele vos dará a mais alta Lei, ainda a perfeita Lei, e esta Lei obedecerás. (...) Aqueles que acreditam e obedecem salvarão suas almas, e aqueles que não obedecem as perderão. Pois digo a vós, a não ser que vossa justiça sobrepuje a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino do Céu.” Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 25:10</div>
<div style="padding: 2px 0px;">
O que Paulo disse: “Se com tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. ” Epístola aos Romanos, 10:9</div>
* O Evangelho dos 12 Santos é um texto apócrifo do início do cristianismo, supostamente escrito pelos 12 apóstolos. Ele não é reconhecido pela Igreja.</div>
</div>
Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-46405932598144289022013-07-15T06:46:00.000-07:002013-07-15T06:46:37.682-07:00<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="color: #ce8e3b; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 22px; margin: 0px; position: relative;">
<a href="http://embuscadojesushistorico.blogspot.com.br/2013/07/hebreus-negros-imagens-black-hebrews.html" style="color: #ce8e3b; text-decoration: none;">Hebreus negros imagens. Black Hebrews images</a></h3>
<div class="post-header" style="line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-8174504897160562085" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4; position: relative; width: 556px;">
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiJAEWrx7O8SETkJTGRUnLwQGjF4uRiwRPOHN1CfchCV3S6Tka9qLcIA1PJhf7cyOOjJIDeU4gYL3I_3BV9ChzPwBvOUPXn2Simo2So39DpiMaWI8bczR_ZnYpMECQ6nbWYs0_NlC4_cJE/s438/001-yahushua-negro-1.jpg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiJAEWrx7O8SETkJTGRUnLwQGjF4uRiwRPOHN1CfchCV3S6Tka9qLcIA1PJhf7cyOOjJIDeU4gYL3I_3BV9ChzPwBvOUPXn2Simo2So39DpiMaWI8bczR_ZnYpMECQ6nbWYs0_NlC4_cJE/s320/001-yahushua-negro-1.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>EM 2004, JESUS FOI ELEITO O MAIOR ÍCONE NEGRO DE TODOS OS TEMPOS, PELO JORNAL NEW NATION, O QUE LEVOU A UM DEBATE SOBRE A COR DE SUA PELE.</strong><strong> </strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong><span style="color: blue;"><i>“APESAR DE AS REPRESENTAÇÕES COMUNS, NAS CULTURAS OCIDENTAIS, DO JESUS LOIRO, DE OLHOS AZUIS E VISUAL HIPPIE, TODAS AS EVIDÊNCIAS APONTAM PARA O FATO DE QUE JESUS NÃO PODERIA TER SIDO DE EXTRAÇÃO ESCANDINAVA E CERTAMENTE ERA UM IRMÃO DE COR”</i></span>, DISSE O JORNAL.</strong><strong> </strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>NOS ESTUDOS JESUS / YESHUA / YAHUSHUA É UMA FARSA – <a href="http://hebreuisraelita.wordpress.com/2013/02/24/jesusyeshuayahushua-e-uma-farsa-parte-1/" style="color: #557799; text-decoration: none;" target="_blank" title="JESUS / YESHUA / YAHUSHUA É UMA FARSA - PARTE 1">PARTE 1</a> E<a href="http://hebreuisraelita.wordpress.com/2013/02/22/yeshuayahushuajesus-e-uma-farsa-parte-2/" style="color: #557799; text-decoration: none;" target="_blank" title="JESUS / YESHUA / YAHUSHUA É UMA FARSA - PARTE 2">PARTE 2</a>, PROVAMOS QUE ELE É APENAS É UM ÍDOLO QUE OS JUDEUS PLAGIARAM DA MITOLOGIA DE VÁRIOS POVOS PAGÃOS ANTIGOS E PUSERAM EM UM LIVRO QUE ELES MESMOS ESCREVERAM, O NOVO TESTAMENTO, QUE NÃO É UM LIVRO SAGRADO, POIS NÃO FOI INSPIRADO PELO ALTÍSSIMO (LEIA O ESTUDO <a href="http://hebreuisraelita.wordpress.com/2013/03/07/por-que-nao-acredito-no-novo-testamento/" style="color: #557799; text-decoration: none;" target="_blank" title="POR QUE NÃO ACREDITO NO NOVO TESTAMENTO">“POR QUE NÃO ACREDITO NO NOVO TESTAMENTO”</a>).</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>ENTÃO, POR QUE OS ARCOSSÓLIOS, AFRESCOS E MOSAICOS DAS IGREJAS E CAPELAS, E AS BÍBLIAS ANTIGAS EXIBIAM IMAGENS DE UM JESUS / YESHUA / YAHUSHUA NEGRO?</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>PORQUE OS ANTIGOS HEBREUS ERAM NEGROS E TODOS SABIAM DISSO, ENTÃO, PARA DAR CRÉDITO À SUA MENTIRA, ELES TIVERAM QUE APRESENTAR UMA IMAGEM QUE ESTIVESSE DE ACORDO COM A APARÊNCIA FÍSICA DOS ANTIGOS ISRAELITAS.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>A HISTÓRIA CONFIRMA QUE OS HEBREUS ERAM NEGROS, POR ISSO, ALGUMAS DAS MAIS ANTIGAS IMAGENS DE JESUS / YESHUA / YAHUSHUA MOSTRAM-NO COMO UM NEGRO DE PELE BEM ESCURA.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>ESTE AFRESCO, RETRATANDO A CURA DO PARALÍTICO, É A MAIS ANTIGA REPRESENTAÇÃO CONHECIDA DO MASHIYACH, QUE DATA DE CERCA DE 235 EC.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWanWNMssNdGoPpN-KsgYLwf2PP0daVFAstOVPKalIV1h7mONpaok7RfTIO8gwUMwtwq5gpmQL_KUtI4ziiKzlGD1oC8dZj8VDPXGrFT1G-7aEzA3kUme2AQB_s7wW5Pbhi86OTFIjKg0I/s480/002-pintura-cura-do-paralc3adtico.jpg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWanWNMssNdGoPpN-KsgYLwf2PP0daVFAstOVPKalIV1h7mONpaok7RfTIO8gwUMwtwq5gpmQL_KUtI4ziiKzlGD1oC8dZj8VDPXGrFT1G-7aEzA3kUme2AQB_s7wW5Pbhi86OTFIjKg0I/s320/002-pintura-cura-do-paralc3adtico.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong> </strong><strong>A PINTURA FOI ENCONTRADA, EM 1921, NA PAREDE DO LADO ESQUERDO DA CÂMARA BATISMAL DA SINAGOGA DURA-EUROPOS, NO RIO EUFRATES, NA SÍRIA MODERNA.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>ESTE AFRESCO DO “BOM PASTOR” FOI ENCONTRADO NO TETO DA CAPELA DE LUCINA, NA CATACUMBA DE CALLIXTUS, EM ROMA.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2vlNfRzkQt6j2b_OaMhEt3Rh9ghZwFiffYu1-W2gvGWDmh_yV7mfnE78CNTeXs3nDyINMQdQmPPls02OO1BYQKHkzRGT6_uWyHVWeXDINUHqTCO_4aCgMj8tcptTAFSuzMYV4DrXRyMTh/s480/003-afresco-do-bom-pastor.jpg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2vlNfRzkQt6j2b_OaMhEt3Rh9ghZwFiffYu1-W2gvGWDmh_yV7mfnE78CNTeXs3nDyINMQdQmPPls02OO1BYQKHkzRGT6_uWyHVWeXDINUHqTCO_4aCgMj8tcptTAFSuzMYV4DrXRyMTh/s320/003-afresco-do-bom-pastor.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>A CONSTRUÇÃO DA ABÓBODA EM SI FOI DATADA DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO 2, MAS O USO DAS LINHAS VERMELHAS E VERDES PARA DIVIDIR O ESPAÇO (SEMELHANTE ÀS CÂMARAS SOB SAN SEBASTIANO) SUGERIU A PRIMEIRA METADE OU MEADOS DO 3° SÉCULO PARA ESTE AFRESCO.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>ESTE AFRESCO DE JESUS / YESHUA / YAHUSHUA ENTRE OS APÓSTOLOS ESTÁ EM UM ARCOSSÓLIO DA CRIPTA DE AMPLIATO, NAS CATACUMBAS DE ST. DOMITILLA, EM ROMA. AS CATACUMBAS DE DOMITILLA DATAM DO 2° AO 4° SÉCULO.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1S8-IAz5yB2cBlb_Pfjo-Atgs-oE3Yz5OYTfadBljAJLLah1oFprsCgIwM7nwy2azUlYflW_IcQvoXDAdPinF1LcBepGwKfgaI4ncIWNK2IiIFJMycnNEv4cDcu_VdgLXCbp2b7uvMbyn/s480/004-afresco-do-messias-no-acrossc3b3lio-da-cripta-de-ampliato.jpg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1S8-IAz5yB2cBlb_Pfjo-Atgs-oE3Yz5OYTfadBljAJLLah1oFprsCgIwM7nwy2azUlYflW_IcQvoXDAdPinF1LcBepGwKfgaI4ncIWNK2IiIFJMycnNEv4cDcu_VdgLXCbp2b7uvMbyn/s320/004-afresco-do-messias-no-acrossc3b3lio-da-cripta-de-ampliato.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic;">ESTE PAINEL DE MADEIRA PINTADA ENCONTRA-SE NO MUSEU COPTA, NA CIDADE DO CAIRO – EGITO. ELE RETRATA JESUS / YESHUA / YAHUSHUA E SEUS DISCÍPULOS, TODOS NEGROS, DE TEZ BEM ESCURA.</strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<strong style="color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic;"><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt-rs8Z7uaIunYn_q0OzQYLoRljFXimUHFaV02Tnp06kodxYajHu2P7e78a398tqNtEkG9rJxy7Y9_aQGpJQhN2fix5NZvPvZGeCScirPyB9loo2nkg9vnQ5c5GVBuT7hwok0dXOzBx_2Z/s643/005-yahushua-e-seus-discc3adpulos-negros-no-museu-copta-egito.jpg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt-rs8Z7uaIunYn_q0OzQYLoRljFXimUHFaV02Tnp06kodxYajHu2P7e78a398tqNtEkG9rJxy7Y9_aQGpJQhN2fix5NZvPvZGeCScirPyB9loo2nkg9vnQ5c5GVBuT7hwok0dXOzBx_2Z/s320/005-yahushua-e-seus-discc3adpulos-negros-no-museu-copta-egito.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="238" /></a></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: left;">ESTE MOSAICO É DO 6° SÉCULO E MOSTRA UM JESUS DE PELE MUITO ESCURA. A IMAGEM É DE UMA IGREJA, EM ROMA, E DATA DE 530 EC.</strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: left;"><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wzalyRuf3XbLMtkyObUyV9T-E0Avqv8BYENhLfH0hKN43rVVVQxjSwUnpJakStGnmjQFctnMfBL2FtuIZJg1jAKs4UjKLGgpKaFkcNFB8E8DIkK-83K889Q6wr-_snkHcQbWVv732qDH/s139/006-mosaico-do-6-sc3a9c-mostra-messias-de-pele-negra-em-igreja-em-roma-530-aec.jpg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0wzalyRuf3XbLMtkyObUyV9T-E0Avqv8BYENhLfH0hKN43rVVVQxjSwUnpJakStGnmjQFctnMfBL2FtuIZJg1jAKs4UjKLGgpKaFkcNFB8E8DIkK-83K889Q6wr-_snkHcQbWVv732qDH/s139/006-mosaico-do-6-sc3a9c-mostra-messias-de-pele-negra-em-igreja-em-roma-530-aec.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" /></a></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: left;">ESTA IMAGEM ETÍOPE É DO SÉC. XVII OU XVIII E RETRATA UM JESUS / YESHUA / YAHUSHUA DE PELE NEGRA E CABELO CRESPO.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: left;"><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ1N85yC3zEF99aJoXgNRPf9whDiivSLVSerutXU7ielOpgrPAUkqZWUekX19BnpqMaKqNWxK08DZD-6-nTtMLVkgzOJmhmW1AorOAj9KkLtaCYWWpQJsNAOwPpbkvduMElR02chtCy8IH/s139/007-01-imagem-etc3adope-do-sc3a9c-17-ou-18-retrata-messias-de-pele-negra.gif" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ1N85yC3zEF99aJoXgNRPf9whDiivSLVSerutXU7ielOpgrPAUkqZWUekX19BnpqMaKqNWxK08DZD-6-nTtMLVkgzOJmhmW1AorOAj9KkLtaCYWWpQJsNAOwPpbkvduMElR02chtCy8IH/s139/007-01-imagem-etc3adope-do-sc3a9c-17-ou-18-retrata-messias-de-pele-negra.gif" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" /></a></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: center;"> </span><strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: center;"><em>ESTA IMAGEM É BEM MAIS RECENTE, DO ANO DE 1960.</em></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: center;"><em><br /></em></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBh6u57Z3F0sLRQyWkGZIisIhRC0Evv3JR2G7yrd38rFA3JIOFO15r4UmmAWNgaCXtbT7GwHQ0dzSCR8FZ2V5o0b3khZ5whJ2YmrQI1HWEEkk956yzcNDVPrg7i1KZL7eq8cvIjNBOixmQ/s561/008-03-capa-da-bc3adblia-de-1611.jpeg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBh6u57Z3F0sLRQyWkGZIisIhRC0Evv3JR2G7yrd38rFA3JIOFO15r4UmmAWNgaCXtbT7GwHQ0dzSCR8FZ2V5o0b3khZ5whJ2YmrQI1HWEEkk956yzcNDVPrg7i1KZL7eq8cvIjNBOixmQ/s320/008-03-capa-da-bc3adblia-de-1611.jpeg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="273" /></a></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: left;">ESTA BÍBLIA, DE 1611, MOSTRA IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS.</strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: left;"><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Vus7hHqxdt-Md0SeCqo3SlL4XKuqeDnyCdHxjbiOGF9-iSAepuHUYqq2Dx_lNWt2EKNHzQWejQct3LYXNJMVk3N32U2WWF9l0aDIfmaUUuMO8tp-RFCF9BDyQ3a__Gu9OPYyormUkGLx/s480/009-01-adc3a3o-e-eva-0011.jpeg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9Vus7hHqxdt-Md0SeCqo3SlL4XKuqeDnyCdHxjbiOGF9-iSAepuHUYqq2Dx_lNWt2EKNHzQWejQct3LYXNJMVk3N32U2WWF9l0aDIfmaUUuMO8tp-RFCF9BDyQ3a__Gu9OPYyormUkGLx/s320/009-01-adc3a3o-e-eva-0011.jpeg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: center;">ADAM (ADÃO) E CHAVVAH (EVA)</strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: center;"><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDLM21Pli7UHwWmQURSJWutEgSL575O6pp2H9_vn0KRWyVqWVZTFdZc5lGlEeqtDmHVaUMJYDyOdRt2bwKrtRG_KZfk6czaZjvy4jvakgBLdHX84KcjAOwRDVNJH0NSOQCy2a3aHMxfhLS/s480/009-02-moisc3a9s-001.jpeg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDLM21Pli7UHwWmQURSJWutEgSL575O6pp2H9_vn0KRWyVqWVZTFdZc5lGlEeqtDmHVaUMJYDyOdRt2bwKrtRG_KZfk6czaZjvy4jvakgBLdHX84KcjAOwRDVNJH0NSOQCy2a3aHMxfhLS/s320/009-02-moisc3a9s-001.jpeg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: center;">MOSHEH (MOISÉS)</strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; text-align: center;"><br /></strong></div>
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -03 JOSUÉ 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-03-josuc3a9-001.jpeg?w=480&h=321" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">YAHUSHUA (JOSUÉ)</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -04 GIDEÃO 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-04-gidec3a3o-001.jpeg?w=480&h=322" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">GID’DON (GIDEÃO)</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -05 REI DAVI 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-05-rei-davi-001.jpeg?w=480&h=320" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">DAVID (DAVI)</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -06 O PROFETA DANIEL 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-06-o-profeta-daniel-001.jpeg?w=480&h=320" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">DANIYEL</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="color: black; text-align: -webkit-center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -07 O PROFETA ZACARIAS 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-07-o-profeta-zacarias-001.jpeg?w=480&h=318" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="color: black; text-align: -webkit-center;">ZEKARIYAH (ZACARIAS)</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="color: black; text-align: -webkit-center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -08 MARIA 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-08-maria-001.jpeg?w=480&h=553" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">MIRYAM (MARIA)</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -09 O EMISSÁRIO PEDRO 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-09-o-emissc3a1rio-pedro-001.jpeg?w=480&h=318" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">KEPH (PEDRO)</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -10 O EMISSÁRIO PAULO 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-10-o-emissc3a1rio-paulo-001.jpeg?w=480&h=319" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">SHAUL (PAULO)</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -11 OS MÁRTIRES 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-11-os-mc3a1rtires-001.jpeg?w=480&h=326" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">OS MÁRTIRES</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -12 OS PROFETAS 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-12-os-profetas-001.jpeg?w=480&h=328" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">OS PROFETAS</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<img alt="009 -13 OS SANTOS 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/009-13-os-santos-001.jpeg?w=480&h=325" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;">OS SANTOS</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="text-align: center;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>COMO VOCÊ PODE VER, NESTA BÍBLIA DE 1611, ANTIGAMENTE, ATÉ MESMO AS BÍBLIAS CORROMPIDAS RETRATAVAM OS HEBREUS COMO UM POVO DE PELE NEGRA. ATÉ ENTÃO, O MASHIYACH NUNCA FORA CHAMADO DE JESUS, NEM OS ISRAELITAS ERAM CHAMADOS DE JUDEUS, ATÉ PORQUE O IDIOMA ORIGINAL DAS ESCRITURAS É O HEBRAICO E NÃO EXISTE LETRA “J” NO ALFABETO HEBRAICO. TAMBÉM NÃO EXISTE LETRA “J” NO ALFABETO ARAMAICO, GREGO OU LATIM E, ANTES DA IDADE MÉDIA, ESTA LETRA NÃO EXISTIA NO ALFABETO INGLÊS, PORTUGUÊS, NEM EM NENHUM OUTRO.</strong><strong> </strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>A VERDADE É QUE O MASHIYACH QUE OS ISRAELITAS AGUARDAVAM (E CONTINUAM AGUARDANDO PORQUE ELE AINDA NÃO VEIO) NUNCA FOI CHAMADO DE JESUS, NEM DE YESHUA, NEM DE YAHUSHUA E SIM DE “YAH JUSTIÇA NOSSA”.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><b>YIRMEYAHU / JEREMIAS 23:5 – EIS QUE VÊM DIAS, DIZ YHWH, EM QUE LEVANTEREI A DAVID UM RENOVO JUSTO; E, REI QUE É, REINARÁ, E AGIRÁ SABIAMENTE, E EXECUTARÁ O JUÍZO E A JUSTIÇA NA TERRA.</b></span></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><b>6 – NOS SEUS DIAS, YAHUDAH SERÁ SALVO, E YISRAEL HABITARÁ SEGURO; SERÁ ESTE O SEU NOME, COM QUE <span style="text-decoration: underline;">SERÁ CHAMADO: YHWH, JUSTIÇA NOSSA</span>.</b></span></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>O POVO ISRAELITA É COMPOSTO DE 12 TRIBOS E NENHUM DELES ERA CHAMADO DE JUDEU. O QUARTO FILHO DE YA’ACOV (JACÓ) SE CHAMAVA YAHUDAH (JUDÁ) E SEUS DESCENDENTES ERAM CHAMADOS DE YAHUDIM. EM PORTUGUÊS, A PALAVRA CORRESPONDENTE A YAHUDIM É JUDAÍTAS E NÃO JUDEUS.</strong><strong> </strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>OS POVOS ANTIGOS NUNCA VIRAM ISRAELITAS BRANCOS, NUNCA CHAMARAM OS ISRAELITAS DE JUDEUS E NUNCA CONHECERAM UM POVO CHAMADO JUDEU.</strong><strong> O POVO QUE HOJE É CONHECIDO COMO JUDEU, ERA CHAMADO DE EDOMITA PORQUE SÃO DESCENDENTES DE ESAV / EDOM.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>COMO VISTO NO ESTUDO “<a href="http://hebreuisraelita.wordpress.com/2012/06/09/edomitas-amalequitas-e-khazares/" style="color: #557799; text-decoration: none;" target="_blank" title="EDOMITAS, AMALEQUITAS E KHAZARES">EDOMITAS, AMALEQUITAS E KHAZARES</a>“, HÁ 3 CATEGORIAS DE JUDEUS:</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>1) <span style="color: blue; text-decoration: underline;">EDOMITAS / SEPHARDIM (SEFARDITAS)</span> - DESCENDENTES DE EDOM / ESAV (ESAÚ), QUE FORAM OS PRIMEIROS JUDEUS, OS JUDEUS ORIENTAIS QUE INVADIRAM SHOMEROM (SAMARIA);</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>2) <span style="color: blue; text-decoration: underline;">AMALEQUITAS</span> – DESCENDENTES DE AMALEK, QUE ERA NETO DE EDOM. ESTES SÃO OS BANQUEIROS DE HOJE, AQUELES QUE ALÉM DE COMANDAREM A MÍDIA UNIVERSAL, INCLUINDO A TV E A IMPRENSA, O SISTEMA POLÍTICO E RELIGIOSO, O SISTEMA DE EDUCAÇÃO, DE ALIMENTAÇÃO, DE SAÚDE, A INDÚSTRIA DA GUERRA, DA MÚSICA E DO CINEMA, DOMINAM TAMBÉM TODA A ECONOMIA MUNDIAL. ENTRE ELES ESTÃO A FAMÍLIA ROTHSCHILD, A FAMÍLIA ROCKEFELLER, A FAMÍLIA REAL BRITÂNICA E OS PARTICIPANTES DO BILDERBERG GROUP OU CLUBE DE BILDERBERG. AS PESSOAS MAIS RICAS, INFLUENTES E PODEROSAS DO MUNDO, ATUALMENTE;</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>3) <span style="color: blue; text-decoration: underline;">ASHKENAZIM</span> – DESCENDENTES DE YAPHET (JAFÉ) POR PARTE DE SEU FILHO TOGARMA (GÊNESIS 10:2-5), QUE É O PATRIARCA DOS TURCOS, MAS SE AUTODENOMINAM ASQUENAZI P</strong><b>ORQUE YIRMEYAHU (JEREMIAS) PROFETIZOU QUE ASQUENAZ E SEUS ALIADOS CONQUISTARIAM A BABILÔNIA (JEREMIAS 51:27), PORTANTO, OS ASHKENAZIM SÃO EUROPEUS, OU SEJA, SÃO GENTIOS E A ÚNICA RELAÇÃO QUE ELES TÊM COM OS HEBREUS É QUE SE MISTURARAM COM OS EDOMITAS (DESCENDENTES DE ESAÚ / EDOM), MAS NÃO SÃO DESCENDENTES DE YA’AQOV (JACÓ), ENTÃO, NÃO SÃO ISRAELITAS.</b><strong> </strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>OS VERDADEIROS ISRAELITAS FORAM CAPTURADOS E TRAZIDOS PARA O OCIDENTE, COMO ESCRAVOS, EM NAVIOS NEGREIROS, DURANTE O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO E, QUANDO CHEGARAM AQUI, SEUS NOMES ORIGINAIS HEBRAICOS FORAM SUBSTITUÍDOS POR NOMES OCIDENTAIS, CRISTÃOS OU JUDEUS, E FORAM PROIBIDOS DE MANTER SUA CRENÇA.</strong><strong> </strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>ELES NÃO TINHAM ACESSO NEM MESMO AS BÍBLIAS CORROMPIDAS. ERA PROIBIDO LER OU ENSINAR A BÍBLIA A UM ESCRAVO. ISSO PORQUE O PLANO DOS NOSSOS INIMIGOS ERA FAZER COM QUE NOSSO POVO ESQUECESSE COMPLETAMENTE SUAS ORIGENS PARA QUE SUA VERDADEIRA IDENTIDADE FOSSE OCULTADA E TOTALMENTE APAGADA.</strong><strong> </strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>IMAGINE SE OS ESCRAVOS NEGROS ABRISSEM UMA BÍBLIA COMO ESTA, DE 1611, E VISSE TODO O SEU POVO RETRATADO NELA… ISSO ESTRAGARIA OS PLANOS DOS SEUS OPRESSORES PORQUE JAMAIS ESQUECERIAM SUAS ORIGENS ISRAELITAS. ISSO SEM FALAR NO JESUS / YESHUA / YAHUSHUA DO NOVO TESTAMENTO QUE ELES, COMO VERDADEIROS ISRAELITAS, SABIAM MUITO BEM QUE ELE NUNCA EXISTIU, QUE NÃO ERA O MASHIYACH HEBREU E TODA A HISTÓRIA ACERCA DELE É UMA FARSA.</strong></div>
<div style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong>REPARE QUE OS ESCRAVOS CANTAVAM CANÇÕES QUE FALAVAM DE YAH, DE MOSHEH, DO CATIVEIRO DA BABILÔNIA E DE DIVERSAS COISAS QUE ACONTECERAM MUITO ANTES DA SUPOSTA VINDA DE JESUS / YESHUA / YAHUSHUA, MAS NUNCA FALAVAM DELE.</strong></div>
<h1 id="watch-headline-title" style="background-color: white; color: #555555; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-style: italic; font-weight: normal; letter-spacing: -1px; margin: 0px; position: relative; text-align: justify;">
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px; text-align: left;">
<strong>AGORA, EU PERGUNTO:</strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<strong>QUAL A RAZÃO DOS ISRAELITAS LEMBRAREM DE COISAS MUITO MAIS ANTIGAS E ESQUECEREM DE MENCIONAR JESUS / YESHUA / YAHUSHUA, SE ELE FOI ALGUÉM TÃO IMPORTANTE, O MESSIAS, O SALVADOR, E QUE ERA MUITO MAIS RECENTE DO QUE AS COISAS ANTIGAS DAS QUAIS ELES FALAVAM?</strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<strong>RESPOSTA:</strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<strong>OS ISRAELITAS NUNCA FALARAM DE YESHUA / YAHUSHUA / JESUS PORQUE ELE NÃO É O MASHIYACH, NÃO É O SALVADOR E NUNCA EXISTIU. TUDO O QUE O NOVO TESTAMENTO DIZ A RESPEITO DELE É MENTIRA!</strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<strong>O NOVO TESTAMENTO E SEU FALSO MESSIAS SÃO UMA FARSA E SE OS ISRAELITAS QUE FORAM TRAZIDOS PARA O OCIDENTE COMO ESCRAVOS TIVESSEM ACESSO AS BÍBLIAS DESDE QUE CHAGARAM AQUI, ALÉM DE NUNCA ESQUECEREM O SEU PASSADO, PODERIAM CONTAR A TODOS QUE O NOVO TESTAMENTO É PURA MENTIRA.</strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<strong>OS OPRESSORES TINHAM QUE ELIMINAR AS EVIDÊNCIAS, O MÁXIMO POSSÍVEL, PARA QUE O MUNDO NÃO PUDESSE PERCEBER QUE AQUELES ESCRAVOS NEGROS ERAM OS ISRAELITAS BÍBLICOS E FOI JUSTAMENTE NESTA ÉPOCA QUE COMEÇARAM A TRABALHAR INTENSAMENTE NA RETIRADA DAS IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS DE CIRCULAÇÃO, NA SUBSTITUIÇÃO DESSAS IMAGENS POR IMAGENS FALSAS QUE RETRATAVAM OS HEBREUS COMO UM POVO DE PELE BRANCA, E NA SUBSTITUIÇÃO DOS VERDADEIROS ISRAELITAS PELOS JUDEUS.</strong><strong> </strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<strong>TODA ESTA FARSA DE RETRATAR OS HEBREUS COM APARÊNCIA EUROPÉIA E CHAMAR OS ISRAELITAS DE JUDEUS GANHOU FORÇA COM O ADVENTO DA SUPREMACIA BRANCA. AS IMAGENS DE HEBREUS NEGROS FORAM SENDO RETIRADAS DE CIRCULAÇÃO ENQUANTO IMAGENS DE HEBREUS BRANCOS FORAM DIVULGADAS EM LARGA ESCALA, ASSIM COMO A PALAVRA JUDEUS E O NOME JESUS.</strong><strong> </strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<strong><br /></strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<strong>VEJA O PINTOR ALTERANDO AS IMAGENS:</strong></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<img alt="010 -01 PINTORES ALTERANDO AS IMAGENS DOS HEBREUS 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/010-01-pintores-alterando-as-imagens-dos-hebreus-001.jpeg?w=480&h=318" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<img alt="010 -02 PINTORES ALTERANDO AS IMAGENS DOS HEBREUS 002" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/010-02-pintores-alterando-as-imagens-dos-hebreus-002.jpeg?w=480&h=273" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
<div style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; letter-spacing: normal; line-height: 18px;">
<img alt="011 - ESBOÇOS DE CESARE BORGIA POR LEONARDO DA VINCI 001" src="http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2013/01/011-esboc3a7os-de-cesare-borgia-por-leonardo-da-vinci-001.jpeg?w=480&h=322" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /></div>
</h1>
<div style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic;">ESSES SÃO ESBOÇOS DE CESARE BORGIA, FEITOS PELO FAMOSO PINTOR LEONARDO DA VINCI.</strong></div>
<div style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<strong style="background-color: white; color: #555555; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 12px; font-style: italic;"><br /></strong></div>
<div style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
</div>
<h1 class="yt" id="watch-headline-title" style="background-color: #f7eac6; border: 0px; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 22px; font-weight: normal; margin: 0px 0px 13px; overflow: hidden; padding: 0px; position: relative; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap; word-wrap: normal;">
<span class="watch-title long-title yt-uix-expander-head" dir="ltr" id="eow-title" style="-webkit-user-select: auto; border: 0px; color: black; cursor: pointer; font-size: 0.9em; letter-spacing: -0.05em; margin: 0px; padding: 0px;" title="BÍBLIAS ANTIGAS REVELAM IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS">BÍBLIAS ANTIGAS REVELAM IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS</span></h1>
<div style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<span class="watch-title long-title yt-uix-expander-head" dir="ltr" style="-webkit-user-select: auto; border: 0px; cursor: pointer; font-size: 0.9em; letter-spacing: -0.05em; margin: 0px; padding: 0px;" title="BÍBLIAS ANTIGAS REVELAM IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS"><b>ASSISTA ESSE VÍDEO</b></span></div>
<div>
<span class="watch-title long-title yt-uix-expander-head" dir="ltr" style="-webkit-user-select: auto; border: 0px; cursor: pointer; font-size: 0.9em; letter-spacing: -0.05em; margin: 0px; padding: 0px;" title="BÍBLIAS ANTIGAS REVELAM IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS"><b><br /></b></span></div>
</div>
Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-50002618510736301852013-06-21T07:28:00.001-07:002013-06-21T07:28:34.105-07:00<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="line-height: 115%;">Como os textos bíblicos chegaram até
nós? </span></u></b><u><span style="line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="line-height: 115%;"><br /></span></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Os textos bíblicos do Antigo Testamento
começaram a serem escritos por volta do ano mil antes de Cristo. Os judeus
sempre mantiveram e ainda mantém até hoje, uma tradição de copiar textos
rigorosamente. Quando o Cristianismo surgiu, no século I, os textos bíblicos
foram sendo escritos e copiados. Provavelmente, por volta do ano 115 depois de
Cristo, os textos do Novo Testamento foram terminados e ao longo dos séculos,
foram sendo escritos e copiados. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
Vale destacar que, em tempos medievais, os livros eram extremamente caros,
tanto pelo altíssimo custo do material para escrever, como pela ausência de
imprensa. Depois do colapso do Império Romano, o papiro que era o único
material barato de escrita, embora fosse perecível, desapareceu dos mercados da
Europa. Ficou o pergaminho, que era produzido com o couro de ovelhas e cabras.
Um rebanho de mais de uma centena de ovelhas tinha que ter seu couro extraído,
para se produzir uma só Bíblia. Tanto o conhecimento científico, como a
literatura antiga, história, leis, peças teatrais e demais coisas da
antiguidade só chegaram até nós pelo imenso esforço de monges medievais, que
dedicaram as suas vidas a ficarem copiando livros.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">No século IX, o papel que havia sido inventado
mais de 500 anos antes na China, passou a ser produzido na Espanha muçulmana.
Logo a seguir o papel foi mecanizado e melhorado na Europa católica de então. O
papel era muito mais barato que o pergaminho e os livros passaram a serem mais
baratos. No entanto, somente com a imprensa de tipos móveis de Gutenberg, no
século XV é que a Bíblia passou a ser acessível, à maioria das pessoas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Com a Bíblia impressa chegamos, aos novos
tempos, pois uma impressora pode fazer centenas ou milhares de Bíblias sem
erros. Ademais, uma Bíblia impressa não somente é mais barata, como também é
melhor que uma Bíblia manuscrita. E ainda por cima ela é uniforme.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><br />
</span><b><u><span style="line-height: 115%;">Como
foi feito o cânon bíblico?</span></u></b><span style="line-height: 115%;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Ainda
no século I, já havia inúmeras formas de Cristianismo. Antes da chegada do ano
100 D.C. já existia Cristianismo na Índia, Egito, Itália, Grécia, Etiópia,
Sudão, etc. Por óbvias dificuldades de comunicação, era impossível que tivessem
uma única relação de livros inspirados. Os textos que fazem parte do que hoje
chamamos de Bíblia, já estavam prontos no ano 100 de nossa era, mas não existia
uma Bíblia única cristã. Se alguém procurasse uma Bíblia para comprar na Europa
ou qualquer outro lugar do mundo, nos séculos I e II não acharia nenhuma à
venda. Uma proposta de cânon do Novo Testamento apareceu no século IV e
supostamente datava do século II. Ela não listava como canônicos os livros
Apocalipse, II Pedro, II e III João e Judas. O Cânon Muratori não cita a
Epístola aos Hebreus como livro canônico. Por outro lado este mesmo Cânon
Muratori cita como canônico, o livro O Pastor de Hermas como canônico. O mesmo
Cânon Muratori cita o livro da"Sabedoria" como canônico.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Quando o Cristianismo foi legalizado pelo
Imperador Constantino no século III, este mandou que as diferentes correntes do
Cristianismo fizessem uma escritura de livros comum. Por meio de um Concílio,
os bispos decidiram que o Cânon seria de 76 livros. Este Concílio não teve
unanimidade. No caso do livro do Apocalipse, por exemplo, os delegados do Bispo
de Roma foram contra a sua inclusão no Cânon bíblico. Somente no Concílio de
Cartago de 397 é que o livro do Apocalipse foi colocado no Cânon bíblico.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Esta primeira Bíblia cristã foi chamada de
Bíblia de São Dâmaso, nome do Papa sob a qual foi escrita. Evidentemente que os
cristãos da Índia, Etiópia, etc. em nada, sequer, puderam saber desta primeira
Bíblia cristã. Mesmo na Europa, a esmagadora maioria do povo era analfabeto e
ignorante. Uma Bíblia no século IV custava muito mais caro que o patrimônio de
mais de 98% da população européia de então.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">O Cânon ou a relação dos livros bíblicos foi
estabelecido por Concílios. Tudo por decisão humana. Nenhum livro bíblico diz
quais livros devem ser parte do Cânon. Por outro lado, a história mostra que
homens é que decidiram que livros fariam parte do Cânon. Basta lembrar que o
livro Macabeus 4 está escrito no Códice Sinaiticus e não faz parte nem da
Bíblia Católica e nem da Bíblia Protestante.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Na Europa católica, o Concílio de Florença em
1442 manteve esta mesma bíblia, com 76 livros. O Concílio de Trento, no século
seguinte, reduziu a bíblia católica a 73 livros, decisão ainda mantida até
hoje, pela Igreja Católica. No Concílio de Jerusalém em 1672, a Igreja Ortodoxa
Grega reduziu a sua Bíblia para 70 livros.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">No século XVIII, as várias denominações
Protestantes concordaram que a Bíblia deveria ter 66 livros. Todas estas
decisões quanto ao Cânon bíblico foram tomadas por pessoas, em Concílios. Tudo
por decisão humana. Nem preciso dizer que os cristãos etíopes têm, desde o
século I, seus próprios escritos sagrados.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="line-height: 115%;"><br /></span></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="line-height: 115%;">Por que alguns livros não foram aceitos
entre os oficiais?</span></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Tanto a aceitação,
como a rejeição de um dado texto para o Cânon foi influenciada por decisão
humana. Isto vem desde que os Concílios existem e acontece até os dias de hoje.
No século XIX apareceu o famoso "Livro de Mórmon”, que só foi aceito por
um ramo do Protestantismo e foi e ainda é ignorado ou criticado, por todos os
demais. Isto vem de longe. O Cânon aceitou por exemplo, a Epístola aos Hebreus,
que todos os entendidos sabem há mais de mil anos, não foi escrito por Paulo.
Uma forjadura óbvia e de autor desconhecido, mas esta obra de autor
desconhecido está em todas as Bíblias. Todos os entendidos sabem que Mateus não
escreveu o Evangelho a ele atribuído, pois ele morrera há muito, mas ainda
assim, existe o Evangelho segundo Mateus. Todos os entendidos sabem que os
quatro Evangelhos são relatos de segunda ou terceira mão. João não escreveu o
seu Evangelho.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">O livro do Apocalipse teve a feroz oposição dos
Papas em Roma, que sempre pressionaram para a sua retirada do Canon. Ele chegou
a ser retirado, mas o Concílio de Cartago, em 397, o recolocou de volta ao
Cânon. Sim, o livro do Apocalipse foi colocado, depois retirado e depois
recolocado na Bíblia.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">O livro "Pastor de Hermas" foi
considerado por Clemente de Alexandria, Tertuliano, Santo Irineu e Orígenes
como inspirado. Os entendidos acham que Hermas é o homem citado por S. Paulo na
Epístola aos Romanos, no seu final. Este livro era largamente lido nas igrejas
cristãs da Grécia. No século V, o Papa Gelásio coloca tal livro entre os
apócrifos. Uma decisão que ainda perdura.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">No século XVI, Martinho Lutero exigiu a
retirada da "Epístola de São Tiago", do Cânon bíblico. Lutero chamou
tal livro de "Carta de palha". Também no século XVI, João Calvino
exigiu a retirada do livro do Apocalipse do Cânon bíblico. Ao contrário da
decisão do Papa Gelásio, estas exigências tanto de Lutero, como de Calvino
deram em nada. A colocação de um texto na Bíblia, de um dado ramo do
Cristianismo depende, da tradição e das necessidades terrenas.<br />
<br />
</span><b><u><span style="line-height: 115%;">Por
que as Bíblias Protestantes têm menos livros que as Bíblias Católicas?</span></u></b><b><span style="line-height: 115%;"> </span></b><span style="line-height: 115%;">O citado Concílio de Florença em 1442 manteve a
decisão já do século IV, no Concílio de Cartago, em 397 D.C. de ter uma Bíblia
católica com 76 livros. Com a chamada Reforma Protestante, no século XVI, a
Igreja Católica através do Concílio de
Trento reduziu a Bíblia católica para 73 livros, decisão ainda em vigor nos
dias de hoje.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Nesta redução da Bíblia, a Igreja Católica
pelas mãos de seu clero, mostrou que o mundo é quem decide o Cânon. Assim, saiu
da Bíblia Católica o livro 2 Esdras, que condena fortemente a reza pelos mortos
ou o pedido de coisas vindas dos mortos. Uma clara condenação do culto aos
santos e reza pelos mortos no purgatório. Por outro lado, o mesmo Concílio de
Trento manteve no Cânon da Bíblia Católica, o livro 2 Macabeus, que claramente
fala em rezas e sacrifícios pelos mortos. Não tem o menor sentido a idéia, que
o Concílio de Trento tenha colocado livros na Bíblia Católica. Livros como 1 e
2 Macabeus já estavam na Bíblia Católica, muito antes do Concílio de Trento. Há
mais de mil Bíblias do século XV hoje em museus e que foram impressas e elas
todas tem Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, por exemplo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Quanto aos Protestantes, apenas no século XVIII
é que eles passaram a ter um relativo entendimento, sobre qual Bíblia afinal
defendiam. Eles cortaram a sua Bíblia para 66 livros. No caso do Novo
Testamento, eles mantiveram a mesma lista de livros estabelecida no Concílio de
Cartago em 397. Os Protestantes ignoraram as sugestões de Lutero e Calvino e
simplesmente seguiram o mesmo Cânon, que a Igreja Católica usava desde 397.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Quanto ao Antigo Testamento, as denominações
Protestantes decidiram adotar o mesmo Cânon estabelecido pelo Sínodo judaico de
Jamnia em 100 D.C. Este Sínodo judaico não teve a presença de nenhum cristão
das várias correntes de Cristianismo, que já existiam no ano 100 D.C. Tal
sínodo rejeitou como apócrifos todos os livros escritos após o ano 300 A.C. ou
que não tivessem sido escritos originalmente em hebraico ou que não tivessem
sido fora da Palestina. Na verdade, os judeus até o citado Sínodo de Jamnia
usavam uma variedade de textos canônicos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Nas cavernas de Cunrãm há escritos do livro de
Tobias, que é canônico segundo a Bíblia Católica. Nas mesmas cavernas de Cunrãm
encontraram-se fragmentos dos livros Enoque e Testamento de Levi, que jamais
fizeram parte do Cânon, quer Católico quer Protestante. Não tem sentido se
dizer, que os judeus nos tempos de Jesus rejeitavam Macabeus, Judite, Enoque.
Isto só aconteceu no citado Sínodo Judaico de Jamnia, que só foi realizado no
ano 100 D.C.; quando o Cristianismo não só estava já consolidado, como também
já dividido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">A rejeição de 1 Macabeus e Judite também foi
influenciada pela política mundana. Ambos os livros citados colocam a rebelião
armada, contra um opressor, como sagrada e abençoada por Deus. No século XVIII,
as nações Protestantes queriam seus povos dominados quietos. É notório que na
luta pela independência americana, os Católicos tiveram uma participação na
luta, muito maior que a sua participação na população americana. As sucessivas
rebeliões na Irlanda tinham sempre católicos, que diziam seguir o dito nos livros
1 e 2 Macabeus. Tanto uma necessidade de ter uma sanção dos judeus, como
necessidades políticas mundanas levaram ao fato das bíblias protestantes, desde
a segunda metade do século XVIII ter 66 livros.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">Em suma, a primeira Bíblia cristã tinha 76 livros.
Isto foi estabelecido por um Concílio. O Concílio de Trento reduziu a bíblia
católica para 73 livros, retirando do Cânon livros que condenassem
explicitamente orações para os mortos. Ao mesmo tempo o mesmo Concílio manteve
2 Macabeus que apoia rezas pelos mortos. Os Protestantes não tinham uma Bíblia
única que seguir. Levou mais de 300 anos, para os Protestantes terem uma Bíblia
única. A redução tanto se deveu a fatores políticos, como uma busca de sanção
judaica, como a rejeição de orações pelos mortos que são apoiadas por 2
Macabeus. Pouco ou nada houve de busca por verdade em tal redução. Os
entendidos sabem que a Epístola aos Hebreus é uma farsa, pois não foi escrita
pelo apóstolo Paulo. Ela segue no Cânon Católico e Protestante. No mesmo Novo Testamento
foi excluído "Pastor de Hermas", que não foi uma forjadura e foi de
fato escrito por Hermas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">No Antigo Testamento, a mesma coisa se repete.
Os Protestantes alegam rejeitar 1 Macabeus por ele ser supostamente falso. No
entanto 1 Macabeus tem indiscutível base histórica. O evento descrito no livro,
a invasão de Israel de fato aconteceu. Judas Macabeus de fato existiu. Nem por
ser pelo menos em parte verdade, 1 Macabeus faz parte das Bíblias Protestantes.
Por outro lado, nessa mesma Bíblia protestante, há o livro de Gênesis que tem
figuras como Adão, Eva, Caim, Abel, Noé; todas tão “verdadeiras” quanto os
heróis de ficção científica.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">A invasão de Israel descrita em 1 Macabeus de
fato aconteceu, mas ela não faz parte das Bíblias Protestantes. O Dilúvio
universal e sua arca de Noé com mais de 1.000.000 de espécies de plantas
cuidadas apenas pela pequena família de Noé nunca aconteceu, mas mesmo assim,
Gênesis está tanto nas Bíblias Protestantes, como nas Bíblias Católicas. Na
Bíblia, Jonas, fica por 3 dias vivo dentro de um peixe, mas Judas Macabeus que
de fato existiu não aparece nas Bíblias Protestantes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="line-height: 115%;"><br /></span></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><b><u><span style="line-height: 115%;">Aonde há busca pela verdade?</span></u></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Como já vimos antes, o cânon depende da
tradição e das necessidades terrenas. A Igreja Católica manteve 2 Macabeus na Bíblia
pois ele mantém a base bíblica para o purgatório e as missas pelos mortos. A
mesma Igreja Católica excluiu do cânon o livros 2 Esdras, pois ele condenava
rezas pelos mortos. Os Protestantes excluíram 1 Macabeus pois ele supostamente
apoiava rebeliões, mas mantiveram as cartas de Paulo com seu apoio à escravidão
e submissão de mulheres e fizeram o mesmo com uma farsa, como a Epístola aos
Hebreus.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif;">O Cânon tanto Católico, como Protestante é de
origem e necessidade humana. Ambos os cânones foram feitos pensando neste
mundo. Os Protestantes simplesmente não precisavam de uma Bíblia que tivesse
livros apoiando rebeliões, como 1 Macabeus ou apoiando rezas pelos mortos, como
2 Macabeus. Por outro lado, os Católicos não precisavam de livros que
condenassem orações pelos mortos, como 2 Esdras. Por isto, a Bíblia Católica
saiu de 76 para 73 livros e a Bíblia protestante caiu ainda mais, para 66
livros. Vale ressaltar que o fato da necessidade e da tradição influenciar
diretamente na formação cânon, isso não tira do texto a autenticidade de sua
inspiração, pois são dois departamentos distintos.</span><span style="color: #0047ff; font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-84403079520594866492013-06-14T07:58:00.004-07:002013-06-14T07:58:47.070-07:00<h1 style="background-color: white; float: left; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 21px; margin: 0px; padding: 2px 0px; position: relative; width: 570px;">
Qual é a origem do dízimo?</h1>
<h2 style="background-color: white; background-image: none; float: left; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; font-weight: normal; line-height: 14px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; position: relative; width: 570px;">
A cobrança existe desde a Antiguidade, quando muita coisa podia ser usada como dinheiro</h2>
<h6 style="background-color: white; float: left; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0px 20px 0px 0px; padding: 2px 0px; position: relative;">
por Marcel Verrumo</h6>
<div class="share" style="background-color: white; clear: right; float: left; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0px 0px 15px 20px; overflow: visible; padding: 0px; position: relative; z-index: 500;">
<div class="twitterButton" style="float: left; margin: 0px; padding: 0px; position: relative;">
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</div>
</div>
<div id="texto" style="background-color: white; clear: both; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; margin: 0px 10px 0px 0px; padding: 10px 0px; position: relative;">
<div style="padding: 0px 0px 10px; position: relative;">
O dízimo existe há muito mais tempo que o cristianismo. Templos no antigo Egito, Grécia e Roma, por exemplo, cobravam tributos desde 1500 a.C. Eram doações de qualquer coisa que pudesse ser usada como dinheiro na Antiguidade, como animais, armas, frutas e água. A Igreja Católica institucionalizou a cobrança no Concílio de Macon, em 585, estabelecendo a quantia de 10% das posses dos fiéis. Mas foi Carlos Magno, rei dos francos, que expandiu a prática: conforme alargava seu império no século 9, difundia a cobrança nas regiões conquistadas. Com o tempo, os governos entraram na jogada. "A Igreja permitiu reis a cobrarem o dízimo, mediante o compromisso de expandir a fé cristã", diz Diego Omar Silveira, historiador da UFMG. Com a separação entre Igreja e Estado, a partir do século 18, o dízimo voltou a ser um tributo exclusivamente religioso.<br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" /></div>
<div class="box" style="background-color: #eaeaea; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 5px; position: relative;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;">Diz-me por que dizimas</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" />Pagamento inspirou verbo "dizimar"<br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;">Roleta romana</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" />O verbo dizimar, que hoje é sinônimo de exterminar, surgiu como uma punição do exército romano em caso de insurreição das tropas. O castigo era sanguinário. E estatístico. Ele consistia em matar um em cada dez soldados, aleatoriamente.<br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;">Por que 10%?</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" />Além da mística envolvendo o número, usamos o sistema decimal, então é mais fácil dividir algo por dez do que por sete, por exemplo. Países islâmicos, que também usam o sistema, têm alguns ramos em que o dízimo é de 20%.<br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;">Caso de Morte</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px; position: relative;" />Na Igreja primitiva, o casal Ananias e Safira foi morto por esconder lucros que deveriam ser doados à comunidade. Não há casos assim só na Bíblia. Em 2010, no Maranhão, uma mulher matou os pais por eles não pagarem o dízimo.</div>
<div class="box" style="background-color: #eaeaea; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 5px; position: relative;">
fonte: <a href="http://super.abril.com.br/religiao/qual-e-origem-do-dizimo-721026.shtml" style="font-size: 14px;">http://super.abril.com.br/religiao/qual-e-origem-do-dizimo-721026.shtml</a></div>
</div>
Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-29137864392289344482013-06-04T20:35:00.000-07:002013-06-04T20:35:22.353-07:00<b>PARA QUEM,GOSTA DE FILOSOFIA, 3 BONS FILMES!</b><br />
<div class="separator" style="background-color: #f7eac6; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimBlAe9HjL0_hyphenhyphenbF5-_jRCnAN3SziSgBvyr2FOEGI7kfvYYLAbD5EIGbIkk469k3fDQ97WK4eXMMoYtHrIYTOtNGLGW9JxXCSAbhmacT5GBpIiY47krdVFt914Pw5l0adktcqD8xP0xpjY/s1600/o_mundo_de_sofia.jpg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimBlAe9HjL0_hyphenhyphenbF5-_jRCnAN3SziSgBvyr2FOEGI7kfvYYLAbD5EIGbIkk469k3fDQ97WK4eXMMoYtHrIYTOtNGLGW9JxXCSAbhmacT5GBpIiY47krdVFt914Pw5l0adktcqD8xP0xpjY/s320/o_mundo_de_sofia.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="223" /></a></div>
<div style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<a href="http://documentariosvarios.wordpress.com/2012/01/27/o-mundo-de-sofia-filme-completo/" style="color: #653577; text-decoration: none;">http://documentariosvarios.wordpress.com/2012/01/27/o-mundo-de-sofia-filme-completo/</a></div>
<div style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
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<div style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Wu6pzhVg3bFGP7-6I6npMJ5BeWd_PH0hCPnzo3I7vQnA7r2TOL5Xrml7z0Iwt0qaiCyLm0GQmSM8hYFTKCr2Hh3lnrmG7dWh3PIb8CmtOdn7BT4Wtycj4c-x_aFZMpwKA1WaGvwGUM1Z/s1600/socrates-ross.jpg" imageanchor="1" style="color: #653577; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Wu6pzhVg3bFGP7-6I6npMJ5BeWd_PH0hCPnzo3I7vQnA7r2TOL5Xrml7z0Iwt0qaiCyLm0GQmSM8hYFTKCr2Hh3lnrmG7dWh3PIb8CmtOdn7BT4Wtycj4c-x_aFZMpwKA1WaGvwGUM1Z/s320/socrates-ross.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="224" /></a></div>
<div>
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<div class="separator" style="clear: both;">
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<div>
<a href="http://documentariosvarios.wordpress.com/2012/04/20/descartes-filme-completo/" style="color: #653577; text-decoration: none;">http://documentariosvarios.wordpress.com/2012/04/20/descartes-filme-completo/</a></div>
<div>
<b>Acesse o Link</b></div>
</div>
</div>
Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-32728572146397741842013-06-03T13:17:00.000-07:002013-06-03T13:17:37.206-07:00<div class="MsoNormal">
<b>UM POUCO DO TRABALHO DA CRÍTICA TEXTUAL NOS TEXTOS BÍBLICOS <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
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Crítica Textual</b> </div>
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<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<b>Introdução</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existe uma matéria bíblica que se encarrega da tarefa de dar
ao leitor e exegeta o texto original da Bíblia. Ela se chama <b>crítica
textual</b>. É uma matéria bíblica muito importante e ao mesmo tempo pouco
conhecida pelo grande público. Essa é a razão pela qual escrevo esse artigo.
Trataremos, neste momento, apenas aspectos teóricos e introdutórios e
mencionaremos exemplos somente com o objetivo de mostrar a problemática, sem
pretender dar soluções. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje, em nossas casas, temos a Bíblia e poucas vezes nos
interrogamos sobre o processo pelo qual passou o texto que lemos. A Bíblia foi
escrita não como um único livro, mas é composta por diversos livros, que
nasceram independentes um do outro e só mais tarde foram unidos e formaram um
único volume. Cada livro tem uma história particular. Além disso, naquele tempo
não existiam as editoras que faziam milhares de cópias idênticas do mesmo
volume. Existia um original e este era copiado manualmente. Da primeira cópia
nasciam outras e dessa forma se multiplicavam e acabaram chegando até nós. Ou
seja, nós recebemos o texto graças às cópias transcritas do original, que hoje
não existe mais.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Provavelmente você já experimentou copiar textos, com a mão
ou digitando. Pode você imaginar quantos erros estamos sujeitos? Transcrevendo
podemos confundir um <b>“o”</b> com um <b>“a”</b>, <b>“e”</b> com <b>“l”</b> ou
até mesmo pular de uma linha diretamente para outra, deixando para trás algum
pedaço do texto. Tudo isso acontecia também com quem copiava os textos
bíblicos. E esses erros cresciam na medida em que as cópias aumentavam. Se o
primeiro que copiou do original cometeu um erro, esse erro foi reproduzido na
cópia seguinte onde provavelmente se acrescentaram outros erros.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Outra coisa que pode acontecer é que quem copia um texto eventualmente não
concorda com aquilo que está escrito e resolve fazer uma <b>“correção”.</b> Façamos
um exemplo, inventado, para deixar mais claro.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em João 1 lemos: “O Verbo se fez carne”. Imaginemos que o
copista que transcreveu o texto original pensasse: “Essa frase é muito vaga.
Vamos acrescentar ‘em Belém’”. Neste caso poderíamos ter em nossas bíblias a
seguinte frase: “O Verbo se fez carne em Belém”. Esse texto, contudo, não teria
sido aquele escrito por João, mas se trataria de um <b>acréscimo</b>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É aqui que entra em campo a crítica textual. Temos certeza
que o texto que temos nas cópias que chegaram até nós é o texto original? A
crítica textual procura desvelar todos os eventuais erros e nos entregar o
texto original, aquele escrito pelo autor inspirado.<br />
<br />
<b>Algumas dificuldades com o texto bíblico.</b><br />
<br />
Continuamos com exemplos mais concretos. O texto em hebraico do Antigo
Testamento inteiro mais antigo que existe foi transcrito por volta do ano 1000
depois de Cristo (Código de Leningrado). Invés a Vulgata, tradução em latim da
Bíblia feita por Jerônimo a partir dum texto hebraico do seu tempo, é do IV
século. Quando você encontra uma discordância – e existem diversas – entre o texto
em hebraico, do ano 1000, e a Vulgata, escrita 600 anos antes, o que fazer?</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<b>Outra dificuldade</b>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O livro do Sirácida (Eclesiástico) – presente somente nas
bíblias católicas – chegou até nós através de manuscritos em grego. Todavia, em
1896 foi encontrado um manuscrito hebraico deste livro. Se confrontarmos o
Sirácida grego com o Sirácida hebraico a diferença é expressiva. Como
comportar-se? Qual texto terá que tomar como verdadeiro o biblista que decide
fazer uma tradução para o português, que quer publicar uma Bíblia?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Outro exemplo, sem querer provocar polêmica, está na oração
do pai nosso. Uso esse texto por que é bem conhecido e usado muitas vezes nas
nossas orações.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nas <b>Bíblia católica</b> é normal encontrar o
seguinte texto em Mateus 6:</div>
<div class="MsoNormal">
<b>Eis como deveis rezar: Pai nosso, que estais no céu,
santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso Reino; seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam;
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. (Bíblia Ave Maria)</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Entre nós evangélicos,lemos:</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<i>Portanto, orem assim: "Pai nosso, que estás no céu, que todos
reconheçam que o teu nome é santo. Venha o teu Reino. Que a tua vontade seja
feita aqui na terra como é feita no céu! Dá-nos hoje o alimento que precisamos.
Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos
ofenderam. E não deixes que sejamos tentados, mas livra-nos do mal.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i>[POIS TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA, PARA SEMPRE.
AMÉM!]" (Bíblia Sagrada – (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)</i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há algumas frases que são diferentes, por questões de
escolha do tradutor, e não nos interessam. Quero chamar a atenção para o último
versículo da versão da NTLH, que coloquei em letras maiúsculas. Por que esse
texto não aparece na versão católica e de onde ele vem?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Os textos mais antigos da Bíblia – Os textos de
referência.</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
As testemunhas do texto bíblico podem ser divididas por material (pergaminho,
papiro), formato (rótulo ou código), tipo de escritura (até o século X se usava
a escritura em maiúsculo, em seguida se usou a letra minúscula), antigüidade
(papiros até o século IV), conteúdo (alguns manuscritos trazem somente o Antigo
Testamento, outros só os Evangelhos, outros apenas as cartas dos apóstolos...),
língua (hebraico e hebraico ou traduções em latim, siríaco, copta, georgiano,
armeno, etc.) e outros critérios.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Durante os séculos, os estudiosos da crítica textual
descobriram, reuniram e catalogaram um número enorme de manuscritos bíblicos
dos dois testamentos. Para o <b>Novo Testamento</b>, em 2005, existiam
5.745 manuscritos. Destes 118 são papiros, 317 Maiúsculos, 2877 minúsculos e
2433 lecionários. Esses manuscritos podem ser livros com toto o texto da Bíblia
ou apenas fragmentos de papiros com poucas palavras de um versículo. Apenas
poucos pedaços de textos são próximos ao período em que os textos originais
foram escritos. Um dos textos mais antigos que temos do Novo Testamento é o
papiro P45 (Chester Beatty Library, Irlanda), do fim do segundo século depois
de Cristo, e contém pedaços de textos dos evangelhos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em relação ao <b>Antigo Testamento</b> o texto
fundamental para nós hoje é o assim chamado Texto Massorético (TM), que é o
fruto do trabalho de um grupo de escribas, os massoretas, que colocaram os
sinais vocálicos para o texto hebraico. A língua hebraica não tem vogais e como
na idade média não era mais falada, escrupulosos escribas se dedicaram a
definir como deveria exatamente ser pronunciadas certas as palavras sagradas.
Para tanto acrescentaram ao texto original sinais que ajudam na pronúncia das
palavras e ajudam na correta interpretação do texto inspirado. Tais sinais são
chamados “massoras”. Esse trabalho foi realizado entre os séculos VI e X depois
de Cristo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na crítica textual é importante estabelecer qual é a relação
entre o Texto Massorético e os textos originais, sobre os quais se basearam os
massoretas para realizar seu trabalho. Tal objetivo se alcança através do
estudo da história do texto do Antigo Testamento. A este propósito, poderíamos
dizer, de forma breve, que existem 4 ramos que mostram formas diferentes deste
texto: um texto que serviu de base para o trabalho dos massoretas, o
“proto-massoretico”; a tradução grega, “Setenta”, realizada no século II antes
de Cristo; os documentos encontrados em Qumran, próximo ao Mar Morto; o
Pentateuco Samaritano, ou seja a Bíblia da comunidade samaritana, que conservou
somente os 5 primeiros livros da Bíblia como escritura inspirada por Deus. De
cada uma destas etapas existem manuscritos que ajudam o crítico textual a
resolver os problemas que o texto põe.<br />
<br />
Cada manuscrito encontrado ganhou um código particular. No início se começou
nomeando os manuscritos mais antigos, os Maiúsculos, com letras, primeiro do
alfabeto árabe e depois do alfabeto grego. Assim o Código Alexandrino recebeu
como identificativo a letra “A” e o Sinaítico a letra alfa. Coma as letras não
bastavam, foi decidido identificá-los com números, com um zero na frente. Os
manuscritos mais recentes, os minúsculos, invés, foram identificados com
números, sem o zero na frente. Os papiros são catalogados com a letra “P”
seguida por um número. Para os textos antigos de versões em outras línguas
usa-se outros códigos. Por exemplo, o “d” indica a Vetus Latina, enquanto que a
Vulgata é indicada com “Vg”.<br />
<br />
<b>Edições críticas dos manuscritos – Stuttgartensia e Nestle-Aland</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quando alguém decide traduzir um trecho bíblico a partir do
original precisa necessariamente entrar nesse mundo. Esses manuscritos estão
espalhados pelo mundo, nos museus e bibliotecas. Obviamente o tradutor não pode
visitar cada museu para ver as variantes e comparar um manuscrito com o outro e
escolher qual texto tomar para a sua tradução. Esse trabalho já foi feito e é
disponível em diversas compilações. Existem duas clássicas, uma para o Antigo e
outra para o Novo Testamento. <b>A Bíblia Hebraica Stuttgartensia</b> é
a obra de referência para as variantes do Antigo Testamento. Invés, para o Novo
Testamento, é o assim chamado <b>Nestle-Aland Novum Testamentum Graece</b>.
As duas edições reúnem todas as variantes de textos existentes. O editor
escolheu um texto base (Codex Lenigradensis (L) para a Biblia Hebraica), mas na
nota de rodapé e nas margens coloca todas as outras opções que existem, usando
os códigos típicos dos manuscritos. Os tradutores das bíblias, invés de
visitarem museus e bibliotecas atrás de manuscritos, usam essas edições a
partir das quais realizam suas traduções.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>O método da Crítica Textual</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como descobrir qual é o texto original, aquele escrito pelo
autor inspirado? Para alcançar tal meta, a critíca textual realiza um trabalho
crítico que segue critérios determinados, usando sobretudo <b>uma metodologia
baseada em comparações</b>. As comparações são feitas entre os diferentes
manuscritos que trazem a mesma citação. No processo de comparação existe um
critério elementar e simples, mas ele é fundamental: o texto que explica melhor
a origem das outras variantes tem boas chances de ser considerado o texto
original.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Voltando ao exemplo fictício dado acima, se tivéssemos duas
variações:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>A - O Verbo se fez carne</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>B - O Verbo se fez carne em Belém</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como explicar “em Belém” na variante <b>B</b> e a
ausência dessa indicação geográfica na variante <b>A</b>. Qual explica
melhor a outra? Dificilmente a <b>B</b> consegue explicar a <b>A</b>,
pois por que motivo teria o escriba deixado fora “em Belém”? Normalmente se
acrescenta algo e não se tira. Todavia a variante <b>A</b> pode muito
bem explicar a <b>B</b>. Um copista pode ter ficado insatisfeito com a
frase e ter querido precisar o lugar onde o Verbo se encarnou. Por isso ele
acrescentou “em Belém”. Portanto, neste caso, a variante <b>A</b> seria
original, pois graças a ela se pode explicar por que surgiu a variante <b>B</b>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Obviamente esse julgamento é auxiliado por outros critérios
científicos. O exegeta precisa, em primeiro lugar, analisar o valor de cada
testemunha, de cada manuscrito. Por exemplo, um texto presente em um manuscrito
do <b>III século</b> tem muito mais valor do que um do <b>X
século</b>.</div>
<div class="MsoNormal">
Feito este passo, é necessário utilizar os critérios
“internos”, ou seja, aquilo que tem a ver com a transcrição do texto, ou seja,
aquilo que é provável que o copista tenha feito quando transcreveu. Nesse
sentido existem diversos erros clássicos que foram cometidos:<b> aplografia</b> (uma
palavra ou sílaba que ocorre duas vezes é escrita uma única), <b>ditografia</b> (uma
palavra ou sílaba que ocorre uma única vez é repetida), <b>parablepsis</b> (quando
uma palavra ou frase é repetida na mesma folha e o olho salta de um lugar para
o outro, deixando para trás um pedaço do texto) <b>e outros erros
inconscientes</b>. Existem ainda<b> os erros deliberados, tais como o
acréscimo</b>, como no caso “em Belém”, a explicação de um texto teologicamente
difícil onde o copista, com palavras suas, tenta elucidar o conteúdo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existem 4 regras clássicas para julgar o valor de uma
variante:</div>
<div class="MsoNormal">
1. Lectio difficilior – A variante mais improvável é aquela
que pode ser original;</div>
<div class="MsoNormal">
2. Lectio brevior – A frase mais breve tende a ser a
original;</div>
<div class="MsoNormal">
3. Lectio difformis – Dentro de um mesmo contexto, se uma
frase é diferente e inovador, pode ser a original;</div>
<div class="MsoNormal">
4. Ceterarum originem explicat – O princípio explicado
acima: a variante que consegue explicar a gênesis das outras é a original.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Essa é a estrada pela qual passaram muitas das traduções que
temos em nossas mãos, sem que seja percebida pelo leitor final. Conhecer esse
processo certamente nos ajuda a valorizar o empenho dos tradutores e nos dá
parâmetros para a escolha de uma versão para a nossa leitura pessoal. Além,
obviamente, de permitir que interpretemos o texto de forma coerente com a
intenção do autor.</div>
Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-78965037601891527842013-05-28T09:12:00.002-07:002013-05-28T09:12:25.861-07:00<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="color: #ce8e3b; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 22px; margin: 0px; position: relative;">
(pt. Scribd) O que Jesus Disse ? O que Jesus Não Disse ? Autor: Bart D. Ehrman</h3>
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Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-7698545006573628562013-05-23T10:43:00.002-07:002013-05-23T10:43:43.571-07:00<br />
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="background-color: #f7eac6; color: #ce8e3b; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; font-size: 22px; margin: 0px; position: relative;">
A Formação do Cânon: Entre o Histórico e o Mitológico</h3>
<div class="post-header" style="background-color: #f7eac6; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1em;">
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De um modo geral, o cristão leigo conhece muito pouco sobre a história dos primeiros tempos do cristianismo e das origens dos textos e dogmas cristãos. O seu conhecimento se limita àquilo que o clero oficial da igreja e as cúpulas de liderança das muitas seitas atestam como verdadeiro. De tal modo, é nebulosa a história desses primeiros tempos, envolta nas muitas disputas teológicas que, remontá-la em detalhes é uma tarefa quase impossível. Contudo, as informações e os dados históricos aqui apresentados estão acessíveis a qualquer pesquisador. Encontram-se em diversos documentos e livros de pesquisadores imparciais e mesmo de teólogos cristãos. Não obstante tenham sido estabelecidas polêmicas sobre os diversos fatos históricos que deram origem aos dogmas, nenhum dos defensores das posições da Igreja Romana jamais negaram esses mesmos fatos. E é a partir deste ponto pacífico que iniciamos esta análise tentando lançar luz sobre os fundamentos dos dogmas aceitos pela cristandade e permitir ao leitor a reflexão sobre a validade dos mesmos.</div>
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<strong>Capítulo 1 - Da Origem dos Textos Canônicos</strong></div>
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É crença aceita pela cristandade a origem divina (por inspiração ou revelação) de todos os livros que compõem o atual cânon bíblico (69 livros para os católicos, 66 para os protestantes). A compilação definitiva da bíblia tal como hoje a conhecemos foi realizada no século IV após o concílio de Cartago (397 d.c.), após diversas alterações no decorrer de 3 séculos. Livros que nas primeiras compilações não constavam, foram incluídos e livros como o Evangelho de Tomás foram por fim retirados, inclusive alguns livros antes aceitos pelo clero como de origem divina, foram depois perseguidos e incluídos no Index de obras proibidas. É conveniente que façamos algumas considerações:</div>
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<strong>1.</strong> Existindo centenas de textos e havendo pois, uma seleção dos textos feita por homens (clérigos), adotou-se certos critérios para realizá-la, logo não seria necessário apenas a origem divina dos textos, mas também a inspiração divina por parte dos selecionadores, de outro modo como poderiam definir o que era e o que não era de origem autenticamente divina?</div>
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<strong>2.</strong> Aceita a hipótese de inspiração divina dos compiladores, surge uma outra questão: Porque a seqüência de mudanças, a inclusão e a exclusão constante de textos por 3 séculos? Que espécie de “inspiração divina” poderia gerar tanta indecisão e equívoco? Acrescente-se a isso que os presbíteros desse período deixaram uma série de cartas e livros onde demonstram freqüente discordância entre si sobre quais seriam os livros inspirados e os que não o eram. Alguns bispos como Marcion foram excomungados e martirizados por aceitar livros não aceitos pela Igreja, e rejeitar obras já contidas no Cânon. Reportemos a história para buscar respostas para essas e outras questões:</div>
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O período em que a compilação bíblica se realizou sucedeu a oficialização da Igreja pelo Estado Romano. Longe de uma unidade, desde os primeiros tempos as comunidades cristãs se dividiram em diversas posições teológicas conflitantes. A igreja liderada por Paulo era mais uma, que com o decorrer do tempo conseguiu suplantar as demais, graças a aliança com o império.</div>
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Iniciou-se um período de cruel perseguição aos bispos e igrejas que se opunham às inovações que se firmavam com essa aliança. Para o império Romano o cristianismo na medida que se expandia surgia como um fator de unidade, e por isso mesmo a oficialização da Igreja de Roma poderia suprimir os conflitos e as revoltas populares que se verificavam especialmente no norte da África. Muito embora a Igreja Romana reivindicasse para si o título de Igreja de Cristo, legatária do apostolado de Pedro e de Paulo, várias outras igrejas também tinham sido originadas de apóstolos de Jesus e de seus discípulos contemporâneos. A igreja de Paulo não foi, portanto, a primeira, e jamais foi unanimidade entre os primeiros cristãos.</div>
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O primeiro século assistiu a duras disputas entre diversas igrejas que discordavam sobre diversas questões sobre Jesus, sua natureza, sua doutrina, os acontecimentos de sua vida, etc. A maior oposição a Paulo até o ano 70 d.c. foi a igreja formada por judeus cristianizados (que haviam aceito a Jesus) reunida em torno de sua família; Simão Cleofas, primo de Jesus, a liderou e esta igreja foi majoritária até a intervenção militar de Roma em Jerusalém no ano 70.</div>
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A razão maior das disputas se originou do fato de não haver nenhum texto do período imediato dos acontecimentos (ou que fosse reconhecido por todos como tal). Todos se baseavam apenas em relatos orais que na maioria das vezes demonstravam pontos discordantes (ainda que concordassem em linhas gerais).</div>
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Os quatro evangelhos canônicos só começaram a ser escritos por volta do ano 60 e só foram definitivamente reconhecidos e incluídos no cânon no ano de 170. Mesmo a crença difundida que tenham sido escritos pelo próprio punho ou na presença das pessoas a quem são atribuídos não é aceita nem pelos estudiosos cristãos. É mais plausível que seguidores dos apóstolos tenham recolhido relatos de episódios e dizeres e tenham mais tarde redigido os textos, seja como for, isto só foi realizado muito tempo depois dos acontecimentos.</div>
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As epístolas de Paulo (que surgiram antes dos 4 evangelhos) discorrem sobre algumas das divergências correntes na época, as quais se acentuaram nos séculos seguintes, até que a Igreja Romana se apossasse dos textos discordantes e os destruísse (calcula-se cerca de 300 livros proscritos). Ainda assim, alguns desses textos apócrifos chegaram até nossos dias, como o polêmico Evangelho de Barnabé que apresenta os fatos e a doutrina de Jesus de modo diverso do apresentado nos evangelhos aceitos no cânon oficial.</div>
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De fato, entre os primeiros presbíteros, Clemente e Policarpo citam em seus escritos dizeres de Jesus numa forma diferente daquelas encontradas nos 4 evangelhos. Em suas epístolas, Policarpo censura com veemência “os homens que distorcem os dizeres de Jesus em prol de sua própria cupidez” o que denota que as contradições nas tradições orais haviam se tornado comuns.</div>
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Hoje, após cuidadosas pesquisas históricas levadas a cabo por pesquisadores imparciais e alguns de confissão cristã concluiu-se que grande parte (cerca de 60%) dos dizeres atribuídos a Jesus nos evangelhos canônicos não podem ser considerados como “palavra textual” do Messias e alguns desses dizeres foram considerados como inserções flagrantes. Do mesmo modo, esses evangelhos não são considerados do ponto de vista histórico como documentos confiáveis. Com freqüência encontram-se referências a um livro anterior a estes evangelhos. Alguns estudiosos lançam a hipótese que tenha existido um evangelho denominado “Q” o qual teria servido de base para a composição dos 3 evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas).</div>
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Clemente de Alexandria, no final do século II, reconhecia como autênticos uma epístola de Barnabé e um Apocalipse de Pedro, infelizmente estes textos estão entre os proscritos e destruídos pela Igreja. À medida que a Igreja de Roma se fortalecia politicamente, os seus líderes foram moldando o seu parecer teológico e com isso selecionando o que atestava suas crenças e destruindo e perseguindo o que as contradizia.</div>
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<strong>Capítulo 2 – Os 4 Evangelhos, um Exame Objetivo e Revelador</strong></div>
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Como já dissemos, estes 4 evangelhos surgiram a partir do ano 60 d.c.. Ao que parece, haviam escritos esparsos que foram tomados por base. Entretanto, já as primeiras cópias foram redigidas em grego; o que por si só se constitui num motivo de objeção: se houvesse qualquer documento redigido por algum apóstolo, somente poderia estar escrito em hebraico. Porém, nenhuma cópia destes textos escrita em hebraico existe no mundo e mesmo a igreja jamais reivindicou a posse de tal documento.</div>
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Os mais antigos manuscritos ou fragmentos existentes estão escritos em grego. Isto demonstra inclusive, que estes manuscritos são do período em que o império romano já havia se dividido, por volta de 100 ou 200 anos depois de Jesus (no tempo de Jesus, a língua oficial do império era o latim não o grego).</div>
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O códex Sinaiticus que se encontra no museu britânico, um dos primeiros e mais completos desses manuscritos gregos, data do século II. A mais antiga cópia dos 4 evangelhos em poder do Vaticano está em pergaminho escrito em grego datado do século IV e mesmo a fidelidade desta cópia é sempre posta em dúvida por teólogos da própria igreja.</div>
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<strong>O Evangelho de Mateus</strong></div>
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Sobre este texto consta a seguinte observação incluída na introdução à 42º edição bíblica do Padre Matos Soares: “O texto original não chegou até nós pois perdeu-se talvez nas agitações e destruições da guerra de 70 d.c., porém desde os primeiros anos seguintes, fez-se a redação ou melhor a versão grega do texto sem contudo podermos saber qual o autor...”</div>
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Se um padre, um tradutor oficial, afirma que a igreja não sabe quem foi o autor, como afirmar que o texto seja de Mateus? Esta versão grega surgiu em Antioquia, o autor (desconhecido) provavelmente fez uso do documento Q e do Urmarcus (já perdidos). Decerto que se Mateus escreveu algo o fez em hebraico, e não há como provar a fidelidade desta versão em grego.</div>
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<strong>O Evangelho de Marcos</strong></div>
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Marcos não foi discípulo de Jesus, ele era criança quando este estava a pregar aos judeus. Primo de Barnabé, é provável que Marcos tenha tomado por base os relatos deste e de Pedro para compor seu texto muito depois dos acontecimentos.</div>
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O documento denominado Urmarcus data de meados de 65 d.c. e é aceitável que o texto atribuído a Marcos tenha sido composto a partir deste. Todavia as cópias mais antigas contém 15 capítulos e não 16 como nas bíblias atuais. A inserção de um capítulo nunca foi muito bem explicada pelos teólogos de Roma.</div>
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<strong>O Evangelho de Lucas</strong></div>
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Lucas jamais conheceu a Jesus, ele era médico e amigo de Paulo. O texto foi escrito em algum lugar da Grécia em torno de 80 d.c.. Em vista das relações pessoais de Lucas com Paulo o texto reflete um alinhamento com o ponto de vista de seu mentor, sua composição tomou por base pelo menos 3 documentos perdidos. Trata-se de uma apologia dirigida aos gentios, o que é evidente pela linguagem simples utilizada.</div>
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<strong>O Evangelho de João</strong></div>
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O mais polêmico dos evangelhos canônicos, é em essência e forma diferente dos evangelhos sinóticos anteriores.</div>
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C.J. Caudoux escreve: “Os discursos neste evangelho são tão diferentes dos demais e tão parecidos aos comentários do próprio autor, que nenhum deles pode igualmente ser confiável como registro do que Jesus teria dito...”</div>
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Porém, a maior dúvida e razão para debate entre estudiosos imparciais e mesmo teólogos da Igreja é sobre a autoria do texto. É de forma unânime aceito que tenha sido escrito entre 110 e 115 d.c. em Éfeso e aí surge a objeção. Nenhum estudioso sério considera-o como obra de João, discípulo de Jesus, filho de Zebedeu, pois este, segundo as pesquisas históricas de diversas fontes foi martirizado por decapitação em 44 d.c. pelo Rei Agripa I, muito antes deste evangelho ser escrito por um outro João, um presbítero.</div>
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A Igreja reconhece a existência deste presbítero homônimo ao apóstolo, mas insiste que o citado evangelho tenha sido de autoria de João, filho de Zebedeu, embora mesmo alguns teólogos cristãos contestem tal autoria. O que poderia explicar a disparidade de linguagem e de conceitos presente neste evangelho em relação aos demais talvez seria o fato de ter sido escrito muito mais tarde.</div>
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A influência da filosofia grega é evidente nele, especialmente na abordagem da natureza de Jesus (divinizando-o) o que não é afirmado em nenhum dos outros evangelhos. De fato, alguns conceitos teológicos afirmados nesse evangelho, são inimagináveis para o mundo judaico em que Jesus viveu, flagrantes adaptações da filosofia grega (como o conceito da pré-existência de Jesus).</div>
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Estes 4 evangelhos foram compostos depois que os primeiros cristãos se dividiram em diferentes correntes de doutrina, afirmar categoricamente que seus autores tenham sido os mesmos a quem são atribuídos só é possível no caso de Lucas e com alguma probabilidade no de Marcos.</div>
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<strong>Surge outra questão: a quem e por que foram escritos?</strong></div>
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A igreja de Roma que entitulou-os de “testamentos” pretendeu com isso identificar estes textos como uma mensagem católica (universal). Entretanto, seja quem tenham sido os autores, pareciam ter diferente propósito, principalmente porque é sabido que os primeiros cristãos acreditavam na proximidade eminente do fim dos tempos o que explica o fato que o texto atribuído a Mateus e o atribuído a Marcos possuírem uma linguagem mais próxima dos judeus enquanto os demais focam seu discurso nos gentios. De modo que, podemos aceitar que foram redigidos segundo as necessidades do momento e refletiam o caráter de coletânea de passagens e dizeres.</div>
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De maneira nenhuma podemos aceitar a hipótese de que os autores tenham escrito com o intuito de legar uma mensagem aos povos e gerações futuras quando, é plenamente sabido que os cristãos do primeiro século tinham a convicção que “o fim estava próximo” e o identificavam com a “iminente queda do império romano”.</div>
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Tampouco seus autores pretendiam “redigir a palavra textual de Deus”, mas sim relatar acontecimentos e ensinamentos recolhidos da tradição oral, relatos que corroboravam certas posições teológicas de uma ou outra facção, sob o ponto de vista humano dos autores.</div>
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O reverendo T.J. Tucker comenta sobre os manuscritos e textos deste período: “Não existia escrúpulo em alterar ou fazer acréscimos ou em omitir aquilo que não servisse aos propósitos de quem escrevia”. Se um teólogo cristão assim declara, não há nenhuma evidência racional para que se diga que os 4 Evangelhos são a palavra pura, inspirada e verídica sobre Jesus e os acontecimentos de sua vida.</div>
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Acrescente-se a isso, o fato de que como estes textos não eram reconhecidos como sagrados até o segundo século, os copistas não teriam o porquê de não alterá-los segundo os propósitos do momento. Existem consideráveis divergências entre os manuscritos mais antigos ainda existentes (CODEX SINAITICUS, CODEX VATICANUS E CODEX ALEXANDRINUS), remanescentes de uma infinidade de versões copiadas em grego, versões que devido à imprecisão levariam a Igreja a convocar concílios para resolver a questão.</div>
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<strong>As Epístolas, As Igrejas</strong></div>
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Não obstante não haja nenhuma objeção quanto à autoria destas epístolas, o que se coloca como uma dúvida é até que ponto podemos considerá-las como escrituras inspiradas.</div>
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Ao analisarmos o teor delas percebemos uma profunda ruptura com a herança religiosa dos profetas, seu pertinaz afastamento, ou melhor, a apresentação da figura de Jesus e de sua missão não como o próprio Jesus se deu a conhecer, mas sim, segundo a interpretação pessoal de Paulo, o qual se auto-anuncia como portador da “Inspiração divina”. Contudo, muitos dos pontos da doutrina apresentada nela não encontram similaridade nos evangelhos e nem nas palavras de Jesus.</div>
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Um outro ponto a se chamar a atenção é que embora o autor exponha com veemência suas afirmações e reivindique inspiração divina no que escreve, em algumas passagens ele “sugere” ensinamentos. Ora, nas escrituras divinamente reveladas em que Deus fala aos profetas, diretamente ou por meio de seu Anjo, não há “sugestões”, mas sim “ordens”, porque Deus não acha, Deus tem certeza. Quando Paulo expõe, por exemplo, sua opinião sobre o casamento e o celibato deixando clara sua opção pessoal pelo segundo ele está honestamente dando o seu parecer, o parecer de um homem não uma ordem ou inspiração divina.</div>
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Na verdade, é preciso compreender que a razão dessas epístolas era aconselhar as igrejas, detalhar princípios de organização e expor os argumentos do autor a favor de sua doutrina. Essas epístolas só foram consideradas inspiradas pelos seguidores de Paulo e mais tarde pelas igrejas que seguiram esta diretriz doutrinária.</div>
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<strong>O Velho Testamento</strong></div>
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A compilação da Igreja engloba o Pentateuco, os Salmos, alguns dos livros aceitos como divinos pelos judeus e alguns que não eram reconhecidos por eles. É pertinente dizer que os originais dos livros mais antigos da lei foram perdidos e reescritos por Ezra. De maneira similar ao que ocorreu aos evangelhos canônicos, os mais antigos documentos se perderam inteiramente. Os pesquisadores aceitam que os textos hoje existentes foram compostos com base em cópias antigas cuja fidelidade não pode ser comprovada.</div>
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A existência de pelo menos 4 versões e a constante prática dos rabinos de incluir ou omitir palavras no texto (prática denunciada por Jesus) não nos permite afirmar que não tenha havido nenhuma intromissão humana nos textos. Um exemplo dessa impossibilidade pode ser verificado em um desses textos adotados como fonte para as cópias: O chamado “pentateuco samaritano” apresenta 6000 variantes no texto, 2000 delas são variantes do sentido do texto.</div>
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Ao tratar-se das possíveis adulterações, pelo menos duas são flagrantes: com a intenção de afirmar a crença da exclusividade da herança abraâmica ao povo judeu a versão de Gênesis carrega a contradição que embora afirme que Ismael foi o primogênito de Abraão mais a frente afirma que Abraão tinha um único filho, Isaac. Pretendiam os copistas com isso negar aos descendentes de Ismael qualquer direito à promessa feita a Abraão. O texto omite o fato de que o sacrifício pedido a Abraão aconteceu antes do nascimento de Isaac, portanto a criança levada para o sacrifício foi Ismael (o próprio texto afirma que quando a primeira aliança foi estabelecida e a ordem da circuncisão foi dada, o único filho de Abrão era Ismael, o qual foi circuncidado).</div>
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Uma segunda adulteração foi a infâmia lançada sobre o profeta Lot, em que os autores acusam-no de ter deitado com suas próprias filhas (depois de ser salvo da destruição de Sodoma). Um sério pesquisador e teólogo católico explicou que esta caluniosa acusação aconteceu em razão de que dois dos povos inimigos de Israel descenderam dessas filhas de Lot, de maneira que os judeus para ridiculariza-los propagaram esta mentira sobre Lot (o qual foi um profeta e um justo e se assim não fosse não teria sido salvo de Sodoma).</div>
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De fato, pretende-se aos livros do chamado antigo testamento uma posição de “escritura divina” e no entanto, as próprias origens e a história de sucessivas perdas e assimilações operadas na trajetória do povo judeu, demonstram que há pouquíssima chance para que esses textos representem realmente algo que tenha sido legado aos profetas de Israel.</div>
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Estudiosos sérios e imparciais do mundo inteiro têm apontado para a intervenção flagrante dos copistas de diversas épocas presente nesses textos. É sintomática a posição da igreja de Roma, que pouco a pouco, diminui sua ênfase em relação ao compêndio do velho testamento, considerando-o mais de valor histórico, para a compreensão do cristianismo, do que palavra textual de Deus.</div>
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De fato, a posição de “escrituras inspiradas”, encontra muita dificuldade para se sustentar quando as muitas contradições presentes são conhecidas. Tais como a citação no Livro do Êxodo que, por quarenta anos os judeus praticaram sacrifícios no deserto, enquanto segundo o Livro de Amós e o de Jeremias, não se praticou sacrifício algum.</div>
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Mesmo como documentos históricos, os livros reunidos no velho testamento pouco podem ser considerados. Sua imprecisão referente a datas e acontecimentos não auxiliam os pesquisadores há determinar com exatidão a veracidade de muitos dos fatos ali relatados.</div>
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<strong>As Escrituras atuais são as Escrituras Antigas?</strong></div>
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Mesmo antes de abordarmos o problema das traduções, surge a falaciosa crença que tenta confundir duas realidades históricas bastante diferentes. Os prosélitos cristãos, católicos ou protestantes, com freqüência apóiam seus argumentos num sofisma que apresenta as atuais traduções bíblicas como sendo as mesmas escrituras as quais Jesus e os apóstolos se referiam, ludibriando assim as pessoas desinformadas ou pouco atentas. Ora, como já vimos, a compilação final do atual cânone bíblico foi realizada no século IV, portanto qualquer tentativa de ligar as palavras de Jesus, dos apóstolos ou dos profetas antigos a estes textos atuais como “escrituras sagradas” é uma fraude.</div>
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Quando se diz que Paulo pregava examinando as escrituras (Atos: 13:10,11) ou que Jesus tenha dito: “Está escrito” (Mateus4:4,7) Lucas ( 24:27) deve-se entender que se referiam à “Torá Hebraica” e não a uma “Bíblia” que só surgiria séculos depois deles. Ou seja, Jesus não poderia atestar como escritura divina ou inspirada textos que nem sequer ainda existiam. Quando, pois, Jesus afirmava “este evangelho” não poderia estar se referindo senão a “Boa Nova”, jamais a estes textos que chegaram a nós.</div>
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Assim, de modo capcioso os prosélitos cristãos usam tais afirmações de Jesus e de Paulo para creditar a todos os livros da Bíblia moderna a posição de “escritura divina”.</div>
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<strong>Capítulo 3 – A Delicada Questão das Traduções e das Cópias</strong></div>
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A complexidade dos idiomas utilizados nos textos constituiu um problema decisivo para a perpetuação da fidelidade dos mesmos. Consideremos que a tradução de um idioma de um tronco lingüístico para outro de um tronco lingüístico diverso é uma missão dificílima, mesmo para alguém que domine a ambos, na verdade uma tradução neste caso é sempre uma adaptação.</div>
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Os primeiros copistas da Igreja possuíam as versões gregas dos livros atribuídos aos apóstolos e diversos manuscritos em hebraico e aramaico dos livros dos judeus. Não se pode precisar em que grau havia concordância entre as cópias do século II (praticamente nada dessa época permaneceu).</div>
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Com a adoção no século V do latim como língua canônica da igreja, São Jerônimo recebeu a missão de transladar o cânon oficial. Surgiu então a Vulgata Latina, a qual a igreja pretendia manter como fonte para as futuras traduções. Contudo, tanto as cópias anteriores em grego, inclusive a Septuagint (composta por uma equipe de 72 sábios judeus trabalhando em períodos diferentes) e a própria Vulgata com o passar do tempo suscitaram cópias divergentes. Inúmeras versões se popularizaram nos séculos seguintes o que gerou profundas divergências no seio da Igreja, esta se viu obrigada a convocar sucessivos concílios para reavaliar a Vulgata para que o senso de unidade fosse mantido.</div>
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O presente texto padronizado como é aceito pela Igreja foi elaborado pelo Papa Clemente VIII (1592-1605). Considere-se ainda que as cópias aceitas pelas igrejas orientais como a compilação siríaca do século IV diferiam sobremaneira das demais e a influência do tempo, dos idiomas diversos e das interpretações teológicas produziram mais e mais discrepâncias.</div>
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Desde que não podem ser apresentados textos originais, nem sequer cópias destes no idioma original, toda e qualquer discordância nas cópias que as igrejas mais antigas detém se assemelha a uma situação a de uma propriedade da qual inúmeras pessoas apresentem escrituras de posse sem que nenhuma delas seja autêntica. O conjunto dos dados aqui apresentados obriga-nos a uma refutação racional à crença popularizada do “status de Escritura Divina” da bíblia de nosso tempo. Em conseqüência disso, muitos dos dogmas e interpretações teológicas dos sacerdotes cristãos e protestantes são igualmente duvidosos.</div>
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Do mesmo modo que um matemático ou um físico não chega a uma conclusão correta a partir de uma equação que contenha erros ou dados imprecisos, um teólogo cristão não pode concluir a partir do que é duvidoso ou impreciso. O capcioso argumento da fé utilizado pelos teólogos, nesta questão não é de modo nenhum aceitável. Se alguém tenha ardorosa fé que o sol gire ao redor da terra e mesmo que se prove a ele que isso seja um disparate e então persista tenazmente agarrado a esta crença, tal atitude não será mais fé, será mera teimosia ou soberba. Não nos parece admissível num diálogo sério ouvir de um prosélito cristão: “A palavra de Deus diz...” A pergunta seria: “Onde, quando e como se pode assegurar a veracidade desta afirmação?”</div>
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<strong>Capítulo 4 - Cristianismo Primitivo versus Cristianismo Ocidental</strong></div>
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O cristianismo de nossos dias é o resultado de inúmeras assimilações culturais operadas desde o segundo século. O fator desencadeante deste processo de transformação teve lugar um pouco antes disso. A conversão de Paulo de certa forma marcou o nascimento deste “novo cristianismo” que se moldou ao pensamento grego, rompendo com a tradição semita, porque esta nova visão da mensagem cristã é antes de tudo a doutrina de Paulo e não a dos apóstolos que conheceram e conviveram com Jesus.</div>
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Paulo era judeu de origem, tornou-se cidadão romano e foi educado como tal o que significa que sua compreensão do mundo e da vida correspondia ao pensamento helenista. Convertido ao Cristianismo se destacou por sua brilhante inteligência e espírito de liderança, não há dúvida que se dedicou de corpo e alma na defesa de sua fé e em breve tempo sob sua liderança a igreja cresceu em número e em senso de organização.</div>
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Possivelmente sua ênfase em direcionar a pregação aos gentios levou-o a formular a doutrina com uma linguagem e conceituação própria da filosofia grega o que se chocava com a prática e crença existente antes dele. A medida que suas idéias se desenvolviam, a doutrina se afastava de tudo o que a ligava ao judaísmo, o que a tornava mais atraente e aceitável aos gentios. Havia em sua abordagem um pragmatismo estranho à mensagem dos profetas e do próprio Jesus. Crenças como a da divindade de Jesus e a da expiação dos pecados pelo sangue surgiram (ou passaram a ser destacadas) a partir de sua pregação, crenças que só existiam no paganismo grego.</div>
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Paulo atribuía a si próprio como suporte inquestionável de autoridade espiritual a “inspiração divina”, apresentava as circunstâncias de sua conversão (uma visão de Jesus) como suficiente atributo a sua condição de intérprete da palavra revelada. Toda a temática das epístolas gira em torno dessa autoridade espiritual, que buscava colocar todo opositor ou discordante na condição de desviado da verdade.</div>
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Podemos dizer que através desse discurso em que se colocava como porta-voz exclusivo da verdade, Paulo ousou fazer algo que jamais qualquer apóstolo de Jesus fez. Estes se mantiveram ligados ao que testemunharam e ouviram de Jesus, o que lhes parecia suficiente. Os cristãos de hoje atribuem a Paulo essa autoridade de inspiração divina ainda que nada saibam acerca das demais igrejas primitivas que não aceitavam sua doutrina.</div>
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O afastamento de Barnabé após a viagem de evangelização que fizeram juntos é citado na Bíblia, cita-se também de modo superficial uma discordância entre Paulo e alguns discípulos sobre o alimento impuro e a circuncisão. Apresentam-se os argumentos de Paulo, porém não os argumentos dos que discordavam.</div>
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Na verdade a discordância era muito maior: Paulo pregava ensinamentos que os discípulos que haviam vivido com Jesus jamais haviam ouvido de sua boca. Também nunca tinham ouvido Jesus abolir a proibição da carne impura ou pregar contra a circuncisão, ademais nunca o viram comer carne impura e era sabido que tinha sido circuncidado segundo a Lei.</div>
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Em adição a isso, o Evangelho de Barnabé inicia-se com um alerta dizendo que “Paulo e outros haviam se desviado e deturpavam a verdadeira mensagem de Jesus”. Nos séculos seguintes, a Igreja de Roma trataria de destruir textos e cartas que de algum modo discordassem com a pregação e a doutrina paulina. Nos dias de hoje diversos estudiosos imparciais tem afirmado que “o Cristianismo de Paulo não é o Cristianismo de Jesus”.</div>
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Jesus afirmou que “a salvação consistia em guardar os mandamentos da lei”. Ou seja, seu ensinamento corroborava a verdade revelada anterior a ele. A fé e a obediência aos preceitos divinos. Paulo por sua vez afirma que “a salvação é crer no sacrifício da cruz para que o sangue livre dos pecados”. Há nessa afirmação um sentido claro de ruptura com o ensinamento dos profetas. Paulo desenvolveu sua doutrina sobre este fundamento, e trouxe ao cristianismo uma nova visão repleta de conceitos filosóficos que mais tarde permitiram a outros teorizar a Trindade e revestir o cristianismo com um caráter ocidental e diversos formalismos e rituais de origem pagã. Não por acaso, Paulo é considerado por muitos pesquisadores e historiadores como “o fundador do Cristianismo moderno”, tal o caráter pessoal de sua doutrina.</div>
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A tradição paulina (não a de Jesus) legou também um novo entendimento da autoridade religiosa. A partir de Paulo, o pregador, o sacerdote ou o “pastor” se revestiu de uma autoridade sobre a comunidade (a igreja) até então desconhecida entre os primeiros cristãos. Aquilo que no princípio respondia a uma necessidade prática de organização comunitária, resultou com o passar do tempo numa instituição do “poder sobre os fiéis”. Este aspecto autoritário e frequentemente tirânico e intolerante tem marcado a história da Igreja, não apenas de Roma, mas também, do protestantismo em suas várias denominações.</div>
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<strong>O Dilema das Interpretações</strong></div>
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Outro fator que intensifica a babel reinante na cristandade é a ausência de uma clareza teológica sobre o significado real dos conceitos e passagens bíblicas. Cada organização religiosa, cada teólogo ou líder religioso tece a sua interpretação utilizando a metodologia que lhe pareça mais conveniente, o que gera mais divisões e seitas.</div>
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Como os textos são antes de tudo, narrativas atreladas a um contexto histórico muito particular, não pareceu aos autores ser necessário adicionar notas explicativas para as gerações futuras (cabe lembrar a crença comum dos primeiros cristãos da proximidade do fim dos tempos). Na realidade, a própria forma em que os fatos e dizeres são apresentados nos 4 evangelhos permite interpretações das mais variadas. Isto se deve por que os autores não imaginavam escrever algo que se destinaria a épocas e povos diversos (não familiarizados com as tradições e a cultura judaica).</div>
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Por exemplo, na questão da Lei Mosaica: era inconcebível para qualquer judeu contemporâneo de Jesus que alguém compreendesse nas palavras do Messias o abandono da Lei, apenas os carentes de discernimento que se seguiram depreenderam da mensagem de Jesus alguma inovação das palavras eternas do Deus todo-poderoso.</div>
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Entre os primeiros presbíteros sempre houve diferentes interpretações dos textos aceitos, quando o Poder Papal se estabeleceu a excomunhão passou a ser empregada contra os que divergiam com a diretriz teológica oficial.</div>
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O protestantismo gerou uma nova situação, com a popularização dos textos as divergências se multiplicaram, movimentos como os anabatistas, o pentecostalismo e o adventismo surgiram desse processo de livre interpretação. Todas as facções surgidas reivindicavam a “autoridade espiritual através da profecia ou inspiração divina”.</div>
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Mas afinal, qual a probabilidade de que qualquer uma das muitas facções cristãs tem de representar a “verdade revelada” se tomam por base textos em que comprovadamente a palavra divina se confundiu com a palavra humana? E se a doutrina que pregam não é o Monoteísmo dos profetas (e do próprio Jesus)?</div>
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Imaginemos que a constituição de um país pudesse ser interpretada livremente por cada cidadão, o que aconteceria a esse país? Diante de tal libertinagem de interpretação a possibilidade de retornar a pureza original da mensagem em seu real contexto é praticamente nula. Seja se apoiando em supostos “dons divinos” ou em performances de forte apelo emocional, verdadeiros shows onde Jesus e a salvação ora são vendidos como um produto, ora a religiosidade é banalizada ao extremo.</div>
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Quanto à metodologia adotada especialmente nos meios evangélicos é o “uso do texto como pretexto”, ou seja, despreza-se o contexto e extrai-se o dizer ou versículo distorcendo-o segundo a vontade do intérprete. “O novo evangelismo americano” adotou esse método de pregação e mesmo setores católicos aderiram ao mesmo, que não passa de uma bizarra manipulação dos textos.</div>
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<strong>Capítulo 5 – Derrubando Mitos, Desmascarando Dogmas</strong></div>
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Não é possível discernir e definir tudo o que no decorrer dos séculos foi introduzido na mensagem cristã, nem tudo o que foi banido, oculto ou distorcido. Nem o mais ingênuo crítico teria dúvidas que a julgar pelos rumos que a Igreja adotou ao estabelecer a aliança com o poder Romano, que o clero não teria escrúpulos para produzir sua própria versão do cristianismo, que atendesse a seus objetivos de poder espiritual e temporal.</div>
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Neste período (meados do séc. IV) a conturbação teológica nos meios cristãos era imensa e ameaçadora. A igreja enfrentava cisões e discórdias e isto representava perigo a ordem social, o que desagradava a Roma. Os bispos se dividiam entre duas posições opostas: os unitaristas (que acreditavam na Unicidade de Deus) e os trinitários (defensores da crença da Trindade).</div>
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<strong>O Dogma da Trindade, crença cristã ou de origem pagã?</strong></div>
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Para responder a esta pergunta cabe reportarmos os primeiros tempos (primeiro e segundo século).</div>
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Entre os primeiros cristãos esta crença era absolutamente desconhecida (o que nos leva a crer que nas primeiras cópias dos textos e em vários outros livros não havia citações sobre isso).</div>
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Os primeiros presbíteros acreditavam no subordinacionismo: Somente Deus era o criador e senhor do universo e Jesus seria seu subordinado, dissociado de sua divindade.</div>
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Embora majoritária nos primeiros anos, esta crença viria a ser contestada por uma tendência que baseada na filosofia grega acreditava na natureza divina de Jesus e em sua condição de “pessoa na divindade”. Esta crença trinitária (que é um empréstimo do paganismo grego) se fortaleceu a partir do final do segundo século. Sua origem é inegavelmente não-cristã, e assumiu variantes entre algumas seitas da época (malkenitas, jacobitas, nestorianos, etc), que polemizavam com suas teorias sobre a natureza não-humana de Jesus ou uma suposta encarnação divina. Teorias que de modo flagrante se originavam das especulações filosóficas dos gregos e das crenças mitológicas do paganismo.</div>
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Contudo, em certas regiões do império a crença na Unicidade Divina permaneceu majoritária até o século V, diversos bispos condenavam a crença trinitária como uma heresia pagã e argumentavam que por milênios o Deus Vivo se deu a conhecer aos profetas como um Deus Uno, que não era homem e que não tinha filhos gerados, que ninguém compartilhava de sua natureza divina, pois do contrário seu poder não seria absoluto, mas sim relativo, e aduziam que “em nenhuma passagem dos Livros constava que Jesus tivesse citado a trindade” (o que demonstra que na época as passagens apontadas pelos trinitaristas como respaldo a sua crença não existiam nos evangelhos).</div>
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O historiador Arthur Weigall reitera que “Jesus nunca mencionou tal fenômeno e em parte alguma do Novo Testamento aparece a palavra “trindade”. As passagens comumente apresentadas como “provas” da trindade (Coríntios 1 12:4-6, 2 13:13 e 14, Mateus 28:12 apenas citam Deus, o Espírito Santo e Jesus juntos, mas não afirmam que constituam uma divindade trina. Outra referência se encontra em algumas traduções antigas em João (5:7). Peritos reconhecem porém que estas palavras não se encontravam nas cópias mais antigas, foram pois adicionadas muito mais tarde. Algumas traduções modernas omitem a parte espúria desse versículo.</div>
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A respeito da muito citada passagem de João 10:30, o próprio Calvino, um trinitarista, comenta que “os antigos usaram mal esta passagem para provar que Cristo é da mesma essência que o Pai, pois Cristo não argumenta a respeito da unidade em essência, mas sim a respeito da concordância dele com o Pai”. De fato, os defensores da doutrina da Trindade usam e abusam da livre interpretação para inferir do texto bíblico o que o texto não diz.</div>
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O bispo Arius (250-336) liderou a refutação à crença na trindade, a cúpula da Igreja o excomungou e o recebeu de volta várias vezes devido sua forte influência sobre o povo. As insurreições se sucederam entre os unitaristas e os trinitários até que o Imperador Constantino se viu forçado a convocar um concílio em Nicéia para resolver a controvérsia.</div>
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Os partidários da Trindade (todos próximos a corte) liderados por Atanásio negociaram concessões com o império e conseguiram se impor sobre os unitaristas. Seguiu-se um horrível massacre de cristãos que não aceitavam a crença na trindade. Tornou-se também um crime sujeito à pena capital a posse de algum livro não autorizado pela igreja (nesta ocasião destruiu-se cerca de 270 livros e evangelhos).</div>
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Em 346, o imperador persuadido pela princesa Constantina que professava a fé cristã como seguidora de Arius, ordenou sua volta. Arius foi aclamado ao visitar a catedral de Constantinopla e repentinamente apareceu morto. A igreja chamou a isto de “milagre” porém, o Imperador descobriu que Arius tinha sido assassinado, então, baniu Atanásio e outros dois bispos. O imperador formalmente aceitou o cristianismo e foi batizado por um bispo ariano.</div>
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Assim, o monoteísmo de Arius tornou-se a doutrina oficial da Igreja. Constatino morreu em 337, seu sucessor também aceitou o unitarismo. Em 341 o unitarismo foi plenamente aceito como a correta interpretação dos evangelhos, o que foi confirmado em Sirmium em 351. São Jerônimo escreveu em 359 que “o mundo cristão regozijava-se de encontrar-se Ariano”. Porém, as maquinações dos partidários da trindade em concílios posteriores suscitaram por fim a revisão do conceito monoteísta.</div>
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Em 385 Nestorius, bispo de Constantinopla e enérgico defensor do unitarismo foi martirizado. Apenas o Papa Honório daí por diante, ousou refutar a trindade. Em suas encíclicas ele reafirmou a crença na Unicidade de Deus com consistentes argumentos teológicos.</div>
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Em 680, 42 anos depois de sua morte ele foi anatematizado, evento único na história do papado. Finalmente a crença da trindade tornou-se dogma em todo ocidente. Seus defensores, diante da impossibilidade de explicá-lo, frequentemente recorrem ao sofisma de justificar a trindade por meio de um “mistério da fé”, o qual não pode ser compreendido racionalmente.</div>
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<strong>Verdadeira Natureza do Espírito Santo</strong></div>
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Traduções confusas e as interpolações humanas produziram errôneas concepções que com o passar do tempo, foram usadas para corroborarem a doutrina da trindade.</div>
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A tradição judaica possuía uma clara compreensão que Deus se manifestava por intermédio de seus anjos e a expressão “anjo do Senhor” surge em diversas passagens dos textos do velho testamento, esses anjos eventualmente manifestavam a força divina de sinais, revelação e inspiração.</div>
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O nome do arcanjo Gabriel em hebraico Jabr - El (força de Deus) por si explica essa realidade espiritual, para os judeus não havia sentido em se crer que esta força se constituísse em algo distinto de Deus como uma personalidade ou divindade, ou seja, era o que parecia ser: a força manifesta de Deus, espírito no sentido de sopro (em hebraico, Ru'ahh - fôlego, verbo, espírito / em grego Pneuma, com um sentido similar), pois na tradição judaica a palavra espírito não tem necessariamente a conotação de alma individual, por isso esta Manifestação tinha o caráter de dons espirituais conferidos aos profetas e em casos especiais (como no dos apóstolos) a seus seguidores.</div>
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Esse “espírito santo” respondia a uma necessidade específica ligada à mensagem divina, uma assistência de Deus para a salvaguarda da mensagem e dos seus profetas e apóstolos. Jamais foi uma assistência sem uma razão que a justificasse. Com o advento das especulações filosóficas que deram origem a crença na trindade, lançou-se a hipótese que esta “força manifesta de Deus” seria a terceira pessoa da tríade. Nada na tradição semítica é encontrado sobre isso, apenas no paganismo grego.</div>
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Um segundo equívoco na tradição teológica cristã referente ao “Espírito Santo” diz respeito ao “advento do espírito” anunciado por Jesus, segundo o Livro de João. Os teólogos cristãos, baseados num erro de tradução acreditam que a palavra grega Parakletos se refere ao Espírito Santo. Este “erro” é bastante estranho, nada poderia justificá-lo, segundo a lógica do idioma grego. A palavra se encontra no gênero masculino, e é utilizada com pronome masculino. Quando usada em grego a palavra pneuma (espírito) é um pronome neutro (não masculino). Logo, Parakletos se refere a uma “pessoa”, a um “homem” e não a um espírito. Assim, se Jesus se referia ao “espírito Santo” no texto constaria a palavra “pneuma” e não Parakletos. Evidentemente, os tradutores trinitaristas sempre buscaram ocultar esse fato. Como sabemos, Jesus jamais falou grego. Seu idioma era o aramaico.</div>
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A palavra grega parakletos (que pode ser traduzida como “o que será louvado” ou “o que traz o louvor”) constante no texto grego de João, deve ser a tradução literal da palavra aramaica “Ahmath”. Assim, a anunciação feita por Jesus se referia a um Profeta a ser enviado cujo nome (em aramaico) seria Ahmath.</div>
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A crença de que a anunciação de Jesus se referia ao advento de um novo Mensageiro de Deus, permaneceu por séculos em algumas comunidades cristãs primitivas do oriente. Quando o Profeta Mohammad (cujo nome é a tradução árabe da palavra Ahmath) surgiu, alguns monges e sábios conhecedores dos textos antigos reconheceram o cumprimento da profecia de Jesus e se converteram ao Islam, o que confirma a existência de comunidades cristãs que sabiam do sentido correto da anunciação.</div>
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<strong>A Correta distinção do Espírito Santo</strong></div>
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Quando se diz que este Espírito apenas se manifestava com uma missão justificável é para que se faça correta distinção do fato de pentecostes das muitas supostas manifestações, reivindicadas por várias facções e seitas da cristandade.</div>
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A manifestação de pentecostes correspondeu uma necessidade imediata para que a mensagem fosse levada aos povos. Portanto, aqueles seguidores próximos de Jesus que haviam se comprometido a propagar a verdade, foram assistidos pelo espírito de modo a cumprirem sua missão. Porém, como sabemos a mentira sempre está a se confrontar com a verdade e em pouco tempo os dons divinos autênticos foram misturados com as inventivas de Satã.</div>
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Mesmo Paulo nas epístolas, deixa claro sua preocupação com a proliferação de “dons” que alimentavam a confusão espiritual e a divisão já existente. A glossolassia (dom de línguas) tornou-se um problema, pois já haviam tantos abusando desta crença que o próprio Paulo escreveu: “Se há o dom de línguas, que haja intérprete”.</div>
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Não há de fato nada que sustente a crença que os dons autênticos tenham permanecido após a morte dos apóstolos (que foram próximos de Jesus). Do contrário, a divisão não se instalaria e a doutrina original não seria substituída pelas inovações.</div>
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A partir do século III a igreja de Roma tomou a resolução de abolir inteiramente esta crença, pois não havia como “distinguir os espíritos” na prática, logo estas crenças foram condenadas como heréticas pois geravam mais dissensões teológicas.</div>
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Com a reforma, o pentecostalismo ressurgiu na Europa. A ânsia de retomar as origens tornou-o redivivo quase como uma negação da letra morta em que a igreja tinha reduzido seus ensinamentos.</div>
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Este delírio místico desde então tem concorrido para suscitar mais e mais seitas e novamente o “Espírito Santo” que tantos reivindicam só tem servido para aumentar as dissensões, jamais para unificar a cristandade.</div>
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Na verdade, certos princípios discernentes devem ser empregados se desejamos analisar com correção as muitas manifestações atribuídas ao Espírito Santo.</div>
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Consideremos que tais manifestações espirituais podem ser de 3 naturezas: De natureza humana, de Natureza demoníaca ou de natureza Divina.</div>
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O primeiro caso se refere ao fato de que a criatura humana é dotada de dons psíquicos que em determinadas circunstâncias se manifestam e produzem fenômenos que desafiam a razão. Tais fenômenos ocorrem em todas as épocas, culturas, povos e religiões. A própria fé pode representar esta força psíquica em potencial que pode explicar muitos dos fenômenos produzidos (como as curas que ocorrem em todas as religiões e seitas cristãs ou não). O estado de transe (que pode ser induzido ou auto-induzido) no qual uma pessoa eventualmente pode produzir fenômenos que podem ser compreendidos como extraordinários, é comum a todas as culturas e tradições religiosas.</div>
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O segundo caso (de natureza demoníaca) é quando estes dons psíquicos inerentes ao homem são postos conscientemente ou não a serviço de Satã. Ciências ocultas como a quiromancia, a necromancia, as várias modalidades de magia e as manifestações falsamente atribuídas ao Espírito Santo, são manifestações demoníacas para desviar o homem da Senda Divina. Não há sinal ou prodígio que Lúcifer e seus asseclas não consigam reproduzir, portanto, os que se baseiam em sinais e prodígios (e não consideram a coerência com a Verdade revelada aos Profetas) se tornam as principais vítimas dessa trama satânica.</div>
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O terceiro caso (natureza divina) é a manifestação da assistência divina no que se refere a Senda da Verdade, esta assistência se operava por sinais quando os Profetas e seus apóstolos se encontravam diante de perigos ou de desafios no cumprimento de sua missão.</div>
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Após a revelação concluída das escrituras sagradas (com o advento do Alcorão) e desde que a Verdade tenha se tornado conhecida e detalhada para toda humanidade e estar acessível a todo aquele que a busque, a assistência divina do Espírito se restringe “a orientação para a fé” e “a luz do discernimento espiritual” que é a graça divina que é concedida àqueles a quem o Altíssimo cobrir com sua misericórdia. E este discernimento espiritual capacita aos que se apeguem a fé monoteísta (adoração exclusiva a Deus) e a obediência a suas leis separar a verdade do erro e não serem ludibriados por Satã.</div>
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Na questão abordada o discernimento espiritual nos aponta certas diretrizes de grande importância para os que buscam a verdade e se firmam a ela:</div>
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<strong>1.</strong> A assistência divina do Espírito foi dada aos profetas do Altíssimo e (eventualmente) aos seus apóstolos que se mantinham firmes ao que foi revelado. Jamais esta assistência foi ou será dada aos que se afastam da palavra revelada e criam inovações, seitas, doutrinas estranhas ao Monoteísmo Original de Abraão, Moisés, Jesus, Mohammad e dos demais profetas, logo, os seguidores de crenças falsas como a Trindade, ou a salvação pelo sangue, e que seguem sacerdotes ou pastores ou que devotam adoração a qualquer criatura junto ao Deus Único não contam com assistência alguma senão de Satã que os ilude e os desvia mais ainda da Senda Divina.</div>
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<strong>2.</strong> Todas as manifestações do Espírito relatadas nas escrituras se referiam a salvaguarda da Mensagem Divina e dos que se apegavam a ela, assim o Espírito da Santidade não se relaciona com assuntos mundanos ou questões pessoais, toda e qualquer manifestação espiritual voltada para isso não pode ser de natureza divina.</div>
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<strong>3.</strong> A análise histórica e dos textos sagrados demonstra que a assistência do Espírito se caracterizava pela coesão e pela coerência da Mensagem divina. Ou seja, embora em épocas diferentes, a verdade revelada para Abraão foi a mesma verdade revelada para Moisés, para Jesus e Mohammad, de maneira que nenhum deles ou qualquer dos outros profetas de Deus jamais fundaram igrejas ou seitas. Havia uma única verdade e uma única religião (Islam - submissão a Deus) e o Espírito zelava pela unidade dessa mensagem.</div>
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Em contrapartida, ao analisarmos as diversas manifestações atribuídas ao “espírito santo” reivindicadas pelas igrejas e seitas chegaremos às seguintes conclusões: Estas manifestações em nada tem contribuído para unir ou manter qualquer senso de unidade, ao contrário promovem uma progressiva divisão e crescente profusão de doutrinas e interpretações contraditórias entre si. Tais manifestações são flagrantemente falsas, uma vez que reafirmam crenças que a própria história registra como criações humanas (se alguma fosse verdadeira conclamaria a senda original monoteísta revelada aos profetas, negaria a doutrina da trindade, por exemplo).</div>
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<strong>A Salvação: Fé e Conversão ou o Resgate pelo Sangue?</strong></div>
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De todas as doutrinas estranhas à mensagem de Jesus, forjadas após sua missão, a crença do resgate pelo sangue é a mais declaradamente de origem pagã e sua inserção no cristianismo foi providencial: para sustentar e justificar uma das versões (hipóteses) surgidas entre os cristãos sobre a suposta morte de Jesus na cruz. Um dos fatos que os líderes religiosos ocultam dos seus seguidores é: a versão da morte de Jesus na cruz e sua posterior ressurreição não era unânime entre os cristãos primitivos. Ninguém dentre eles negava que a crucificação teria acontecido, a dúvida, porém, era: seria Jesus o homem que foi supliciado e suspenso na cruz?</div>
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A divergência estabeleceu-se de imediato, devido a dispersão em vários grupos por todo o país (e especialmente para a Síria), o temor da perseguição e a comoção que tomou todos os apóstolos e seguidores mais próximos (um grupo que chegou à cerca de setenta e dois), logo uma série de hipóteses surgiram.</div>
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A versão da crucificação de Jesus e sua ressurreição era sustentada por um grupo de testemunhas oculares. Porém uma dessas testemunhas oculares, Barnabé, registrou em seu evangelho que o próprio Jesus apareceu dias depois a alguns seguidores e declarou que não tinha sido crucificado (que outro homem havia sido supliciado em seu lugar). Barnabé ainda escreveu em seu evangelho que Jesus permaneceu 3 dias com eles e convocou os discípulos e seguidores que ainda haviam permanecido na cidade e declarou a estes que NÃO HAVIA MORRIDO e os alertou para que não se deixassem ludibriar por aqueles que pregariam sua morte na cruz e a sua ressurreição; pois muitos dos que tinham fugido para outras regiões já propagavam estas e outras hipóteses sobre os fatos. No terceiro dia Jesus foi arrebatado aos céus no monte das oliveiras à vista de um grande número de pessoas. Em outros escritos apócrifos encontram-se diferentes versões quanto à pessoa que tenha sido levada ao madeiro no lugar do Messias (A.S.).</div>
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Os seguidores dispersos continuaram a conjecturar sobre sua suposta morte na cruz nos anos seguintes. O pequeno grupo composto por Maria, Marta, Madalena e Barnabé, entre outros, passaram a tratar esta questão com sigilo, pois as autoridades romanas proibiram por um bom tempo qualquer debate público sobre Jesus. De fato, em muitos agrupamentos cristãos dos primeiros tempos a crença era de que Jesus não havia morrido na cruz, enquanto em outros grupos, acreditava-se na sua morte e ressurreição.</div>
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</div>
<br /><div align="justify">
Ao se converter, Paulo também encontrou essa questão perturbadora a dividir os cristãos, muitos deles tentavam entender e racionalizar sobre os desígnios divinos: Se Jesus, o Messias tinha sido preso e morto como um criminoso apesar de inocente onde e como a justiça divina se conformava a isso? Qual a razão e o propósito de sua morte?</div>
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Paulo não se diferenciava dos demais nesta questão e mais uma vez recorreu ao pensamento grego para encontrar uma resposta a esse questionamento. Sendo um dos que acreditavam na morte na cruz e na ressurreição isso o obrigava a encontrar uma razão para o acontecimento.</div>
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</div>
<br /><div align="justify">
O sacrifício de sangue inocente para aplacar a ira divina era crença e prática amplamente conhecida em todas as tradições pagãs; porém a razão que justificaria neste caso seria o objetivo maior da crença cristã: a salvação. Assim, Paulo organizou sua pregação aliando a visão gentílica à conclamação cristã da salvação “resolvendo” o perturbador questionamento que permanecia na mente dos cristãos que acreditavam na crucificação de Jesus.</div>
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</div>
<br /><div align="justify">
Segundo Paulo e os que o seguiram, em razão do pecado haveria a necessidade do resgate, portanto, o sangue inocente do messias “pagaria” os pecados dos homens. Tomavam como argumento em apoio o sacrifício animal praticado pelos profetas e sacerdotes (embora a expiação não fosse a razão para esse preceito).</div>
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</div>
<br /><div align="justify">
Para o mundo gentílico, esta doutrina era absolutamente lógica e correspondia às suas concepções de divindade onde Deus ou os deuses pensam e agem como os homens, segundo os padrões destes.</div>
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<strong>Nas mitologias pagãs existe esta mesma teorização, senão vejamos:</strong></div>
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Um Deus de forma humana, que tem filho (gerado dele), envia-o ao mundo na forma humana (pois este é um Semideus ou um outro deus), e então exige em sacrifício o sangue e a vida de seu próprio filho para aplacar sua ira contra os homens.</div>
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</div>
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Como vimos, a “salvação a preço de sangue” se enquadra perfeitamente ao pensamento gentílico, mas, e quanto a tradição profética (mensagem divina) que foi a única e verdadeira doutrina de Jesus? Se opõe sem dúvida a tudo o que os profetas e o próprio Jesus predicou.</div>
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</div>
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<strong>1.</strong> O Deus vivo, Deus de Abraão, de Moisés, de Jesus e de todos os profetas enviados, o que confirma os ensinamentos e mensagens destes é absolutamente justo. Portanto não promoveria a injustiça exigindo o sangue de um inocente, uma de suas mui amadas criaturas, para redimir a culpa e o pecado de outros. Se o fizesse iria contra sua própria justiça, se colocaria na mesma condição dos falsos deuses e dos homens, o que é inconcebível.</div>
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</div>
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<strong>2.</strong> O sacrifício animal praticado pelos profetas jamais foi o “preço do resgate”. O perdão divino não tem preço, é graça de Deus sobre o arrependido e o penitente. O sacrifício simbolizava a submissão, a devoção e o reconhecimento da glória de Deus, por exemplo: quando Abraão levou seu filho para o sacrifício não o fez para expiar pecados, mas para demonstrar sua submissão incondicional, seu amor a Deus sobre todas as coisas, e Deus aceitando o que havia em seu coração poupou seu filho (pois o Deus verdadeiro não aceita o sangue humano por sacrifício) e ordenou o sacrifício de um animal. Apenas quando os judeus se tornaram insubmissos e seus sacerdotes passaram a propagar que os pecados poderiam ser expiados por sacrifícios (sem um sincero arrependimento e o abandono do pecado) desviando a muitos da senda correta, é que Deus não mais aceitou seus sacrifícios.</div>
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</div>
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<strong>3.</strong> Jesus pregou por três anos o arrependimento, a conversão e a penitência, reafirmou a Lei eterna e o apego aos mandamentos, princípios que formam o conjunto da FÉ. Se a salvação se originasse de algum sacrifício de sangue inocente todos esses princípios e toda sua pregação e missão seria vã e ele não precisaria ter chegado à idade madura, bastaria que Herodes conseguisse seu intento e o desígnio do resgate pelo sangue estaria consumado.</div>
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</div>
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<strong>A Crença na Filiação Divina e na Natureza Divina de Jesus</strong></div>
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Uma viciosa interpretação das passagens bíblicas desprovida de um conhecimento apurado da linguagem e do pensamento corrente da época gerou no segundo século o equívoco e a especulação de uma suposta filiação divina. Deus, não sendo criatura, mas sim, Criador, não sendo homem ou mulher, não teria um filho no sentido atribuído de reprodução ou geração.</div>
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</div>
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A palavra do aramaico utilizada por Jesus, ABBA, tem em seu sentido literal a tradução de “Senhor” e não pai, mesmo se tivesse sido expressa Abbi poderia ser meu Senhor ou meu pai. A versão para o grego (e na ausência de textos em aramaico ou hebraico) possibilitou a assimilação do conceito Pai- filho tal como é comumente compreendido. A sensata interpretação é de que se essas palavras foram utilizadas estariam expressando um sentido figurado de amor entre Deus e seus servos diletos, pois nos textos aceitos encontramos a expressão filho de Deus utilizada para Jesus, Davi, Salomão e Adão; e o próprio Jesus dizendo “sois filhos de Deus”. (Em vista disso percebe-se a contradição na expressão bíblica de “filho unigênito (único) de Deus, ou seja, os textos se contradizem). Na crença da filiação divina de Jesus percebe-se claramente a nefasta influência do pensamento gentílico que atribuía filhos aos deuses.</div>
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</div>
<br /><div align="justify">
A crença da natureza divina de Jesus como uma pessoa da trindade também surgiu dessa especulação filosófica de origem helênica que, pouco a pouco, se introduziu no pensamento cristão. O texto atribuído a João, que destoa sobremaneira dos demais evangelhos canônicos, é o texto que demonstra a forte influência dos conceitos filosóficos pagãos que buscavam interpretar a natureza e a vida de Jesus sob uma ótica absolutamente estranha àquela do mundo e da cultura semita. A divinização de Jesus seria na verdade impensável dentro do universo judaico em que os apóstolos e primeiros seguidores viveram, para esses primeiros cristãos a convicção de que Jesus teria sido um profeta, um homem como os outros, não obstante os milagres que Deus tenha operado por intermédio dele, era inquestionável.</div>
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</div>
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Porém, a partir do segundo século, com a conversão em massa de gentios, a crença de que Jesus tivesse uma natureza divina, ou que fosse ele próprio “Deus” se tornava plausível, pelo menos entre o povo comum. Enquanto que, entre os primeiros presbíteros havia reticência quanto à aceitação de tais crenças. Como ocorreu com a crença da trindade, por pelo menos três séculos posições contraditórias se digladiaram até que o poder da igreja de Roma impôs a unificação por meio da força e da supressão dos seus opositores.</div>
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</div>
<br /><div align="justify">
O texto tardio atribuído a João tem sido utilizado como base de argumentação por aqueles que professam a crença na “natureza divina” de Jesus. Como sabemos, o texto em questão surgiu por volta de 110 d.c., redigido provavelmente em grego, portanto, toda sua abordagem já se encontra dirigida pela tendência dominante de sua época: o pensamento gentílico. Logo, não é estranho que se proponha a propagar crenças que não se encontram nos evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos.</div>
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</div>
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A passagem de João 1:1 é comumente apresentada como “prova da natureza divina e da pré-existência de Jesus”. Contudo, o texto grego não parece afirmar nem uma coisa nem outra. A tradução mais comum dessa passagem: “No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus”. (Trad. João F. Almeida) simplesmente propõe duas expressões contraditórias. Antes de tratarmos do que há de incorreto nesta tradução, segundo as regras do idioma grego, é interessante observarmos algumas das várias “traduções” bíblicas divergentes para esta passagem:</div>
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<strong></strong></div>
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<strong>1.</strong> New Testament in an improved version (1808) “ ...e a palavra era um Deus”.</div>
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<strong>2.</strong> J.M.P. Smith and J. Goodspeed (1935) “...e a palavra era divina”.</div>
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<strong>3</strong>. Johannes Schneider (1978) “e de sorte semelhante a Deus era o Logus (Palavra)”.</div>
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</div>
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Algumas outras versões bíblicas apresentam variações de tradução para esta passagem, sem que considerem certas regras elementares da gramática grega. O substantivo Theos (Deus) ocorre duas vezes. Na primeira se refere a Deus Todo-Poderoso com quem a palavra (logus) estava. Este primeiro Theos é precedido do artigo definido Ton (o), o qual denota uma identidade (a referência a Um Ser, ou seja, O Deus Criador). No segundo theos, porém, não existe artigo, isto é, a referência ao verbo divino (Criador) não se faz aqui, a nenhuma entidade (pessoa). O que se diz é que a palavra criadora era divina e não “o próprio Deus”.</div>
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</div>
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<strong>Jesus aboliu alguma lei?</strong></div>
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A interpretação dos teólogos cristãos sobre esta questão reflete a tendência comum da igreja de Paulo em reinterpretar os princípios e adaptá-los ao que entendiam como necessidade do momento. Esta facção de seguidores reunidas em torno de Paulo, decidiu pelo afastamento das tradições judaicas, entretanto, nenhuma correta distinção entre a Lei Divina e as tradições tinha sido feita por eles. Provavelmente a intolerância dos judeus para com os primeiros cristãos pesou na decisão tanto quanto a estratégia paulina de tornar a doutrina mais aceitável aos gentios.</div>
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</div>
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Um grupo de teólogos recorrem a argumentos astutos para justificar essa atitude. Afirmam por exemplo, que ao dizer: “Eu cumpri a lei”, Jesus não estava dizendo que havia observado a lei (portanto não era um transgressor), mas estava dizendo: “Eu revoguei a lei ao cumpri-la, vocês estão livres dela”. Na verdade Jesus jamais se insurgiu contra a Lei, muito ao contrário, reafirmou-a como prova manifesta da fé, do temor e da obediência. Sua declaração que toda lei se resumia em “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a tí mesmo” consagrava a essência da lei a qual estava sendo negligenciada pelos judeus (pois eles não cumpriam a lei mas, fingiam fazê-lo). A declaração não era autorização para abandonar os outros princípios da lei (ele não estava dizendo para ninguém adulterar, roubar, desobedecer aos pais etc.). A defesa que fez da adúltera ressaltava o cumprimento da lei com sabedoria e não com hipocrisia e farisaísmo como havia se tornado comum entre os judeus.</div>
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Jesus jamais pregou ou praticou qualquer desobediência a lei mosaica, jamais deu autoridade a nenhum discípulo para que saísse pelo mundo a dizer: “vocês estão livres para consumir a carne impura, livres da circuncisão” ou coisas do tipo. O que Jesus fez foi uma perfeita distinção entre a Lei Divina e os muitos costumes inventados e inseridos nas escrituras antigas pelos sacerdotes e escribas, insurgiu-se contra todas essas invenções e denunciou-as ao povo convocando-o ao Monoteísmo Original, ao abandono da hipocrisia que anula a fé e conduz ao inferno. Não obstante, entre os exemplos práticos de Jesus e as inovações de Paulo, os cristãos modernos em sua maioria seguem o segundo, embora afirmem a fé nas palavras do primeiro.</div>
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</div>
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A Lei que tenha sido proferida pelo Deus vivo não pode ser abolida por pregadores ou seguidores dos profetas, seja Pedro, Paulo ou qualquer outro. Não havendo nenhum texto original e autêntico em que conste que Jesus tenha declarado a abolição da lei anterior a ele (como pretendem os inovadores e teólogos) a ninguém mais é dada autoridade de duvidar da validade permanente da Lei.</div>
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</div>
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<strong>Um Comentário Final</strong></div>
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As várias questões aqui levantadas se relacionam a uma questão central que na realidade deve ser considerada de modo prioritário por qualquer pesquisador ou pessoa que se sinta comprometida com a busca da verdade: Em que se baseia a “autoridade” de todos os reformadores e intérpretes da mensagem de Jesus?</div>
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O argumento largamente usado primeiro por Paulo e seus seguidores mais próximos, foi a da assistência divina do Espírito Santo. Sobre este argumento respaldado pelos fatos extraordinários relatados em atos (por eles próprios) Paulo manteve seu embate teológico com as outras facções cristãs da época. Como os relatos desses outros grupos de cristãos primitivos foram destruídos pela Igreja talvez jamais saberemos se tais sinais e prodígios eram ou não exclusivos ou mesmo se alguém (que não os seguidores) havia testemunhado os mesmos. De um modo ou de outro o papado foi instituído sobre esta argumentação: os Papas seriam os vigários de Jesus na terra, herdeiros de Pedro e de Paulo e como estes (segundo a crença) infalíveis e santos.</div>
<br /><div align="justify">
</div>
<div align="justify">
A história da Igreja e suas muitas alterações teológicas é prova suficiente que a infalibilidade nunca existiu. As outras facções cristãs de nosso tempo também reivindicam a herança de Pedro e Paulo, porém não fogem da regra das inovações, divisões e sub-divisões que colocam em cheque qualquer credibilidade neste sentido. São estes homens herdeiros de Jesus ou de qualquer um de seus apóstolos como dizem? Afinal que verdade é esta que pregam que em tempos em tempos pode ser alterada segundo o entendimento de suas lideranças? Que conclusões teológicas são estas que se baseiam em comprovadas inserções humanas nos textos nos quais insistem em denominar de “palavra de Deus”?</div>
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Os sofistas cristãos se defendem com slogans e argumentos vazios como “Jesus é o mesmo ontem e hoje”. Sim, isto é verdade, porém a bíblia tal como a conhecemos não foi sempre a mesma. Se pudéssemos por lado a lado um judeu ou um muçulmano dos primeiros tempos do judaísmo ou do Islamismo com um judeu ou um muçulmano de nossos dias, veríamos que os dois creriam no mesmo e praticariam o mesmo judaísmo ou Islamismo. Se o fizéssemos com um cristão primitivo e um cristão da atualidade pensaríamos que os dois professariam duas religiões diferentes. Será que um cristão primitivo entenderia um show de Rock Gospel, ou a encenação dos pastores televisivos ou a performance dos padres da moda como pregação real? Um cristão primitivo aceitaria as muitas crenças e dogmas que jamais conheceu e que hoje são consagradas como pilares da fé cristã? De que modo reagiria diante da Glossolassia (Dom de línguas) tal como é distorcida em nossos dias pelas inúmeras seitas onde nem quem fala e nem quem ouve entende coisa alguma? Aceitaria a doutrina da prosperidade forjada pelos chamados pastores para legitimar o individualismo capitalista? Entenderia os rituais das missas, os confessionários e o culto aos santos como a mensagem de Jesus?</div>
</div>
Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-58707462603930498022013-05-22T12:26:00.000-07:002013-05-22T12:26:04.555-07:00<br />
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<br /><h3 class="r" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; position: relative; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;">
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Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-21682008292569168682013-05-22T12:17:00.000-07:002013-05-22T12:17:01.409-07:00<br />
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<b><a href="http://embuscadojesushistorico.blogspot.com/2010/03/definicao-o-termo-canon-kanwn-ou-qoneh.html">Cânon
do AT</a><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
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<div class="MsoNormal">
<b>Definição: </b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O termo cânon (kanwn) ou qoneh (hnq) vem da língua semítica,
ou sumérica (assírio-babilônica) e significa vara de medir ou régua,
especialmente usada para manter algo em linha reta. Entretanto no grego, dá a
idéia de vara, nível, esquadro, isto é, a meta a ser atingida, a medida
infalível, chegando dessa forma ao criterion (krithrion). No hebraico a raiz da
palavra é junco ou cana, isto é, uma vara. Estes eram utilizados como
instrumentos para medir.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Em cronologia significava uma tabela de datas e em literatura, uma lista de
obras que podiam ser atribuídas a um certo autor. Os cânones literários são
importantes porque só as obras genuínas de um autor podem revelar o seu
pensamento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Os clássicos gregos usavam o cânon como sentido figurado de regra, norma ou
padrão. Aristóteles chama o homem de bom cânon ou metron (metron) da verdade. A
Estátua do Lanceiro, por Policleitos, era considerada cânon ou padrão de beleza
física. Os clássicos eram chamados cânones ou modelos de excelência. Na
gramática era aplicada às regras da declinação, conjugação e sintaxe. No
calendário os cânones eram as datas mestras, certas e firmes, das quais se
partia para o cálculo dos períodos intermediários.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O termo cânon aparece no NT apenas em II Coríntios 10.13,15 e em Gálatas 6.16.
Este conceito de regra ou padrão que a palavra cânon tem, dá um caráter de
norma e era considerado, até mesmo, em outras escrituras. O Direito Canônico e
a Literatura utilizaram-no como uma medida diretiva ordenadora.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Com o passar dos tempos o termo cânon passou a designar o corpo de escritos que
dá autoridade normativa para a fé cristã, tendo em contraste os escritos que
não o são, mesmo sendo contemporâneos. Somente no século IV é que o conceito
cânon foi aplicado à Bíblia pelo Concílio de Laodicéia (360) e por Atanásio
referindo-se aos livros que a Igreja reconhecia serem, oficialmente, o padrão
de conduta e fé.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Sendo assim, cânon são os livros aceitos pela igreja primitiva como Escrituras
divinamente inspiradas. O termo cânon deixou, então, de ser a vara de medir
para se tornar o padrão. Se cânon significa isto, canonização significa ser
oficialmente reconhecido como guia ou regra autorizada em matéria de fé e
prática.<br />
<br />
<b>A Canonização do AT </b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O aparecimento do cânon constitui, antes, um longo processo
histórico no qual se pode distinguir três estágios: a tradição oral que é resultante da
revelação como seu pressuposto, o trabalho de compilação dos escritos sagrados
como uma espécie de pré-história e a formação propriamente dita do cânon.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
A formação do cânon do AT foi o resultado de uma decisão dogmática que fixou o
conjunto das Sagradas Escrituras, determinando-lhe o número e os limites, razão
pela qual se postulava um período definido da revelação (de Moisés até
Artaxerxes I). As razões para isto estão ligadas à situação histórica. Em certa
época surgiu um movimento apocalíptico com a pretensão de possuir o dom da
inspiração e misturava, de novo, idéias de crenças estranhas com as próprias,
fazendo assim, reviver novamente o perigo do sincretismo religioso.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Para que tivessem valores, os seus escritos, tinham que suplantar a própria
Lei. Por isso eram atribuídos as personalidades que viveram antes de Moisés
(Adão, Henoc, Noé, os patriarcas), para parecerem mais antigos do que a Lei de
Moisés. Outro que era considerado um perigo eram os escritos de Qumran, mas o
cristianismo, que se sentiu ameaçado principalmente por haver adotado a
tradução grega dos LXX, começou a fazer uma concorrência com as Escrituras
Hebraicas. Visando não haver um esvaziamento ou uma desagregação interna ou
externa para o judaísmo fiel à Lei.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Os fariseus definiram e impuseram o conceito de cânon, apesar da resistência
dos saduceus que só reconheciam a Torá. Esta corrente distinguia entre a
literatura sagrada e a profana, e incluíram na primeira 24 escritos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Nas Escrituras Hebraicas há 39 livros que os judeus aceitaram como canônicos.
Estes são os mesmos que foram aceitos pela Igreja Apostólica e Protestante
desde os dias da Reforma. A estes a Igreja Romana adicionou 14 outros livros,
ou porções de livros que são os apócrifos e os considera como tendo igual
autoridade aos demais.<br />
<br />
<b>O Cânon Hebraico</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br />
</b>A divisão que consta nas escrituras hebraicas encontra-se em três partes:</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
- Lei (Pentateuco): Gênesis (no princípio - tyvarB); Êxodo (estes são os nomes
- tAmv hLaw); Levítico (e chamou - arqYw); Números (no deserto - rBdyw);
Deuteronômio (estas são as palavras - ~yrbDh hLa); sempre designados pelas
primeiras palavras dos textos.<br />
- Profetas (Nebiûm - ~ayBn):<br />
1) anteriores: Josué; Juízes; Samuel; Reis; em ambos os 1ºs e 2ºs estão
reunidos num só.<br />
2) posteriores: Isaías; Jeremias; Ezequiel; os doze profetas, na ordem retomada
pela Vulgata: Oséias; Joel; Amós; Obadias; Jonas; Miquéias; Naum; Habacuque;
Sofonias; Ageu; Zacarias; Malaquias.<br />
- Escritos (Kethûbbîm - ~ybWtK, ou Hagiógrafos): Salmos; Jó; Provérbios; Rute;
Cantares; Eclesiastes (Coélet); Lamentações; Ester; (estes cinco últimos são
conhecidos como cinco rolos ou Megillath - tLgm) Daniel; Edras-Neemias;
Crônicas.<br />
A princípio esta coleção continha apenas 24 livros, mas para debater os
apologistas cristãos, que apelavam ao AT na sua polêmica contra o judaísmo,
mudou para esta ordem.<br />
Os Megillath ou cinco rolos, eram destinados a serem lidos nas principais
festas do ano. Desta forma: Cantares para a Festa da Páscoa; Rute para a Festa
das Semanas ou da Colheita; Lamentações para a Festa da Celebração do Jejum em
memória da Destruição de Jerusalém; Eclesiastespara a Festa dos Tabernáculos
(cabana de folhagem); Ester para a Festa dos Purim.<br />
<br />
<b>A LXX</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br />
</b>- Legislação e História: Gênesis; Êxodo; Levítico; Números; Deuteronômio;
Josué; Juízes; Rute; quatro "livros dos Reinos" I, II (Sm), III, IV
(Rs); I, II Paralipômenos - paraleipomhna - coisas omitidas - (Cr); I, II
Esdras (1º é apócrifo e o 2º é Ed e Ne juntos); Ester, com fragmentos próprios
do grego; Judite; I, II, III, IV Macabeus (3º e 4º são apócrifos);<br />
- Poetas e Profetas: Salmos; Odes (apócrifo); Provérbios de Salomão;
Eclesiastes; Cântico dos cânticos; Jó; Livro da Sabedoria (Sabedoria de Salomão
- apócrifo); Eclesiástico (Sabedoria de Sirac - apócrifo); Salmos de Salomão
(apócrifo); Doze profetas menores (Dódeka profeton - dwdeka profhton) na
seguinte ordem: Oséias; Amós; Miquéias; Joel; Obadias; Jonas; Naum; Habacuque;
Sofonias; Ageu; Zacarias; Malaquias; e ainda, Isaías; Jeeremias; Baruc
(apócrifo); Lamentações; Carta de Jeremias (ou Baruc 6 - apócrifo); Ezequiel;
Susana (que é Dn 13 - apócrifo); Daniel 1-12 (3:24-90 é próprio do grego); Bel
e o Dragão (que é Dn 14 - apócrifo).<br />
A edição massorética do AT é diferente em algumas particularidades da ordem dos
livros seguida na LXX e também da ordem das Igrejas Protestantes. Os
compiladores da LXX seguiram um arranjo quase tópico.<br />
A única diferença na Vulgata para a LXX é que I e II Esdras são iguais a Esdras
e Neemias, e as partes apócrifas III e IV Esdras são colocadas depois dos
livros do NT, como também a Oração de Manassés. E ainda, os profetas maiores
vêm antes dos profetas menores. Já na Bíblia Protestante segue-se a mesma ordem
tópica de arranjo da Vulgata, omitindo apenas as partes apócrifas, mas o conteúdo
segue o Texto Massorético.<br />
<br />
<b>Os Antilegômenos</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br />
</b>Antilegômenos são os livros contra os quais se fala. No decorrer do 2º
século d.C. em certos círculos judaicos alguns livros exprimiram dúvidas quanto
à sua canonicidade. São eles:<br />
- Eclesiastes: a crítica baseava-se no seu pessimismo, epicurismo (doutrina de
Epicuro, filósofo materialista grego (341-270 a.C.), e de seus seguidores,
entre os quais se distingue Lucrécio, poeta latino (98-55 a.C.), caracterizada,
na física, pelo atomismo, e na moral, pela identificação do bem soberano com o
prazer, o qual, concretamente, há de ser encontrado na prática da virtude e na
cultura do espírito. É errôneo identificar o epicurismo com o hedonismo) e na
sua negação da vida no porvir;<br />
- Cânticos dos Cânticos: a crítica baseava-se nas passagens que falam da
atração física em expressões idiomáticas fortes e entusiásticas que chegam à
beira do erótico. Entretanto o rabino Hillel identificou Salomão com Iavé e
Sulamita com Israel, mudando assim toda a interpretação através desta grotesca
alegoria;<br />
- Ester: a crítica baseava-se no não aparecimento do nome de Iavé no
livro;<br />
- Ezequiel: a crítica baseava-se nas diferenças existentes nos detalhes entre o
Templo e o ritual dos últimos dias, descritos nos 10 capítulos finais, e
àqueles do Tabernáculo Mosaico e do Templo de Salomão;<br />
- Provérbios: a crítica baseava-se em alguns preceitos que parecem ser
contraditórios como em 26.4,5 "Não respondas ao tolo segundo a sua
estultícia, para que também não te faças semelhante a ele. Responde ao tolo
segundo a sua estultícia, para que ele não seja sábio aos seus próprios
olhos".<br />
<br />
<b>O Cânon de Alexandria </b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Era formado por um grupo de judeus que falava o grego e
vivia na Alexandria e nas proximidades do Egito. Tinha um Templo e produzia literatura
religiosa, seleções com tratados gregos e hebraicos. Apesar de considerar
sagrados todos os livros da Bíblia Hebraica, incluíam também os livros
apócrifos.<br />
<br />
<b>O Cânon Palestinense</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br />
</b>Na Palestina a maioria dos livros já era aceita pelos judeus.<br />
Depois da destruição de Jerusalém e do Templo em 70 d.C., os eruditos judeus
mudaram-se para Jâmnia, para o estudo e o ensino das Escrituras. Em 90 d.C., um
concílio de líderes judeus, Concílio de Jâmnia, discutiu quais os livros que
deveriam ser inclusos no cânon do AT e reconheceu oficialmente os 24 do AT
hebraico.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Alguns foram contra porque diziam que o concílio não representava o judaísmo
oficialmente, mas este foi o cânon que constituiu a Bíblia Hebraica e
conseqüentemente a evangélica no século XVI.<br />
O cânon alexandrino, também chamado de deuterocanon (deuterokanwn), possui 24
livros; o palestinense, protocanon (protokanwn), possui 22 livros. Os concílios
Florentino e de Trento tomaram este como obrigatório. Sabe-se que o
palestinense, através da versão dos LXX, tornou-se a base da Vulgata.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
O Concílio de Trento enumerou 21 livros históricos, 7 didáticos, 17 proféticos,
sendo que 8 destes são chamados pela Igreja católica de deuterocanônicos
(apokrufoj), isto é, segundo cânon; os biblistas protestantes os chamam de
escritos apócrifos. Para os católicos estes são escritos apocalípticos do
judaísmo tardio, os quais por sua vez, são chamados pelos teólogos protestantes
de pseudo-epígrafos (yeudw epigrafw), já que seus autores se apresentam sob
pseudônimo (yeudwnumoj).<br />
<br />
<b>Outras formas de Cânon<br />
O Cânon de IV Esdras </b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há uma teoria do cânon de IV Esdras datada de 30 anos após a
destruição de Jerusalém no ano 557 a.C., onde diz que Esdras foi inspirado pelo
Espírito e ditou aos seus cinco escribas num espaço de 40 dias os escritos do
AT destruídos pelo fogo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Foram publicados 24 dos escritos compostos por Esdras, enquanto que os outros
70 podiam ser somente acessíveis aos sábios de Israel. Este último grupo
designa a literatura apocalíptica, extracanônica, do judaísmo tardio. Segundo
esta teoria os escritos foram compostos num simples espaço de tempo, dando
ênfase à inspiração divina e conseqüentemente, uma santidade particular nos
textos (2º século). Esta teoria de inspiração foi adotada pelo cristianismo,
Igreja da Idade Média e da Moderna, da mesma forma como pelos exegetas judeus e
protestantes até o iluminismo. Com o iluminismo o que era místico tornou-se
racional e passou a se fazer justiça à realidade histórica.<br />
<br />
<b>O Cânon Samaritano</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br />
</b>Os samaritanos aceitavam apenas os 5 livros da Torá, Pentateuco, como
canônicos.<br />
De caráter não canônico há uma exposição histórica que vai de Josué até à Idade
Média, passando pelos imperadores romanos e traz, para o período bíblico,
partes consideráveis dos livros históricos do AT. Este é mais conhecido como
livro de Josué. Outro livro não canônico e importante é a versão samaritana da
história de Moisés, que se encontra na Doutrina de Marqã - Memar Marqã, que
apareceu nos primeiros séculos do cristianismo.<br />
<br />
<b>O Cânon Judaísmo Helenístico </b>- É o cânon alexandrino da versão dos
LXX. <b>O Cânon do Cristianismo</b> a princípio não aceitou a teoria dos
fariseus e nem se prendeu a nenhum cânon, se prendia mais à LXX do que ao cânon
hebraico.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-91516293572045005982012-06-12T10:32:00.002-07:002012-06-12T10:32:51.464-07:00<br />
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name">
Revista mostra trechos bíblicos cuja existência crentes fingem não saber
</h3>
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</div>
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A reportagem de capa da Superinteressante de junho é “A Bíblia como você
nunca leu”. Trata-se dos trechos bíblicos que propagam, com candura,
sacrifícios humanos, morte para virgens defloradas, poligamia, bebedeira
e por aí vai.<br />
<div>
</div>
<div>
As perversidades bíblicas têm sido destacadas à exaustão, mas ainda
assim a reportagem é oportuna porque ocorre cada vez mais com frequência
a exaltação por vereadores e deputados da Bíblia como “padrão de
moralidade”. </div>
<div>
</div>
<div>
Recentemente na Assembleia Legislativa de Goiás, por exemplo, a leitura
da Bíblia se tornou obrigatória no começo das sessões para garantir “um
ambiente de princípios e de harmonia entre os deputados”. </div>
<div>
</div>
<div>
O deputado evangélico Daniel Messac (PSDB), autor da lei dessa
obrigatoriedade, agiu como só existisse uma parte da Bíblia, a "boa", e
não também a "ruim", a podre, e como se esta não contaminasse aquela. E
assim tem sido nas pregações de pastores e de padres, nos sermões
televisivos, nos livros religiosos. Tudo sem questionamentos dos fiéis. </div>
<div>
</div>
<div>
<a href="http://www.paulopes.com.br/2012/05/leitura-da-biblia-passa-ser-obrigatoria.html">Leitura da Bíblia passa a ser obrigatória na Assembleia de Goiás.</a></div>
<i>maio de 2012
</i><br />
<br />
<div>
Seguem trechos do texto de Alexandre Versignassi e Tiago Cordeiro.<br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: large;">Maridos & esposas</span></h3>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIogmZ_SDufxPKytNOF8SkP_WrsOjYRCAZG0Yhbsn6ekbhZmaqJ0l1NuFr5dQeHWLp9b6_LCiMCdsTiZzR4JBP5X6XAHqhE7zlC7_vOpr_m_lzyJJFRyXy_j6HfV7Nd5F-eTbnpalh8CE/s1600/rei-salom%C3%A3o-esposas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Rei Salomão e suas esposas" border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIogmZ_SDufxPKytNOF8SkP_WrsOjYRCAZG0Yhbsn6ekbhZmaqJ0l1NuFr5dQeHWLp9b6_LCiMCdsTiZzR4JBP5X6XAHqhE7zlC7_vOpr_m_lzyJJFRyXy_j6HfV7Nd5F-eTbnpalh8CE/s200/rei-salom%C3%A3o-esposas.jpg" title="Rei Salomão" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Rei Salomão teve </span></b></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">700 mulheres</span></b></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
O Velho Testamento deixa claro que as mulheres deveriam ser funcionárias
de seus maridos, com deveres e direitos. Se uma esposa fosse “demitida”
pelo parceiro, por exemplo, ela podia ganhar uma carta de recomendação,
para a moça utilizá-la como trunfo na hora de tentar uma vaga de mulher
de outro sujeito. <br />
<br />
A poligamia era regra. Tanto que o primeiro caso aparece logo no
capítulo 4 do primeiro livro da Bíblia: “E tomou Lameque para si duas
mulheres” (Gênesis). A situação era tão comum que vários dos personagens
mais importantes do Antigo Testamento viviam com mais de uma esposa sob
o mesmo teto. <br />
<br />
[...] Nunca na história do Livro Sagrado houve maior predador
matrimonial que Salomão, o rei: foram 700 esposas. Setecentas de papel
passado, já que o sábio soberano ainda mantinha 300 concubinas. <br />
<br />
O Novo Testamento não cita tantos exemplos de poligamia, mas sugere que
ela ainda era comum no século 1. Jesus não toca no assunto, mas, em duas
cartas, são Paulo recomenda que os líderes da nova comunidade cristã
tivessem apenas uma esposa porque “assim eles teriam mais tempo para
dedicar aos fiéis”. <br />
<br />
“O cristianismo só refuta a poligamia quando se aproxima do poder em
Roma, que proibia essa prática”, afirma o historiador Marc Zvi Brettler.
Como escreve santo Agostinho no século 5, “em nosso tempo, e de acordo
com o costume romano, não é mais permitido tomar outra esposa”. <br />
<br />
<b><i>“As mulheres sejam submissas a seus maridos.”</i></b><br />
<b><i>(Colossenses, 3, 18) </i></b><br />
<br />
<a href="http://www.paulopes.com.br/2010/11/biblia-nao-condena-aborto-nem-poligamia.html">Bíblia não condena aborto nem a poligamia, afirma estudioso.</a><br />
<i>novembro de 2010
</i><br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: large;">Sexo</span></h3>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;">
<tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCGYeGmAVsV0-eJEjdsCjZZ3bh4c8G6R4dSic-O8G0qLv2svJM00mrB4jJk9PjxYdh3mmD2UvCT5k_bMG0flsXTjlXNtOo3xMKsDmmIFlSqMvdsxq8k1FNq15Jvi6RVJyS61mU2yy3aYI/s1600/Virgem.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Virgem bíblica" border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCGYeGmAVsV0-eJEjdsCjZZ3bh4c8G6R4dSic-O8G0qLv2svJM00mrB4jJk9PjxYdh3mmD2UvCT5k_bMG0flsXTjlXNtOo3xMKsDmmIFlSqMvdsxq8k1FNq15Jvi6RVJyS61mU2yy3aYI/s200/Virgem.jpg" title="Virgem bíblica" width="155" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Para se casar, mulher</span></b></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">tinha de ser virgem</span></b></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
Uma série de regras estabelece como deve ser a vida sexual: toda mulher
tem de se casar virgem, ou então poderá ser dispensada pelo marido. <br />
<br />
As leis sexuais eram bem abrangentes: “Quem tiver relações com um animal
deve ser morto”, diz o Êxodo. E a masturbação também não pode. Como diz
o sutil são Paulo: “A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence
ao marido. E o marido não pode dispor de seu corpo: ele pertence à
esposa.” <br />
<br />
“O sexo na Bíblia é cheio de contradições”, diz o arqueólogo Michael
Coogan, autor de God and Sex (Deus e o Sexo). “É de se desconfiar que
fossem realmente levados a sério naquela época.” <br />
<br />
“<b><i>E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia.” (Gênesis, 29, 30) </i></b><br />
<br />
<a href="http://www.paulopes.com.br/2011/05/biblia-e-tao-machista-quanto-o-corao.html">Bíblia é tão machista como Corão: ambos mandam a mulher se calar.</a><br />
<i>por Lukretia em maio de 2011</i><br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: large;">Negócios e finanças</span></h3>
<br />
A cobrança de juros é proibida. As ordens se repetem ao longo da Bíblia,
sempre em tom firme: “Não tomarás deles juros nem ganho” (Levítico).
[...] Mas existe uma exceção: nos casos em que o empréstimo é concedido a
um não judeu (“um estranho”, nas palavras de Deuteronômio) é permitido
praticar a usura. Até por isso os judeus se tornaram os grandes
banqueiros da Idade Média. <br />
<br />
Se o Livro Sagrado proíbe a cobrança de juros, mas só entre judeus, o
mesmo vale para a escravidão. Você pode ter escravos, contanto que
“sejam das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e
escravas”, diz o Levítico. <br />
<br />
<i><b>“Ao estranho, emprestarás com juros.” (Deuteronômio 23:20) </b></i><br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: large;">Marvado vinho</span></h3>
<br />
<div style="text-align: right;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA2310Sz8MJykhZybuP3I6XsWcKIyO3ak3dFdaSiGBU2cb8ao67mriC4LrzcZCaIzpL_3E3OanYH4jqxVvTRIsZ_d2B_hIRlhOrBKCM2XnxtHt9T6cBo6uYvPLfwYiN9385av9KiD5dTw/s1600/jesus-vinho.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Jesus transforma água em vinho" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA2310Sz8MJykhZybuP3I6XsWcKIyO3ak3dFdaSiGBU2cb8ao67mriC4LrzcZCaIzpL_3E3OanYH4jqxVvTRIsZ_d2B_hIRlhOrBKCM2XnxtHt9T6cBo6uYvPLfwYiN9385av9KiD5dTw/s1600/jesus-vinho.jpg" title="Jesus transforma água em vinho" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Água vira vinho: primeiro</span></b></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">milagre de Jesus</span></b></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
O álcool nem sempre foi consumido com moderação na Bíblia. A palavra
“vinho” é citada mais de 200 vezes, e os porres são frequentes: Noé é
embebedado pelas filhas, e Amnon, filho de Davi, está mais pra lá do que
pra cá quando é assassinada por ordem de seu irmão Absalão — a
interessar: foi pelo crime de ter estuprado a própria irmã, Tamar. <br />
<br />
“Os sacerdotes são orientados a não beber antes de entrar no tempo, e o
álcool é relacionado à perda de controle pessoal e da capacidade de
diferenciar o bem do mal. Mas nada no texto bíblico proíbe o consumo”,
diz o historiador Marc Zvi Brettler. <br />
<br />
O álcool chega a ser recomendado para curar os males da alma. Está em
provérbios: “Daí bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho
aos amargurados de espíritos”. <br />
<br />
E tem o primeiro milagre de Jesus: transformar água em vinho — segundo o evangelista João, no melhor vinho da festa. <br />
<br />
São Paulo vai mais além: recomenda a um discípulo, Timóteo, que troque a água pelo vinho. <br />
<br />
<b><i>“O chefe do serviço provou [o vinho que Jesus criara a partir da
água] e falou com o noivo: ‘Tudo guardaste o melhor vinho até agora!’”
(João 2, 7-10) </i></b><br />
<br />
<a href="http://www.paulopes.com.br/2010/02/vinho-feito-em-abadia-e-simbolo-de.html">Vinho feito em abadia é símbolo de alcoolismo na Escócia.</a><br />
<i>fevereiro de 2010</i><br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: large;">Saúde e educação</span></h3>
<br />
[...] Ao longo da infância, os pais têm a obrigação de repassar a eles a
palavra de Javé. Já o Novo Testamento é mais pedagógico, digamos assim:
enfatiza a educação pelo bom exemplo dos pais. [...] Quando não
funcionar, o Antigo Testamento indica que um bastão flexível deve ser
usado para bater nos desobedientes. O objeto tem até nome, vara da
correção, e é indicado para qualquer situação em que o pai considere que
a criança não seguiu suas instruções. “A vara e a repressão dão
sabedoria, mas a criança entregue a si mesa envergonha a sua mãe”
(Provérbios). <br />
<br />
<i><b>“O sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pelo na
praga se tornou branco, (...) é praga de lepra; o sacerdote o examinará,
e o declarará por imundo.” (Levítico 13:3). </b></i><br />
<br />
<a href="http://www.paulopes.com.br/2011/12/malafaia-cita-castigo-biblico-vara.html">Malafaia cita castigo bíblico à vara contra lei que pune pais violentos.</a><br />
<i>dezembro de 2011
</i><br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: large;">Homossexualidade </span></h3>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkdNWjEPzJM2xXHPlXkUQwrc4E0H4nc08A0UnKxN1wfw6x1bcfLvZjQTR7qd5AQpWKZw3Xq23HqrbNvU3WFFQiA5PdLLhPxXreQDfRAkZ35ToEsrnGPwnG3_oVVx7x4bapEqAZUslXU5s/s1600/davi+e+jonatas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Davi e Jonatas, amor homossexual" border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkdNWjEPzJM2xXHPlXkUQwrc4E0H4nc08A0UnKxN1wfw6x1bcfLvZjQTR7qd5AQpWKZw3Xq23HqrbNvU3WFFQiA5PdLLhPxXreQDfRAkZ35ToEsrnGPwnG3_oVVx7x4bapEqAZUslXU5s/s320/davi+e+jonatas.jpg" title="Davi e Jonatas" width="233" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Rei Davi e Jonatã: </span></b></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">amor homossexual</span></b></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
O amor entre homens era punido com a morte — a não ser que você fosse o
rei Davi. Os livros Samuel I e Samuel II contam a história da amizade
entre ele e Jonatã, filho do rei Saul, antecessor de Davi e candidato
natural ao trono de Israel. Davi acaba escolhido para a sucessão, mas
isso não abala o relacionamento dos dois. Está escrito: “A alma de
Jonatã se ligou com a alma de Davi. E Jonatã o amou, como à sua própria
alma” (Samuel I). <br />
<br />
Em outra passagem, Jonatã tira todas as roupas, entrega a Davi e se
deita com ele. “E inclinou-se três vezes, e beijaram-se um ao outro”
(Samuel I). “Esse relato incomoda os intérpretes tradicionais da Bíblia,
que tentam explicar a relação como uma forte amizade, e o beijo como um
costume comum entre homens”, diz o historiador finlandês Martii
Nissinem, da Universidade de Helsinki e autor de Homoeroticism in the
Biblical World (Homoerotismo no Mundo Bíblico). “Mas é difícil negar a
referência à homossexualidade nesse caso, mesmo que a lei judaica a
proíba expressamente.” <br />
<br />
Para alguns especialistas, o Antigo Testamento também sugere um
relacionamento homossexual entre duas mulheres, Noemi e sua nora Rute.
Está no livro de Rute um trecho em que ela diz a Noemi: “Aonde quer que
tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu. Onde quer
que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada”. <br />
<br />
<i><b>“Estou angustiado por causa de ti, Jonatã. Mais maravilhoso me era teu amor do que o amor das mulheres.” (Samuel II 1, 26). </b></i><br />
<br />
<a href="http://www.paulopes.com.br/2011/08/arcebispo-anglicano-apoia-uniao-gay-e.html">Anglicano apoia união gay e diz que rei Davi gostava de homem.</a><br />
<i>agosto de 2011
</i><br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: large;">Sacrifício</span></h3>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimbtFmfaBAwbik9kzQRslw2FB0qm0qNrr7hzrvI2iJYJ8n3AkX1gvMMsF34FLvcL6PWr3ok5PMEOkNQSCiSbJ8veLlfRC4qmsPE_mQyklinEagKZbCUhI8jMaGSXpW_x0xFmNLDLZheCg/s1600/abraao-filho.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Abraão prestes a matar seu filho Isaac" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimbtFmfaBAwbik9kzQRslw2FB0qm0qNrr7hzrvI2iJYJ8n3AkX1gvMMsF34FLvcL6PWr3ok5PMEOkNQSCiSbJ8veLlfRC4qmsPE_mQyklinEagKZbCUhI8jMaGSXpW_x0xFmNLDLZheCg/s1600/abraao-filho.jpg" title="Abraão prestes a matar seu filho" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Abraão por pouco não </span></b></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">matou seu próprio filho</span></b></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
Muito sangue jorra na Bíblia. Abraão é orientado a sacrificar seu
próprio filho Isaac a Javé — e teria obedecido, caso um anjo não
aparecesse no ultimo minuto dizendo ser tudo um teste para sua fé. Além
disso, durante os 40 dias em que Abraão detalha suas regras ao
patriarca, Deus exige uma série de sacrifícios de animais. <br />
<br />
Os rituais são descritos com grande riqueza de detalhes. Moisés manda
matar e drenar 12 bois. O sangue é colocado numa tina. Metade é lançada
no altar e o resto sobre a multidão. Carneiros abatidos são esfregados
no corpo de fiéis, que seguram seus rinas nas mãos para oferecê-los a
Javé. Pedaços de bichos são queimados sobre o altar. Era uma forma de
trocar favores com os deuses. <br />
<br />
“O sangue é o maior símbolo da vida. Ao usá-lo em rituais, os fiéis
reforçam seu vínculo com a divindade e se purificam”, diz Richard
Friedman. [...] ”Na interpretação cristã posterior, o próprio Jesus é
considerado o sacrifício final, que limpa os pecados da humanidade de
forma definitiva, o que dispensa a morte de animais.” <br />
<br />
<b><i>“Derramar-se-a seu sangue me volta do altar. Será oferecida a
cauda, a gordura que cobre as entranhas. Os dois rins e a pelo que
recobre o fígado.” (Levítico 7, 2-4). </i></b><br />
<br />
<a href="http://www.paulopes.com.br/2011/06/sacrificio-de-animais-esconde-o.html">Sacrifício de animais esconde o fundamento espúrio das religiões.</a><br />
<i>junho de 2011
</i><br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: large;">Crime e castigo</span></h3>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrSscNeeqFJhZZBOV0lOwGM2BV1QgwXjdAcLQ6J3Z2unTZ58KhofI7mjKWzV-aXrcNDzqB9OUYhZjjIQpglEhEyGyzUCxQYNZw_oiy8sytUEyDdB334QrOnXDXla7vI9JWSmbsLpSeowQ/s1600/pedra.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrSscNeeqFJhZZBOV0lOwGM2BV1QgwXjdAcLQ6J3Z2unTZ58KhofI7mjKWzV-aXrcNDzqB9OUYhZjjIQpglEhEyGyzUCxQYNZw_oiy8sytUEyDdB334QrOnXDXla7vI9JWSmbsLpSeowQ/s1600/pedra.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Levítico manda matar as</span></b></i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">prostitutas a pedradas</span></b></i></div>
</td></tr>
</tbody></table>
Sequestro, adultério, homossexualidade, prostituição.... Tudo dava pena
de morte. Até fazer sexo com uma virgem poderia custar a vida do
“criminoso”. Adorar outros deuses também trazia problemas sérios. Moisés
mandou matar 3 mil judeus por causa disso.<br />
<br />
O Levítico também manda matar prostitutas a pedradas. Não caso de a moça
ser filha de um sacerdote, a punição é pior: “Com fogo será queimada”. <br />
<br />
Em geral, a pena de morte por apedrejamento não precisava ser julgada
pelos sacerdotes. A maioria dos crimes recebia punição na hora, diante
de um grupo de pessoas que presenciaram a cena ou que estavam por perto
da cena do crime. <br />
<br />
O Antigo Testamento estabelece que toda mulher menstruada é tão impura
que até mesmo os lugares onde ela senta devem ser evitados. Se um homem
encostar na esposa, na mãe ou na irmã nesse período do mês, ele não pode
sair de casa por sete dias. E, se o fizer, pode ter de pagar uma multa.
<br />
<br />
Como o Antigo Testamento não aceita o aborto, é crime provocá-lo, mesmo
que por acidente, mas a pena depende da gravidade da situação. <br />
<br />
Em caso de roubo e furto ou qualquer outro prejuízo ao patrimônio
alheio, a pena é o pagamento de 4 vezes o valor do bem que foi levado ou
destruído. Se a pessoa que cometeu a infração não tivesse condições de
pagar, podia ser vendida como escrava. <br />
<br />
<i><b>“Quando houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na
cidade, e se deitar com ela, então trarei ambos à porta daquela cidade, e
os apedrejareis, até que morram.” (Deuteronômio 22:23-24)</b></i></div>
</div>
<div style="background-color: white; border: medium none; overflow: hidden; text-align: left;">
<br />Leia mais em <a href="http://www.paulopes.com.br/2012/05/revista-mostra-trechos-biblicos-cuja.html#ixzz1xbKslpQa" style="color: #003399;">http://www.paulopes.com.br/2012/05/revista-mostra-trechos-biblicos-cuja.html#ixzz1xbKslpQa</a>
<br />Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem. </div>Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-6008401829835420902012-01-10T01:45:00.000-08:002012-01-10T01:45:41.710-08:00Deus bíblico pode ser fusão de vários deuses pagãos<br />
<div class="materia-titulo" style="background-color: white; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; margin-bottom: 2.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
<h1 class="entry-title" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; letter-spacing: -1px; margin-bottom: 0.25em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Matéria tirada do site globo.com, que nos dá novas pespectivas de como poderia ter sido o ambiente do Antigo Testamento. Leia! - Fabio Valim.</span></span></h1>
<div style="font-size: 12px;">
<br /></div>
<h1 class="entry-title" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 2.67em; letter-spacing: -1px; margin-bottom: 0.25em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Deus bíblico pode ser fusão de vários deuses pagãos, dizem especialistas</h1>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #666666; font-family: inherit; font-size: 1.5em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Personalidade e atributos de Javé são compartilhados com outras divindades do Oriente.<br />Pai celestial El, jovem guerreiro Baal e até 'senhora' Asherah teriam sido influências.</div>
</div>
<div class="materia-assinatura-letra" style="background-color: white; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 2em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; width: 606px;">
<div class="materia-assinatura" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; float: left; font-family: inherit; margin-bottom: 0.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; min-width: 472px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 39.33em;">
<div class="vcard author" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #666666; font-family: inherit; font-size: 0.915em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<strong class="fn" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; display: block; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0.25em;">Reinaldo José Lopes</strong><span class="adr" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="locality" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Do G1, em São Paulo</span></span></div>
</div>
<div class="materia-letra" id="box-letra" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; float: right; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #666666; float: left; font-family: Tahoma, Arial; font-size: 0.77em; min-width: 54px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: right; width: 4.5em;">
Tamanho da letra</div>
<ul style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; list-style-image: initial; list-style-position: initial; list-style-type: none; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<li class="letra-menor" style="border-bottom-color: rgb(236, 236, 236); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-color: rgb(236, 236, 236); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(236, 236, 236); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-style: initial; border-top-color: rgb(236, 236, 236); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; float: left; font-family: inherit; font-weight: bold; height: 1.92em; line-height: 1.92em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0.33em; margin-right: 0px; margin-top: 0px; min-height: 23px; min-width: 28px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; width: 2.33em;"><a href="http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL652419-9982,00-DEUS+BIBLICO+PODE+SER+FUSAO+DE+VARIOS+DEUSES+PAGAOS+DIZEM+ESPECIALISTAS.html#" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: rgb(51, 102, 153) !important; font-family: inherit; font-size: 0.915em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" title="Diminuir tamanho da letra">A-</a></li>
<li class="letra-maior" style="border-bottom-color: rgb(236, 236, 236); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-color: rgb(236, 236, 236); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(236, 236, 236); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-style: initial; border-top-color: rgb(236, 236, 236); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; float: left; font-family: inherit; font-weight: bold; height: 1.92em; line-height: 1.92em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0.33em; margin-right: 0px; margin-top: 0px; min-height: 23px; min-width: 28px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; width: 2.33em;"><a href="http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL652419-9982,00-DEUS+BIBLICO+PODE+SER+FUSAO+DE+VARIOS+DEUSES+PAGAOS+DIZEM+ESPECIALISTAS.html#" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: rgb(51, 102, 153) !important; font-family: inherit; font-size: 1.085em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" title="Aumentar tamanho da letra">A+</a></li>
</ul>
</div>
</div>
<div class="materia-conteudo entry-content" id="materia-letra" style="background-color: white; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #333333; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 2em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;">
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
A afirmação pode soar desrespeitosa para judeus ou cristãos, mas não está muito longe da verdade: Javé, o Deus do Antigo Testamento, parece ter múltiplas personalidades. Para ser mais exato, especialistas que estudam os textos bíblicos, lêem antigas inscrições encontradas nos arredores de Israel ou escavam sítios arqueólogicos estão reconhecendo a influência conjunta de diversos deuses pagãos antigos no retrato de Javé traçado pela Bíblia.<br /><br /><a href="http://g1.globo.com/Sites/Especiais/0,,9982.html" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #a80000; font-family: inherit; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;"><strong style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Leia mais notícias da série Ciência da Fé</strong> </a><br /><br />A idéia não é demonstrar que o Deus bíblico não passa de mais um personagem da mitologia. Os pesquisadores querem apenas entender como elementos comuns à cultura do antigo Oriente Próximo, e principalmente da região onde hoje ficam o estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria, contribuíram para as idéias que os antigos israelitas tinham sobre os seres divinos. As conclusões ainda são preliminares, mas há bons indícios de que Javé é uma fusão entre um deus idoso e paternal e um jovem deus guerreiro, com pitadas de outras divindades – uma delas do sexo feminino.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<br /></div>
<div class="fotoMateria box595" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; clear: both; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 595px;">
<img alt="Foto: Reprodução" class="foto" height="424" src="http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,15116506,00.jpg" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; display: block; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="595" /><div class="descricao" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #ebebeb; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #535353; font-family: inherit; font-size: 11px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 7px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 7px;">
O deus cananeu El, retratado como um pai sábio e idoso, foi muito importante nos primórdios da religião israelita (Foto: Reprodução)</div>
</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<br />O ponto de partida dessas análises é o fundo cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e adversários, os cananeus (moradores da terra de Canaã, como era chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em tempos antigos). A Bíblia retrata os israelitas como um povo quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados arqueólogicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes e cultura material – a língua de Canaã, por exemplo, era só um dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico.<br /></div>
<div class="subTitulo" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: table; font-family: inherit; font-size: 15px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="marcador" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: url(http://g1.globo.com/Portal/G1V2/img/marcador.gif); background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; float: left; font-family: inherit; font-size: 0px; height: 9px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 4px; margin-top: 5px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 9px;"> </span><span style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Memórias de Ugarit</span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica quanto a Bíblia. No entanto, poucos quilômetros ao norte de Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200 a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta semelhanças (e diferenças) impressionantes com as narrativas da Bíblia. “Por isso, Ugarit é uma parte importante do fundo cultural que, mais tarde, daria origem às tribos de Israel”, resume Christine Hayes, professora de estudos clássicos judaicos da Universidade Yale (EUA).<br /><br />Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é El – nome que quer dizer simplesmente “deus” nas antigas línguas da região, mas que também se refere a uma divindade específica, o patriarca, ou chefe de família, dos deuses. “Patriarca” é a palavra-chave: o El de Ugarit tem paralelos muito específicos com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no livro do Gênesis e personificado pelos ancestrais dos israelitas: Abraão, Isaac e Jacó.<br /><br />Nesses textos da Bíblia há, por exemplo, referências a El Shadday (literalmente “El da Montanha”, embora a expressão normalmente seja traduzida como “Deus Todo-Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus Eterno”). O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião sábio, de vida eterna.<br /><br />Tal como os patriarcas bíblicos, El é uma espécie de nômade, vivendo numa versão divina da tenda dos beduínos; e, mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes dos clãs, tal como Abraão, Isaac e Jacó: eles os protege e lhes promete uma descendência numerosa. Ora, a maior parte do livro do Gênesis é o relato da amizade de Deus com os patriarcas israelitas, guiando suas migrações e fazendo a promessa solene de transformar a descendência deles num povo “mais numeroso que as estrelas do céu”.<br /></div>
<div class="subTitulo" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: table; font-family: inherit; font-size: 15px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="marcador" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: url(http://g1.globo.com/Portal/G1V2/img/marcador.gif); background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; float: left; font-family: inherit; font-size: 0px; height: 9px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 4px; margin-top: 5px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 9px;"> </span><span style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Israel ou “Israías”?</span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Outros dados, mais circunstanciais, traçam outros elos entre o Deus do Gênesis e El: num dos trechos aparentemente mais antigos do livro bíblico, Deus é chamado pelo epíteto poético de “Touro de Jacó” (frase às vezes traduzida como “Poderoso de Jacó”), enquanto a mitologia ugarítica compara El freqüentemente a um touro. Finalmente, o próprio nome do povo escolhido – Israel, originalmente dado como alcunha ao patriarca Jacó – carrega o elemento “-el”, lembra Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP).<br /><br />“É o nome do deus cananeu, mais um indício de que Israel surge dentro de Canaã, por um processo gradual”, diz Silva. Ele argumenta que, se Javé fosse desde sempre a divindade dos israelitas, o nome desse povo seria “Israías”. Isso porque o elemento adaptado como “-ías” em português (algo como -yahu) era, em hebraico, uma forma contrata do nome “Javé”. Curiosamente, o elemento se torna dominante nos chamados nomes teofóricos (ligados a uma divindade) dados a israelitas no período da monarquia, a partir dos séculos 10 a.C. e 9 a.C.<br /><br />E esse nome (provavelmente Yahweh em hebraico; a sonoridade original foi obscurecida pelo costume de não pronunciar a palavra por respeito) é um enigma e tanto. As tradições bíblicas são um tanto contraditórias, mas pelo menos uma fonte das Escrituras afirma que Javé só deu a conhecer seu verdadeiro nome aos israelitas quando convocou Moisés para ser seu profeta e arrancar os descendentes de Jacó da escravidão no Egito. (A Moisés, Deus diz que apareceu a Abraão, Isaac e Jacó como “El Shadday”.) O problema é que ninguém sabe qual a origem de Javé, o qual nunca parece ter sido uma divindade cananéia, exatamente como diz o autor bíblico.<br /></div>
<div class="subTitulo" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: table; font-family: inherit; font-size: 15px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="marcador" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: url(http://g1.globo.com/Portal/G1V2/img/marcador.gif); background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; float: left; font-family: inherit; font-size: 0px; height: 9px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 4px; margin-top: 5px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 9px;"> </span><span style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Senhor do deserto</span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
A esmagadora maioria dos arqueólogos e historiadores modernos não coloca suas fichas no Êxodo maciço de 600 mil israelitas (sem contar mulheres e crianças) do Egito, por dois motivos: a semelhança entre Israel e os cananeus e a falta de qualquer indício direto da fuga. Mas muitos supõem que um pequeno componente dos grupos que se juntaram para formar a nação israelita tenha sido formado por adoradores de Javé, que acabaram popularizando o culto. Quem seriam esses primeiros javistas? Uma pista pode vir de alguns documentos egípcios, que os chamam de Shasu – algo como “nômades” ou “beduínos”.<br /><br />“Duas ou três inscrições egípcias mencionam um lugar chamado 'Yhwh dos Shasu', o que, para alguns especialistas, parece ser 'Javé dos Shasu'. Talvez sim, talvez não. Não temos como saber ao certo”, diz Mark S. Smith, pesquisador da Universidade de Nova York e autor do livro “The Early History of God” (“A História Antiga de Deus”, ainda sem tradução para o português).<br /><br />“É menos provável que o culto a Javé venha de dentro da Palestina e da Síria, e um pouco mais plausível que ele tenha se originado em certas regiões da Arábia”, diz Airton da Silva. Mark Smith lembra que algumas das passagens poéticas consideradas as mais antigas da Bíblia – nos livros dos Juízes e nos Salmos, por exemplo – referem-se ao “lar” de Javé em locais denominados “Teiman” ou “Paran”. Aparentemente, são áreas desérticas, apropriadas para a vida de nomadismo. “Muitos especialistas localizam essa região no que seria o noroeste da atual Arábia Saudita, ao sul da antiga Judá [parte mais meridional dos territórios israelitas]”, diz Smith.<br /></div>
<div class="fotoMateria box192" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; clear: both; float: left; font-family: inherit; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 16px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 192px;">
<a class="linkZoom" href="http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,15116508-EX,00.jpg" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #a80000; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" title="Zoom"><img alt="Foto: Reprodução " class="foto" height="253" src="http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,15116508,00.jpg" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; display: block; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="192" /><span class="boxZoom" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: url(http://g1.globo.com/Portal/G1V2/img/ico_ampliar.gif); background-origin: initial; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; cursor: pointer; display: block; font-family: inherit; height: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img alt="" height="13" src="http://g1.globo.com/Portal/globonoticias/home1024/img/ico_ampliar.gif" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="75" /></span></a><div class="descricao" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #ebebeb; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #535353; font-family: inherit; font-size: 11px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 7px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 7px;">
Baal, retratado como guerreiro (provavelmente a estatueta tinha uma lança na mão), lembra Javé por causa de sua luta contra monstros marinhos (Foto: Reprodução )</div>
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<div class="subTitulo" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: table; font-family: inherit; font-size: 15px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="marcador" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: url(http://g1.globo.com/Portal/G1V2/img/marcador.gif); background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; float: left; font-family: inherit; font-size: 0px; height: 9px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 4px; margin-top: 5px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 9px;"> </span><span style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Guerreiro divino</span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Seja como for, quando Javé entra em cena com seu “nome oficial” durante o Êxodo bíblico, a impressão que se tem é que ele já absorveu boa parte das características de um outro deus cananeu: Baal (literalmente “senhor”, “mestre” e, em certos contextos, até “marido”), um guerreiro jovem e impetuoso que acabou assumindo, na mitologia de Ugarit e da Fenícia (atual Líbano), o papel de comando que era de El.<br /><br />Indícios dessa nova “personalidade” de Deus surgem no fato de que, pela primeira vez na narrativa bíblica, Javé é visto como um guerreiro, destruindo os “carros de guerra e cavaleiros” do Faraó e, mais tarde, guiando as tribos de Israel à vitória durante a conquista da terra de Canaã. Tal como Baal, Javé é descrita como “cavalgando as nuvens” e “trovejando”. E, mais importante ainda, uma série de textos bíblicos falam de Deus impondo sua vontade contra os mares impetuosos (como no caso do Mar Vermelho, em que as águas engolem o exército egípcio por ordem divina) ou derrotando monstros marinhos.<br /><br />Há aí uma série de semelhanças com a mitologia cananéia sobre Baal, o qual derrotou em combate o deus-monstro marinho Yamm (o nome quer dizer simplesmente “mar” em hebraico) ou “o Rio” personificado. Na mitologia do Oriente Próximo, as águas marinhas eram vistas como símbolos do caos primitivo, e por isso tinham de ser derrotadas e domadas pelos deuses.<br /><br />Javé também é associado à chuva e à fertilidade da terra pelos antigos autores bíblicos – atributos que aparecem entre as funções de Baal. Há, porém, uma diferença importante entre os dois deuses: outra narrativa de Ugarit fala do assassinato de Baal pelas mãos de Mot, o deus da morte, e da ressurreição do jovem guerreiro – provavelmente uma representação mítica do ciclo das estações do ano, essencial para a agricultura, já que Baal era um deus que abençoava a lavoura.<br /><br />O lado guerreiro de Javé é talvez o mais difícil de aceitar para a sensibilidade moderna: quando os israelitas realizam a conquista da terra de Canaã, a ordem dada por Deus é de simplesmente exterminar todos os habitantes, e às vezes até os animais (embora, em alguns casos, os homens de Israel recebam permissão para transformar as mulheres do inimigo em concubinas).<br /></div>
<div class="fotoMateria box192" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; clear: both; float: left; font-family: inherit; margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 16px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 192px;">
<a class="linkZoom" href="http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,15116545-EX,00.jpg" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #a80000; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" title="Zoom"><img alt="Foto: Reprodução " class="foto" height="253" src="http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/foto/0,,15116545,00.jpg" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; display: block; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="192" /><span class="boxZoom" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: url(http://g1.globo.com/Portal/G1V2/img/ico_ampliar.gif); background-origin: initial; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; cursor: pointer; display: block; font-family: inherit; height: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img alt="" height="13" src="http://g1.globo.com/Portal/globonoticias/home1024/img/ico_ampliar.gif" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="75" /></span></a><div class="descricao" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #ebebeb; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #535353; font-family: inherit; font-size: 11px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 7px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 7px;">
Inscrição feita por ordem de Mesa, rei de Moab (país vizinho do antigo Israel): texto fala de genocídio por ordem divina, tal como se vê nos textos bíblicos (Foto: Reprodução )</div>
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<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Textos de outra nação da área, os moabitas (habitantes de Moab, a leste do Jordão) ajudam a lançar luz sobre esse costume aparentemente bárbaro. Um monumento de pedra conhecido como a estela de Mesa (nome de um rei de Moab em meados do século 9 a.C.) fala, ironicamente, de uma guerra de Mesa com Israel na qual o rei moabita, por ordem de seu deus, Chemosh, decreta o herem, ou “interdito”. E o herem nada mais é que a execução de todos os prisioneiros inimigos como um ato sagrado. Tratava-se, portanto, de um elemento cultural de toda a região.<br /></div>
<div class="subTitulo" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: table; font-family: inherit; font-size: 15px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="marcador" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: initial; background-image: url(http://g1.globo.com/Portal/G1V2/img/marcador.gif); background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; float: left; font-family: inherit; font-size: 0px; height: 9px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 4px; margin-top: 5px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; width: 9px;"> </span><span style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Lado feminino</span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
Se a “múltipla personalidade” de Javé pode ser basicamente descrita como uma combinação de El e Baal, há uma influência mais sutil, mas também perceptível, de um elemento feminino: a deusa da fertilidade Asherah, originalmente a esposa de Baal na mitologia cananéia. Normalmente, Deus se comporta de forma masculina na Bíblia, e a linguagem utilizada para falar de sua relação com os israelitas é, muitas vezes, a de um marido (Deus) e a esposa (o povo de Israel). Mas o livro bíblico dos Provérbios, bem como alguns outras fontes israelitas, apresenta a figura da Sabedoria personificada, uma espécie de “auxiliar” ou “primeira criatura” de Deus que o teria auxiliado na obra da criação do mundo.<br /><br />Segundo o texto dos Provérbios, Deus “se deleita” com a Sabedoria e a usa para inspirar atos sábios nos seres humanos. Para muitos pesquisadores, a figura da Sabedoria incorpora aspectos da antiga Asherah na maneira como os antigos israelitas viam Deus, criando uma espécie de tensão: embora o próprio Deus não seja descrito como feminino, haveria uma complementaridade entre ele e sua principal auxiliar.</div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<br /></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<br /></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: inherit; font-size: 1.166em; line-height: 1.33em; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
link: <a href="http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL652419-9982,00-DEUS+BIBLICO+PODE+SER+FUSAO+DE+VARIOS+DEUSES+PAGAOS+DIZEM+ESPECIALISTAS.html" style="font-size: 12px;">http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL652419-9982,00-DEUS+BIBLICO+PODE+SER+FUSAO+DE+VARIOS+DEUSES+PAGAOS+DIZEM+ESPECIALISTAS.html</a></div>
</div>Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-78238387769349958142011-11-09T15:15:00.000-08:002011-11-09T15:15:01.138-08:00UM POUCO DE 'O JESUS DA HISTÓRIA'<h2 style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;">O Jesus da história</span></h2><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="font-size: small;">Manuscritos, descobertas arqueológicas e uma mudança de mentalidade favorecem um avanço na reconstituição da Palestina de há 2.000 anos</span></b></span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;">Roberto Pompeu de Toledo</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><br />
</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;">(APESAR DESSE ARTIGO REMETER-SE AO ANO DE 1992, SEUS DADOS SÃO BONS.- RECOMENDA-SE. - FABIO VALIM)</span></div><div style="background-color: white;"><br />
</div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Não há quem desconheça esta história. Tem um presépio no começo, pregação e milagres no meio e, no fim, um trágico ato de solidão, humilhação e morte. Não há história mais contada, de geração em geração, mais dissecada nos livros, nem mais repisada, nas artes plásticas, nos últimos 2.000 anos. Conhecem-se detalhes ínfimos. Por exemplo, que havia um burro e urna vaca na gruta, no nascimento do menino. Quatro autorizados historiadores, Mateus, Marcos, Lucas e João, também chamados evangelistas, deixaram para nossa perpétua memória o registro de como se passaram as coisas. Por vezes tiveram mesmo o cuidado de enquadrar o relato central dentro de seu devido pano de fundo histórico, como Lucas, ao escrever que tudo começou quando o rei Herodes reinava na Judéia, sendo Quirino governador da Síria, e na ocasião em que Augusto, imperador de Roma, ordenou um censo universal. E assim poderíamos prosseguir, chegar ao fim do parágrafo em perfeita paz e excelsa glória e até encerrar o assunto por aqui, pois se a história é sobejamente conhecida não há o que acrescentar, se não fosse um detalhe: o que se concluiu até agora é falso.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Não há história mais cheia de furos, esta é a verdade. Os relatos são confusos, as zonas de sombra se sucedem, as contradições abundam. Caso se leia cada Evangelho por si, verticalmente, muito bem - cada história até que exibe certa coerência. O problema começa quando se parte para a leitura horizontal, comparando um com outro. Em Mateus, José é avisado por um anjo do próximo e auspicioso nascimento. Em Lucas, é com Maria que isso acontece. Em Mateus, o menino recém-nascido é visitado por reis magos, ou apenas "magos", como ele prefere. Já em Lucas quem o visita são pastores. Fez-se a conciliação no presépio juntando magos e pastores, e até acrescentando a eles uma vaquinha e um burrinho. Por falar nisso, de onde surgiram tais animais? Não há registro deles nos Evangelhos. A rigor, também não há registro de gruta ou estábulo. O que há é uma referência, em Lucas, a uma manjedoura, onde se colocou o bebê, "porque não havia lugar para eles na sala". O texto é obscuro, mas em todo caso fala em "sala", não em gruta ou estábulo, e dá a entender que se providenciou uma manjedoura à falta de berço, não mais que isso. O resto - uma noite passada no estábulo, à falta de alojamento na cidade, a vaca, o burro... esse resto é folclore. não registro dos Evangelhos.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Quando se compara os evangelistas com outras fontes, externas a eles, o resultado pode ser desastroso. Veja-se o caso do douto Lucas, quando dá suas coordenadas históricas - ele erra tudo. O rei Herodes, da Judéia, já havia morrido, quando Quirino passou a governar a Síria. Portanto, pelo simples e bom motivo de que não houve simultaneidade entre ambos os governos, nada pode ter acontecido quando um e outro governavam simultaneamente. E mais: não se tem notícia de censo universal algum ordenado por Augusto. É fácil concluir que estamos no meio de um cipoal. Que história era mesmo essa? Quem nasceu onde, e quando? Há enormes dificuldades, sim. Por vezes sentimo-nos perdidos na floresta, sem bússola. Mas há também uma boa notícia, para a qual se pede a gentileza da atenção do distinto público. Lá vai: nos últimos anos. tem-se registrado um notável progresso nas pesquisas sobre Jesus.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">O que se vai abordar aqui é o Jesus histórico. Que isso fique claro, de uma vez por todas. Não é o Jesus teológico. Não é o Cristo dos altares. Tampouco é o Jesus de cada um. nascido no recôndito recanto da intimidade onde brota, ou não brota, a fé. O Jesus em questão é o que nasceu, viveu e morreu na Palestina, concretamente, num determinado período histórico. Sobre esse Jesus um dos maiores estudiosos do Novo Testamento neste século, senão o maior, o alemão Rudolf Bultmann, escreveu, nos anos 20: "...já não podemos conhecer qualquer coisa sobre a vida e a personalidade de Jesus, uma vez que as primitivas fontes cristãs não demonstram interesse por qualquer das duas coisas, sendo além disso fragmentárias e muitas vezes lendárias, e não existem outras fontes". Bultmann era pessimista, como se vê, a ponto de depor as armas, no que se refere à pesquisa histórica de Jesus. Compare-se agora sua afirmação com outra, formulada em 1985 por um respeitado especialista irlandês, E.P. Sanders: "A opinião predominante em nossos dias parece consistir em que podemos conhecer muito bem o que Jesus queria dizer, que podemos saber muito sobre o que ele disse..."<br />
<br />
Que houve, entre os anos 20 e os 80, que aumentou assim a confiança nas pesquisas? Muita coisa: descobertas de manuscritos e sítios arqueológicos, uma nova mentalidade na abordagem do assunto, um rigor crescente. O otimismo que passou a contagiar os especialistas é ilustrado pelo fato de ser farta, e crescente, a produção intelectual no setor. A bibliografia é imensa. Este artigo se baseará em seis livros recentes, três saídos ou que sairão em breve no Brasil e outros três recém-publicados em língua inglesa. Um desses livros, cuja edição brasileira acaba de ser lançada, é Jesus no Judaísmo, de James H. Charlesworth, professor da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Depois de citar as opiniões acima transcritas, de Bultmann e Sanders, Charlesworth acrescenta, a respeito do avanço das pesquisas: "... o fugidio pano de fundo da vida de Jesus está agora muito mais claro do que era, mesmo há vinte anos".</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Estamos num mundo de alta erudição. De gente capaz de mergulhar num papiro em hebraico ou grego antigo e voltar à tona misturando o resultado com os recursos da moderna antropologia. Sobretudo, estamos num mundo de obcecados, de estudiosos que consagram a vida a meditar sobre um só assunto, e dos quais se exige, entre outros talentos, um tirocínio de Sherlock Holmes. Tome-se o caso da análise do professor Joel B. Green de uni versículo que aparece em Mateus e também no chamado Evangelho de Pedro, um dos vários Evangelhos ditos apócrifos, de confecção considerada tardia, ou seja, já muito distanciada da morte de Jesus, e não reconhecidos pela Igreja. O versículo refere-se ao momento em que, com Jesus já morto e sepultado, os sacerdotes dizem a Pilatos: "Ordena pois que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia, para que os discípulos não venham roubá-lo e depois digam ao povo: Ele ressuscitou dos mortos" (Mt 27:64). Mais especificamente, a questão repousa sobre um trecho que aparece idêntico, em Mateus e em Pedro: "...para que os discípulos não venham roubá-lo..." Quem copiou quem? Mateus copiou Pedro ou Pedro copiou Mateus?</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Naturalmente, a dúvida só surgiu por conta de especialistas que passaram a sustentar a tese de que, ao contrário de se tratar de um texto tardio, ou seja, já do segundo século depois de Cristo, como em geral ocorre com os apócrifos, o Evangelho de Pedro seria um documento de alto valor, cronologicamente situado ainda à frente dos quatro Evangelhos oficiais, ou canônicos, que se considera escritos mais ou menos entre os anos 70 e 100 do século 1.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Green pegou aquele fiapo de frase, "para que os discípulos não venham roubá-lo", e se pôs ao trabalho. Descobriu que a palavra "discípulo" é comum em Mateus, que a usa 73 vezes, mais do que qualquer outro dos três evangelistas canônicos. Já no Evangelho de Pedro, não aparece nenhuma outra vez. O verbo "roubar" (klepto, no original grego) aparece quatro vezes em Mateus e, de novo, nenhuma em Pedro. Enfim, a preposição "para", no sentido de "a fim de" (mepote, em grego), aparece sete outras vezes em Mateus, e apenas uma outra em Pedro. Conclusão: o cacoete verbal, ou, para ser mais elegante, o "estilo", é de Mateus. Com toda a probabilidade, é ele a matriz. Pedro, ou seja lá quem for o autor que é chamado de "Pedro", já que nunca se tem certeza das atribuições de autoria, mesmo no caso dos quatro evangelistas consagrados, copiou-o. Portanto, seu Evangelho é posterior.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Separar entre a documentação antiga o que tem valor e o que não tem é uma das trabalheiras dos pesquisadores. O público leigo em geral tem fascinação pelos evangelhos apócrifos - a fascinação de entrar num território proibido. Eles são fascinantes mesmo, pelas extravagâncias que chegam a conter. Num deles, Jesus é um menino mágico que faz passarinhos de barro e, depois de bater palmas, põe-nos a voar. Noutro, Jesus, também menino, roga uma maldição e faz cair morta uma criança que o perseguia. Outra cena de infância é mais formidável ainda. Jesus quer brincar com um grupo de crianças, mas elas fogem dele e se refugiam numa casa. Jesus chega e pergunta à dona da casa onde estão as crianças. A dona da casa, para protegê-las, diz que ali não tem crianças. O barulho que ele está ouvindo em outro cômodo é de bodes. Jesus ordena então: "Deixa os bodes saírem". A mulher vai abrir a porta do cômodo e descobrir o quê? Bodes. Jesus transformara seus desafetos em bodes, de vingança, para horror da mulher.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Com uma ou outra exceção, os apócrifos são fáceis de descartar. Trata-se de coletâneas de histórias inventadas, algumas em meios populares onde a religião ainda mal se separava da feitiçaria. Tarefa muito mais complicada, a que todos os pesquisadores do Jesus histórico se dão, é tentar discernir, nos evangelhos canônicos, o que pode ser considerado realmente de Jesus e o que é elaboração posterior. Os canônicos foram escritos a uma distância entre quarenta e setenta anos da morte de Jesus por autores que possivelmente não foram testemunhas de primeira mão de sua vida. Mesmo no caso dos dois evangelistas que são incluídos no time original dos doze apóstolos, Mateus e João, é muito discutível se foram eles mesmos, ou pelos menos aqueles mesmos Mateus e João que conheceram Jesus, os autores dos textos.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Como saber o que é "histórico" em seus relatos? Os estudiosos utilizam-se de variados critérios. Um deles, óbvio, é o da múltipla atestação. Quanto mais um episódio, ou dito de Jesus, for repetido, pelos diferentes evangelistas, mais chance tem de ser verdadeiro. Outro, mais refinado, é o do embaraço. Se um determinado episódio era embaraçoso para as lucubrações teológicas dos primeiros cristãos, e mesmo assim foi conservado nos Evangelhos, é porque deve ser verdadeiro. É o caso do batismo de Jesus por João Batista. Foi muito difícil explicar às primeiras comunidades cristãs por que o superior, isto é, Jesus, havia se deixado batizar pelo interior, isto é, o Batista. Se foi assim, e apesar disso foi consagrado nos textos, então é porque o episódio deve ser verdadeiro.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">O estudo lingüístico, que se viu na comparação entre os textos de Mateus e o Evangelho de Pedro, é um dos instrumentos que se tem para a pesquisa sobre Jesus. Outro são as descobertas arqueológicas. E entre elas nenhuma se iguala, em qualidade e fartura, aos chamados Manuscritos do Mar Morto, um conjunto de papiros achado a partir de 1947 nas cavernas da região de Qumram, no moderno Israel. e que até agora ainda não foram completamente restaurados e decifrados. Os Manuscritos do Mar Morto têm servido para muita coisa, nos últimos quarenta anos, inclusive para uma exploração sensacionalista que se situa, na imaginação popular, naquele perigoso terreno entre as previsões de Nostradamus e o segredo dos discos voadores. Na verdade, sabe-se hoje muito bem o que eles são. São uma antiga biblioteca, eis tudo - e é muito. Inclusive, no início dos anos 50, depois da descoberta dos manuscritos, escavações realizadas nas proximidades pelo padre francês Roland de Vaux trouxeram à luz uma construção que, destruída e queimada no ano 68 da nossa era, concluiu-se tratar-se sem dúvida de um antigo convento.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">A partir daí formou-se um impressionante consenso entre os especialistas - nas cavernas, os membros da seita de Qumram esconderam a biblioteca do convento. Viviam-se os dias tempestuosos da revolta judaica contra o domínio romano que resultaria, no ano 70 da nossa era, na destruição de Jerusalém. Esconder os manuscritos, acondicionados em jarras, na iminência de um ataque romano que realmente viria a varrê-los do mapa, foi a maneira que os membros da seita encontraram de preservar seus documentos para a posteridade.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">A seita em questão, muito provavelmente, é a dos essênios, cujo rastro encontra-se em muitos outros textos da antiguidade. Na biblioteca que eles esconderam nas cavernas há de livros do Velho Testamento a documentos específicos da seita, como o Manual de Disciplina, que era seguido por seus membros. Os documentos foram datados de um período que vai do ano 200 antes de Cristo até 67 depois. Ou seja: muitos deles são até contemporâneos de Jesus. Há centenas de textos completos e milhares de fragmentos, que vêm sendo pacientemente remontados por uma comissão na qual se misturam especialistas judeus e cristãos, sob a supervisão do governo israelense. Decepção: até agora, apesar de serem documentos da mesma época, não há nenhuma menção a Jesus. Isso não invalida, no entanto, o imenso valor dos textos de Qumram para o conhecimento da época e do ambiente que circundava Jesus. "Penetrar no mundo dos Manuscritos do Mar Morto equivale a mergulhar no tempo e no ambiente ideológico de Jesus", escreve Charlesworth, o já citado autor de Jesus no Judaísmo.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Os textos de Qumram revelam idéias muito próximas das de Jesus. Havia entre os membros da seita uma acentuada escatologia, por exemplo - isto é, como em Jesus, um alerta permanente contra o fim dos tempos, que se considerava iminente. Havia também uma total entrega a Deus. Esses e outros traços comuns configuram uma espécie de elo perdido do pensamento judaico entre os tempos do Velho Testamento e o advento da era cristã e sugerem entre um e outro uma transição menos abrupta do que se chegou a supor. A seita de Qumram também escancara a realidade de um judaísmo vibrante e variado, nos tempos de Jesus, tão pouco unitário que alguns autores hoje preferem falar em "judaísmos", não num judaísmo só. No entusiasmo das primeiras descobertas chegou-se a imaginar um Jesus fortemente influenciado pela doutrina dos essênios, quando não um membro da seita.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Na verdade, tanto quanto há semelhanças, há diferenças, a mais gritante das quais é a atitude perante as regras judaicas de conduta. Os essênios são ainda mais fanáticos que os fariseus na sua observância. Já Jesus, como se sabe, disse que o "sábado foi feito para o homem, não no homem para o sábado". Ele dava muito pouca importância ao rigor imobilista com que os ortodoxos mandavam guardar o dia santo, como de resto a todas as outras proibições e imposições rituais. Ou melhor: ele estava aí era para subvertê-las mesmo, num contínuo chamamento para a superioridade da pureza e da devoção interiores, não exteriores.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Em todo caso, há sinais de influência essênia em Jesus, uma das quais, relativa à expressão "pobres de espírito", uma das fórmulas enigmáticas de Jesus - a outra é "o Filho do Homem" -, configura uma conclusão de Charlesworth que se poderia classificar de espetacular. "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus", diz a primeira das bem-aventuranças, do Sermão da Montanha (Mt 5:3). Que pobres de espírito serão esses? Eis a resposta de Charlesworth: pobres de espírito, bem como pobres, "são termos técnicos, usados pelos essênios para se descreverem". O autor cita um dos documentos de Qumram, o chamado Manuscrito da Guerra, para desfiar numerosos exemplos em que os essênios chamam-se a si próprios de pobres, ou pobres de espírito, identificados como "os perfeitos do caminho", que acabarão por derrotar os iníquos.</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Outra importante descoberta de manuscritos, feita até um pouco antes, em 1945, ocorreu no Egito, na região de Nag Hammadi. Entre os 53 documentos ali encontrados, todos em copta, a língua falada no Egito, nos primeiros anos da cristandade, inclui-se o chamado Evangelho de Tomé, uma coleção de 114 ditos de Jesus, enfileirados, um atrás do outro, em que alguns vêem a tradução de um original semita talvez dos primeiros tempos. No setor das ruínas desenterradas ultimamente cite-se a casa de Cafarnaum, que Charlesworth, entre outros especialistas, está convencido tratar-se da casa de São Pedro referida nos Evangelhos, entre muitos outros motivos pelo fato de terem sido encontrados anzóis num dos seus compartimentos, exatamente um dos instrumentos de trabalho de seu presumível proprietário. "A descoberta é virtualmente inacreditável e sensacional", observa Charlesworth. Nessa casa Jesus hospedou-se e operou milagres, segundo os Evangelhos. Charlesworth enfatiza, extasiado, que com a descoberta da casa de Pedro tem-se "o mais antigo santuário cristão já desenterrado em qualquer parte".</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Fique-se por aqui, embora houvesse ainda muito o que enumerar, em matéria de descobertas. Acrescente-se apenas que a elas juntou-se nos últimos anos uma nova e muito produtiva mentalidade, a de analisar Jesus à luz do ambiente, dos documentos e da cultura judaica em que, naturalmente, estava imerso, algo que, por mais óbvio, não se fazia, por preconceito ou rivalidade religiosa. A soma de tudo isso é auspiciosa. Um escritor inglês do qual adiante se falará mais extensamente. A.N. Wilson, autor de outra das obras saídas por estes dias - Jesus, a Life -, chega a afirmar: "O mundo de Jesus tem sido colocado num foco mais preciso por nossa geração do que por qualquer outra geração anterior, desde o ano de 70 desta era". O ano 70, como já se recordou, é o da arrasadora repressão promovida pelos romanos contra os judeus. De alguma forma, fisicamente, o mundo de Jesus morreu aí. Ao mesmo tempo, segundo prossegue Wilson, a fé católica enveredou por seu "caminho curioso", caracterizado por muito "pouco interesse nas origens semitas de Jesus e ainda menor conhecimento delas". Afinal, quem era Jesus? E por que incomodava tanto a ponto de ser condenado a morrer na cruz?</span></div><div style="background-color: white;"><span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><br />
</span></div><div style="background-color: white;"><a href="http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/251202/religiao_1992.html">http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/251202/religiao_1992.html</a></div>Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-42365806300120041272011-08-15T10:17:00.000-07:002011-08-15T10:17:32.526-07:00COMO JESUS FOI CRUCIFICADO - NOVAS EVIDENCIAS<span class="Apple-style-span" style="background-color: #fff9ee; color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 21px;"></span><br />
<div id="materiaTopo" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 20px; padding-left: 20px; padding-right: 0px; padding-top: 20px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><h2 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 28px; font: normal normal bold 12px/normal Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 10px; position: relative; text-decoration: none; text-transform: uppercase; vertical-align: baseline;">COMO JESUS FOI CRUCIFICADO?</h2><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #5d5d5d; font-family: Georgia, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 22px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; position: relative; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Arqueólogos sugerem que Cristo estaria sentado na cruz com as pernas flexionadas, sem uma coroa de espinhos e nu</h3><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #5d5d5d; display: block; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 12px; font-style: italic; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Rodrigo Cardoso</span></div><div id="divCompleta" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 24px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 20px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"></span></div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="img2.jpg" src="http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_1555713336706522.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0976563) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-color: rgb(238, 238, 238); border-left-style: solid; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(238, 238, 238); border-right-style: solid; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-color: rgb(238, 238, 238); border-top-style: solid; border-top-width: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0976563) 1px 1px 5px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Credito: " /></div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Não é exagero afirmar que a cruz é o alicerce do cristianismo. Instrumento dantesco na mão dos romanos, utilizado como pena capital contra escravos e revoltosos, ela ganhou contornos de altruísmo por volta das 15h da Sexta-feira da Paixão do ano 30, quando Jesus de Nazaré teria morrido pendurado em duas estacas de oliveiras nodosas em forma de “t”. Seus discípulos não estariam ao pé do calvário. Mas as primeiras linhas escritas pelos quatro evangelistas para perpetuar os ensinamentos desse homem que cresceu na Galileia relatavam justamente os episódios de sua Paixão e morte.</div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Não é de se estranhar, portanto, que, quase dois mil anos depois, a iconografia símbolo do cristianismo esteja apoiada na figura de um Jesus magro e frágil, com barba, pouca roupa, coroa de espinhos e preso a uma cruz pelas palmas das mãos e peitos dos pés. Mas essa imagem de Cristo no ato de seu suplício estaria fiel à história? “Não”, opina o especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém Rodrigo Pereira da Silva. “Acredito na hipótese de que Jesus tenha sido crucificado sentado, apoiado em uma madeira que existia na cruz abaixo de seu quadril, com as pernas dobradas para a direita, nu e sem a coroa de espinhos”, diz.</div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), Silva faz essa afirmação baseado, principalmente, em pistas deixadas pelos textos bíblicos e pela literatura romana. O acesso a especulações sobre a real posição de Jesus na cruz (leia quadro) tem sido cada vez mais possível graças a algumas obras escritas por especialistas em religião do Oriente Médio. Lançadas recentemente, elas trazem a discussão em torno dessa questão, difundida no meio acadêmico, para perto do grande público.</div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Em “Os Últimos Dias de Jesus – a Evidência Arqueológica” (Ed. Landscape), o arqueólogo Shimon Gibson, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), escreve que, “para prolongar a agonia e o momento da morte, os romanos posicionavam a vítima em uma espécie de assento de madeira, ou suporte de forquilha, na metade inferior da cruz”. Havia um motivo. Sem essa espécie de apoio, o corpo tombaria e a morte por asfixia ocorreria mais rapidamente. A intenção, portanto, era dar à vítima a possibilidade de ela respirar para que tivesse uma sobrevida e sofresse por mais tempo antes da morte.</div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">“A pessoa morre mais lentamente por asfixia dolorosa, porque os músculos do diafragma vão parando de funcionar até que ela deixe de respirar”, explica John Dominic Crossan, professor de estudos bíblicos da Universidade DePaul (EUA), no livro “Em Busca de Jesus” (Ed. Paulinas). Esse tipo de assento é descrito, ainda, pelo historiador espanhol Joaquín Gonzalez Echegaray, do Instituto Bíblico e Arqueológico de Jerusalém, em “Arqueología y Evangelios” (Ed. Verbo Divino), como uma espécie de “conforto” com objetivo cruel.</div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Detalhes de como os braços e as pernas de Cristo foram posicionados não são fornecidos pelos evangelistas. “Os soldados romanos, que teriam o que falar, não tinham interesse. E os discípulos, que deveriam escrever, não tinham os dados”, diz Pedro Lima Vasconcellos, professor de pós-graduação de ciências da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. As pistas, então, são fornecidas pela ciência.</div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Em 1968, uma ossada de um homem que viveu no século I foi encontrada em Jerusalém. Sua cartilagem próxima ao calcanhar direito apresentava um prego de ferro de 11,5 cm de comprimento preso a uma madeira. É a única vítima de crucificação descoberta por arqueólogos até hoje. “Se trabalharmos com a hipótese de que um único prego estaria atravessando os dois pés, pela forma como a ossada foi encontrada, as pernas estariam flexionadas para a direita”, diz Silva, da Unasp. Segundo o historiador André<b style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #a0ffff; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Chevitarese</b>, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o que há de histórico no relato da Paixão de Cristo são a prisão e a crucificação. “O que ocorreu no meio e depois são relatos teológicos que passam pelo exercício da fé”, diz ele. “Se ele morreu pregado ou amarrado, estendido ou sentado são detalhes para aumentar ou diminuir a dramaticidade.”</div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Milhares de crucificações foram patrocinadas pelos romanos. A de Jesus foi a única que se perpetuou. Como pode um herói morrer de uma forma tão humilhante e seu nome viajar por gerações? Para a ciência, ele ainda é um quebra-cabeça com muitas peças desaparecidas. Mas não há mistério em um ponto: ele deu novo significado à cruz, hoje objeto de salvação e conforto espiritual, não de tormento.</div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: x-small; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: red; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><strong style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: red; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">CRISTO NA CRUZ </strong></span><br style="font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" />Com base em descobertas arqueológicas, escritos dos evangelistas e na literatura romana, especialistas sugerem como Jesus teria passado as últimas três horas de vida na Terra</span></div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: x-small; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="img1.jpg" src="http://content-portal.istoe.com.br/istoeimagens/imagens/mi_1555694085089615.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0976563) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-color: rgb(238, 238, 238); border-left-style: solid; border-left-width: 0px; border-right-color: rgb(238, 238, 238); border-right-style: solid; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-color: rgb(238, 238, 238); border-top-style: solid; border-top-width: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0976563) 1px 1px 5px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;" title="Credito: " /></span></div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: x-small; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><br />
</span></div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: x-small; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">ESTE MATERIAL FOI RETIRADO DO SITE DA ''ISTO É''. LINK A SEGUIR:</span></div><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: 16px; line-height: 20px; margin-bottom: 17px; margin-top: 17px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; font-family: 'Trebuchet Ms', 'Times New Roman'; font-size: x-small; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><a href="http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:IzLta9dXc3UJ:www.istoe.com.br/reportagens/62060_COMO%2BJESUS%2BFOI%2BCRUCIFICADO%2B+andre+chevitarese&cd=48&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br" style="color: #993300; text-decoration: none;">http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:IzLta9dXc3UJ:www.istoe.com.br/reportagens/62060_COMO%2BJESUS%2BFOI%2BCRUCIFICADO%2B+andre+chevitarese&cd=48&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br</a></span></div></div>Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-8071936902947303872011-07-27T18:02:00.000-07:002011-07-27T18:02:29.515-07:00Em busca do Jesus Histórico - 1<span class="Apple-style-span" style="color: #515151; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 24px; font-weight: bold;"><a href="http://maniadehistoria.wordpress.com/o-jesus-historico/" rel="bookmark" style="border-bottom-color: silver; border-bottom-style: none; border-bottom-width: 1px; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; color: #515151; text-decoration: none;" title="Read O JESUS HISTÓRICO">O JESUS HISTÓRICO</a></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div class="entry" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em;"><a href="http://maniadehistoria.files.wordpress.com/2009/11/jesus_de_nazare.jpg" style="border-bottom-color: silver; border-bottom-style: dotted; border-bottom-width: 1px; color: #515151; text-decoration: none;"><img alt="" class="alignnone size-full wp-image-1965" height="400" src="http://maniadehistoria.files.wordpress.com/2009/11/jesus_de_nazare.jpg?w=277&h=400" style="border-bottom-style: none; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: 0px; border-right-style: none; border-right-width: 0px; border-top-style: none; border-top-width: 0px;" title="jesus_de_nazaré" width="277" /></a><br />
Jesus antes de Cristo</div><div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em;">Numa incrível viagem à Palestina do século 1, historiadores e arqueólogos reconstituem com era a vida do homem comum que se tornou o filho de Deus para os mais de 2 bilhões de cristãos<br />
por Rodrigo Cavalcante</div><div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em;">Cristo está em toda parte: nas obras mais importantes da história da arte, nos roteiros de Hollywood, nos letreiros luminosos de novas igrejas, nas canções evangélicas em rádios gospel, nos best-sellers de auto-ajuda, nos canais de televisão a cabo, nos adesivos de carro, nos presépios de Natal. Onde você estiver, do interior da floresta amazônica às montanhas geladas do Tibete, sempre será possível deparar com o símbolo de uma cruz, pena de morte comum no Império Romano à qual um homem foi condenado há quase 2 mil anos. Para mais de 2 bilhões de pessoas esse homem era o próprio messias (“Cristo”, do grego, o ungido) que ressuscitara para redimir a humanidade.<br />
Embora o mundo inteiro (inclusive os não-cristãos) esteja familiarizado com a imagem de Cristo, até há bem pouco tempo os pesquisadores eram céticos quanto à possibilidade de descobrir detalhes sobre a vida do judeu Yesua (Jesus, em hebraico), o homem de carne e osso que inspirou o cristianismo. “Isso está começando a mudar”, diz o historiador André <b style="background-color: #a0ffff; color: black;">Chevitarese</b>, professor de História Antiga da Universidade Federal do Rio de Janeiro e um dos especialistas no Brasil sobre o “Jesus histórico” – o estudo da figura de Jesus na história sem os constrangimentos da teologia ou da fé no relato dos evangelhos. Embora tragam detalhes do que teria sido a vida de Jesus, os evangelhos são considerados uma obra de reverência e não um documento histórico.<b style="background-color: #a0ffff; color: black;">Chevitarese</b> e outros pesquisadores acreditam que, apesar de não existirem indícios materiais diretos sobre o homem Jesus, arqueólogos e historiadores podem ao menos reconstituir um quadro surpreendente sobre o que teria sido a vida de um líder religioso judeu naquele tempo, respondendo questões intrigantes sobre o ambiente e o cotidiano na Palestina onde ele vivera por volta do século I.<br />
Nazaré, entre 6 e 4 a.C.<br />
Uma aldeia agrícola com menos de 500 habitantes, cuja paisagem é pontuada por casas pobres de chão de terra batida, teto de estrados de madeira cobertos com palha, muros de pedras coladas com uma argamassa de barro, lama ou até de uma mistura de esterco para proteger os moradores da variação da temperatura no local. Segundo os arqueólogos, essa é a cidade de Nazaré na época em que Jesus nasceu, provavelmente entre os anos 6 e 4 a.C., no fim do reinado de Herodes. Isso mesmo: segundo os historiadores, Jesus deve ter nascido alguns anos antes do ano 1 do calendário cristão. “As pessoas naquele tempo não contavam a passagem do tempo como hoje, por meio da indicação do ano”, explica o historiador da Unicamp Pedro Paulo Funari. “O cabeçalho dos documentos oficiais da época trazia apenas como indicação do tempo o nome do regente do período, o que leva os pesquisadores a crer que Jesus teria nascido anos antes do que foi convencionado.”<br />
Se você também está se perguntando por que os historiadores buscam evidências do nascimento de Jesus na cidade de Nazaré – e não em Belém, cidade natal de Jesus, de acordo com os evangelhos de Mateus e Lucas –, é bom saber que, para a maioria dos pesquisadores, a referência a Belém não passa de uma alegoria da Bíblia. Na época, essa alegoria teria sido escrita para ligar Jesus ao rei Davi, que teria nascido em Belém e era considerado um dos messias do povo judeu. Ou seja: a alcunha “Jesus de Nazaré” ou “nazareno” não teria derivado apenas do fato de sua família ser oriunda de lá, como costuma ser justificado.<br />
Mesmo que os historiadores estejam certos ao afirmarem que o nascimento em Belém seja apenas uma alegoria bíblica, o entorno de uma casa pobre na cidade de Nazaré daquele tempo não deve ter sido muito diferente do de um estábulo improvisado como manjedoura. Como a residência de qualquer camponês pobre da região, as moradias eram ladeadas por animais usados na agricultura ou para a alimentação de subsistência. A dieta de um morador local era frugal: além do pão de cada dia (no formato conhecido no Brasil hoje como pão árabe), era possível contar com azeitonas (e seu óleo, o azeite, usado também para iluminar as casas), lentilhas, feijão e alguns incrementos como nozes, frutas, queijo e iogurte. De acordo com os arqueólogos, o consumo de carne vermelha era raro, reservado apenas para datas especiais. O peixe era o animal consumido com mais freqüência pela população, seco sob o sol, para durar. A maioria dos esqueletos encontrados na região mostra deficiência de ferro e proteínas. Essa parca alimentação é coerente com relatos como o da multiplicação dos pães, no Evangelho de Mateus, no qual os discípulos, preocupados com a fome de uma multidão que seguia Jesus, mostram ao mestre cinco pães e dois peixes, todo o alimento de que dispunham.<br />
Se alguém presenciasse o nascimento de Jesus, provavelmente iria deparar com um bebê de feições bem diferentes da criança de pele clara que costuma aparecer nas representações dos presépios. Baseados no estudo de crânios de judeus da época, pesquisadores dizem que a aparência de Jesus seria mais próxima da de um árabe (de cabelos negros e pele morena) que da dos modelos louros dos quadros renascentistas. Seu nome, Jesus, uma abreviação do nome do herói bíblico Josué, era bastante comum em sua época. Ainda na infância, deve ter brincado com pequenos animais de madeira entalhada ou se divertido com rudimentares jogos de tabuleiro incrustados em pedras. Quanto à família de Jesus, os pesquisadores não acreditam que ele tenha sido filho único. Afinal, era comum que famílias de camponeses tivessem mais de um filho para ajudarem na subsistência da família. Isso poderia explicar o fato de os próprios evangelhos falarem em irmãos de Jesus, como Tiago, José, Simão e Judas. “As igrejas Ortodoxa e Católica preferiram entender que o termo grego adelphos, que significa irmão, queria dizer algo próximo de discípulo, primo”, diz<b style="background-color: #a0ffff; color: black;">Chevitarese</b>.<br />
Assim como outros jovens da Galiléia, é provável que ele não tenha tido uma educação formal ou mesmo a chance de aprender a ler e escrever, privilégio de poucos nobres. Ainda assim, nada o impediria de conhecer profundamente os textos religiosos de sua época transmitidos oralmente por gerações.<br />
Política, religião e sexo<br />
Desde aquele tempo, a região em que Jesus vivia já era, digamos, um tanto explosiva. O confronto não se dava, é claro, entre judeus e muçulmanos (o profeta Maomé só iria receber sua revelação mais de cinco séculos depois). A disputa envolvia grupos judaicos e os interesses de Roma, cujo império era o equivalente, na época, ao que os Estados Unidos são hoje. E, assim como grupos religiosos do Oriente Médio resistem atualmente à ocidentalização dos seus costumes, diversos grupos judaicos da época se opunham à influência romana sobre suas tradições. Na verdade, fazia séculos que os judeus lutavam contra o domínio de povos estrangeiros. Antes de os romanos chegarem, no ano 63 a.C., eles haviam sido subjugados por assírios, babilônios, persas, macedônios, selêucidas e ptolomeus. Os judeus sonhavam com a ascensão de um monarca forte como fora o rei Davi, que por volta do século 10 a.C. inaugurara um tempo de relativa estabilidade. Não à toa, Davi ficaria lembrado como o messias (ungido por Javé) e, assim como ele, outros messias eram aguardados para libertar o povo judeu (veja quadro na pág. 33).<br />
A resistência aos romanos se dava de maneiras variadas. A primeira delas, e mais feroz, era identificada como simples banditismo. Nessa categoria estavam bandos de criminosos formados por camponeses miseráveis que atacavam comerciantes, membros da elite romana ou qualquer desavisado que viajasse levando uma carga valiosa.<br />
Além do banditismo, havia a resistência inspirada pela religião, principalmente a dos chamados movimentos apocalípticos. De acordo com os seguidores desses movimentos, Israel estava prestes a ser libertado por uma intervenção direta de Deus que traria prosperidade, justiça e paz à região. A questão era saber como se preparar para esse dia.<br />
Alguns grupos, como os zelotes, acreditavam que o melhor a fazer era se armar e partir para a guerra contra os romanos na crença de que Deus apareceria para lutar ao lado dos hebreus. Para outros grupos, como os essênios, a violência era desnecessária e o melhor mesmo a fazer era se retirar para viver em comunidades monásticas distantes das impurezas dos grandes centros. E Jesus, de que lado estava?<br />
É quase certo que Jesus tenha tido contato com ao menos um líder apocalíptico de sua época, que preparava seus seguidores por meio de um ritual de imersão nas águas do rio Jordão. Se você apostou em João Batista, acertou.<br />
O curioso é que, para a maioria dos pesquisadores, incluindo aí o padre católico John P. Meier, autor da série sobre o Jesus histórico chamada Um Judeu Marginal, o movimento apocalíptico de João Batista deve ter sido mais popular, em seu tempo, do que a própria pregação de Jesus. Os historiadores acreditam que é bem provável que Jesus, de fato, tenha sido batizado por João Batista nas margens do rio Jordão, e que o encontro deve ter moldado sua missão religiosa dali em diante.<br />
Apesar de não haver nenhuma restrição para que um líder religioso judeu tivesse relações com mulheres em seu tempo, ninguém sabe ainda se entre as práticas espirituais de Jesus estaria o celibato. Da mesma forma, afirmar que ele teve relações com Maria Madalena, como no enredo de livros como O Código Da Vinci, também não passaria de uma grande especulação.</div><div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em;">Uma morte marginal<br />
O pesquisador Richard Horsley, professor de Ciências da Religião da Universidade de Massachusetts, em Boston, é categórico: a morte de Jesus na cruz em seu tempo foi muito menos perturbadora para o Império Romano do que se costuma imaginar. Horsley e outros pesquisadores desapontam os cristãos que imaginam a crucificação como um evento que causara, em seu tempo, uma comoção generalizada, como naquela cena do filme O Manto Sagrado em que nuvens negras escurecem Jerusalém e o mundo parece prestes a acabar. Apesar de ter sido uma tragédia para seus seguidores e familiares, a morte do judeu Yesua deve ter passado praticamente despercebida para quem vivia, por exemplo, no Império Romano. Ou seja: se existisse uma rede de televisão como a CNN, naquele tempo, é bem possível que a morte de Jesus sequer fosse noticiada. E, caso fosse, dificilmente algum estrangeiro entenderia bem qual a diferença da mensagem dele em meio a tantas correntes do judaísmo do período – assim como poucas pessoas no Ocidente compreendem as diferenças entre as diversas correntes dentro do Islã ou do budismo.<br />
Os pesquisadores sabem, no entanto, que Jesus não deve ter escolhido por acaso uma festa como a Páscoa para fazer sua pregação em Jerusalém. A data costumava reunir milhares de pessoas para a comemoração da libertação do povo hebreu do Egito. No período que antecedia a festa, o ar tornava-se carregado de uma forte energia política. Era quando os judeus pobres sonhavam com o dia em que conseguiriam ser libertados dos romanos.<br />
Para a elite judaica que vivia em Jerusalém, contudo, as manifestações anti-Roma não eram nada bem-vindas. Afinal, como ela se beneficiava da arrecadação de impostos da população de baixa renda, boa parte dela tinha mais a perder que a ganhar com revoltas populares que desafiassem os dirigentes romanos, cujos estilos de vida eram copiados por meio da construção de suntuosas vilas (espécie de chácaras luxuosas) nas cercanias de Jerusalém.<br />
A própria opulência do Templo do Monte de Jerusalém, reconstruído por Herodes, o Grande, parecia uma evidência de que a aliança entre os romanos e os judeus seria eterna. A construção era impressionante até mesmo para os padrões romanos, o que fazia de Jerusalém um importante centro regional em sua época.<br />
Em meio às festas religiosas, o comércio da cidade florescia cada vez mais. Vendia-se de tudo por lá, incluindo animais para serem sacrificados no templo. Os mais ricos podiam comprar um cordeiro para ser sacrificado e quem tivesse menos dinheiro conseguia comprar uma pomba no mercado logo em frente. A cura de todos os problemas do corpo e da alma (na época, as doenças eram relacionadas à impureza do espírito) passava pela mediação dos rituais dos sacerdotes do templo.<br />
Não é difícil imaginar a afronta que devia ser para esses líderes religiosos ouvir que um judeu rude da Galiléia curava e livrava as pessoas de seus pecados com um simples toque, sem a necessidade dos sacerdotes. A maioria dos pesquisadores concorda que atos subversivos como esses seriam suficientes para levar alguém à crucificação.<br />
Quase tudo o que os pesquisadores conhecem sobre a crucificação deve-se à descoberta, em 1968, do único esqueleto encontrado de um homem crucificado em Giv’at há-Mivtar, no nordeste de Jerusalém. Após uma análise dos ossos, eles concluíram que os calcanhares do condenado foram pregados na base vertical da cruz, enquanto os braços haviam sido apenas amarrados na travessa. A raridade da descoberta deve-se a um motivo perturbador: a pena da crucificação previa a extinção do cadáver do condenado, já que o corpo do crucificado deveria ser exposto aos abutres e aos cães comedores de carniça. A idéia era evitar que o túmulo do condenado pudesse servir de ponto de peregrinação de manifestantes. De qualquer forma, a descoberta desse único esqueleto preservado prova que, em alguns casos, o corpo poderia ser reivindicado pelos parentes do morto, o que talvez tenha acontecido com Jesus.<br />
O que aconteceu após sua morte? Para os pesquisadores, a vida do Jesus histórico encerra-se com a crucificação. “A ressurreição é uma questão de fé, não de história”, diz Richard Horsley.<br />
Tudo o que os historiadores sabem é que, apesar de pequeno, o grupo de seguidores de Jesus logo conseguiria atrair adeptos de diversas partes do mundo. E foi um dos novos convertidos, um ex-soldado que havia perseguido cristãos e ganhara o nome de Paulo, que se tornaria uma das pedras fundamentais para a transformação de Jesus em um símbolo de fé para todo o mundo. Com sua formação cosmopolita, Paulo lutou para que os seguidores de Jesus trilhassem um caminho independente do judaísmo, sem necessidade de obrigar os convertidos a seguirem regras alimentares rígidas ou, no caso dos homens, ser obrigados a fazer a circuncisão. A influência de Paulo na nova fé é tão grande que há quem diga que a mensagem de Jesus jamais chegaria aonde chegou caso ele não houvesse trabalhado com tanto afinco para sua difusão.<br />
Mesmo para quem não acredita em milagres, não há como negar que Paulo e os outros seguidores de Jesus conseguiram uma proeza e tanto: apenas três séculos após sua morte, transformaram a crença de uns poucos judeus da Palestina do século I na religião oficial do Império Romano. Por essa época, a vida do judeu Yesua já havia sido encoberta pela poderosa simbologia do Cristo: assim como os judeus sacrificavam cordeiros para Javé, o Cristo se tornaria símbolo do cordeiro enviado por Deus para tirar os pecados do mundo. Desde então, a história de boa parte do mundo está dividida entre antes e depois de sua existência.</div><div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em;">Escavando Jesus<br />
Dois mil anos embaixo da terra<br />
Objetos de cozinha, brinquedos, ferramentas de trabalho e documentos: escavações na Palestina, Iraque, Roma e Turquia revelam como era a vida no tempo de Jesus<br />
Diversão infantil<br />
Conhecidos desde o século 7 a.C., bonecos de barro com formas de animais eram brinquedos comuns na Galiléia, no tempo de Jesus<br />
IlUminação<br />
A luz interna das casas era feita por lamparinas a óleo – como esta, encontrada ao norte do atual Israel<br />
Passatempo<br />
Encontrado em Hazor, cidade bíblica no norte da Palestina, o jogo tinha tabuleiro de pedra e peões e dados feitos de ossos<br />
Antes do plástico<br />
Potes de cerâmica serviam para quase tudo. Estes, menores e com alças, achados em Megido, tinham vestígios de vinho<br />
À mesa<br />
A decantadeira de cerâmica – achada em 1905, no atual Israel – era usada para servir vinho, cerveja ou azeite<br />
Oliveira<br />
Moinhos como esse, em Cafarnaum, na Galiléia, movidos por tração humana ou animal, eram usados para obter azeite<br />
Despensa<br />
Jarros maiores de cerâmica serviam para guardar comida, principalmente grãos como a cevada e o trigo<br />
Âncoras de pedra<br />
Feitas no século 1 e achadas no mar da Galiléia, estas foram usadas por pescadores e comerciantes<br />
Barco<br />
Achado no mar da Galiléia e datado do século 1, esse era o modelo mais comum entre os pescadores<br />
Manuscritos<br />
A escrita era para poucos. E a maioria dos textos eram religiosos. Como o “Fragmento Trever”, parte dos Manuscritos do Mar Morto<br />
Sandálias<br />
Como estas, achadas em Massada (Israel), tinham solado e palmilhas de couro e cadarços de tecido<br />
Tinteiro<br />
De cerâmica, feito no século 1, encontrado numa das cavernas de Qumram<br />
Fé e poder<br />
Jerusalém era o centro religioso e político dos judeus. Lá foi encontrado o mais antigo desenho da menorá, do século o 1 a.C.<br />
Graal<br />
Feitos (adivinhem!) de cerâmica, estes eram os copos usados no século 1<br />
Dinheiro<br />
Moeda de bronze do reino de Herodes, o Grande, do século 1 a.C.<br />
Crucificação<br />
Parte de osso do calcanhar perfurado por prego de ferro, datado do século 1<br />
Ver o peso<br />
Caneca de pedra usada como medida no mercado de Jerusalém</div><div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em;">Nossa Senhora de Ísis<br />
De onde pode ter se originado uma das mais belas imagens cristãs<br />
Se você acha que conhece a imagem ao lado, é bom dar uma olhada com um pouco mais de atenção. À primeira vista, ela parece, de fato, representar a Nossa Senhora embalando o menino Jesus. Mas não é. A imagem da estátua é uma representação da deusa egípcia Ísis oferecendo o peito a seu filho Hórus. Apesar de não haver como provar que as imagens de Nossa Senhora tenham sido inspiradas diretamente em representações como essa, os pesquisadores sabem que o cristianismo sofreu, em seus primórdios, a influência de diversos cultos que faziam parte dos mundos egípcio e greco-romano. “Desde seu início, o cristianismo tinha uma diversidade assombrosa”, diz o professor de Teologia Gabriele Cornelli, da Universidade de Brasília. Na região do Egito, por exemplo, prevalecera o chamado cristianismo gnóstico, cujos textos revelam um Jesus bem mais parecido com um monge oriental. Alguns historiadores acreditam até que alguns cristãos gnósticos possam ter sido influenciados por missionários budistas vindos da Índia.<br />
O luxo que vem de Roma<br />
Diferentemente de Jesus, nobres judeus viviam muito bem, obrigado<br />
Para a elite judaica que vivia na Palestina do século I, levar uma vida com requinte e elegância era sinônimo de viver como os romanos. Escavações arqueológicas em Jerusalém e outras cidades indicam uma clara influência da arquitetura e da decoração de Roma no interior das mansões. Para criar uma atmosfera palaciana, era comum, no interior das casas, a reprodução de afrescos e desenhos decorativos com motivos florais e geométricos. Em ambientes maiores, as colunas no estilo romano eram indispensáveis, assim como o uso de mármore para o acabamento dos detalhes – quem não podia pagar pelo mármore usava uma tinta de cor parecida para manter a aura palaciana. Fontes, vasos vitrificados e pisos de mosaico colorido também faziam parte do sonho de consumo dos novos ricos de Jerusalém, que costumavam receber os amigos influentes recostados confortavelmente no triclinium, espécie de divã usado na hora das refeições. Resquícios da importação de vinhos e outros ingredientes nobres da cozinha mediterrânea, como o garum, um molho especial de peixe típico da cidade de Pompéia, também foram encontrados no interior das mansões. Algumas delas deviam ter uma vista privilegiada para o Templo de Jerusalém, de onde os nobres podiam assistir confortavelmente à movimentação dos peregrinos ou mesmo à condenação à morte de rebeldes judeus.<br />
Os outros messias<br />
Os líderes religiosos judeus que não emplacaram na história<br />
Na época de Jesus, a figura do messias esperado para libertar o povo judeu era muito diferente da nossa atual concepção do messias cristão. Para início de conversa, o messias do povo hebreu não precisava ser nenhum santo. Podia ter várias mulheres (como tivera o rei Davi) e devia empregar a violência, caso fosse necessário, para garantir a autonomia do povo hebreu frente a seus inimigos. Não é à toa que, décadas antes e depois da morte de Jesus, diversos outros homens identificados como messias lideraram movimentos religiosos na região. Por volta do ano 4 a.C., por exemplo, um homem conhecido como Judas, filho de Ezequias, liderou uma revolta contra Herodes na cidade de Séforis, na Galiléia. Judas e seus seguidores chegaram a invadir um palacete na cidade para roubar armas para seu exército de oposição aos romanos. No mesmo ano, outras revoltas foram desencadeadas pelos líderes messiânicos Simão e Astronges. O principal objetivo desses movimentos era derrubar a dominação romana e restaurar os ideais tradicionais do povo hebreu. Na década de 60 do século I, o líder Simão Bar Giora organizou um exército de camponeses que chegou a assumir o controle de diversas regiões da Palestina daquele século. De acordo com os historiadores, o último e mais famoso líder messiânico a comandar uma revolta contra os romanos na região foi o judeu Bar Kokeba. Entre os anos 132 e 135, Kokeba teria liderado uma batalha sem precedentes contra os romanos, conquistando territórios por meio de uma tática de guerrilha que incluía esconderijos em cavernas e construção de fortalezas em montanhas. A rebelião somente foi aniquilada depois que o poderoso Exército romano mobilizou uma força maciça para pôr fim à guerra que se arrastava pelo terceiro ano. Não deixa de ser emblemático o fato de que o pacífico Jesus de Nazaré tenha ficado para a história como o “verdadeiro messias” – logo ele, que nunca liderara um exército.<br />
Saiba mais<br />
Livros<br />
Excavating Jesus – Beneath the Stones, Behind the Texts, John Dominic Crossan e Jonathan L. Reed, HarperSanFrancisco, 2002<br />
O diferencial do livro está no fato de ele trazer as descobertas arqueológicas mais importantes para que se possa entender como era a vida no tempo de Jesus<br />
Bandidos, Profetas e Messias, Richard A. Horsley e John S. Hansom, Paulus, 1995<br />
O melhor guia para quem quer compreender os diversos movimentos religiosos e políticos no tempo de Jesus<br />
Jesus, uma Biografia Revolucionária, John Dominic Crossan, Imago, 1995<br />
Um retrato fascinante sobre o que podemos saber sobre a figura histórica de Jesus escrito por um dos maiores especialistas sobre o tema<br />
Um Judeu Marginal – Repensando o Jesus Histórico, John P. Meier, Imago, 1992<br />
Uma obra corajosa sobre a vida marginal de Jesus em seu tempo escrita com rigor, erudição e clareza<br />
Jesus de Nazaré, uma Outra História, André <b style="background-color: #a0ffff; color: black;">Chevitarese</b>, Gabriele Cornelli, Mônica Selvatici (orgs.), Annablume Editora, 2006<br />
Coletânea de artigos dos maiores especialistas brasileiros sobre o Jesus histórico<br />
Jesus, Coleção Para Saber Mais, Rodrigo Cavalcante e André <b style="background-color: #a0ffff; color: black;">Chevitarese</b>, Editora Abril, 2003<br />
Introdução rápida sobre a figura do Jesus na história escrita pelo autor desta reportagem em parceria com o historiador André <b style="background-color: #a0ffff; color: black;">Chevitarese</b></div><div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em;"><b style="background-color: #a0ffff; color: black;">ESSE MATERIAL FOI TIRADO DO BLOG ''MANIA DE HISTÓRIA''</b></div><div style="margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1em;"><b style="background-color: #a0ffff; color: black;">LINK:</b></div></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px;"><a href="http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:TIasTtA-gCIJ:maniadehistoria.wordpress.com/o-jesus-historico/+andre+chevitarese&cd=26&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br">http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:TIasTtA-gCIJ:maniadehistoria.wordpress.com/o-jesus-historico/+andre+chevitarese&cd=26&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br</a></span>Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-37598567808026831422011-07-27T17:56:00.000-07:002011-07-27T17:56:30.327-07:00SOBRE O MATERIAL DO BLOGMEUS QUERIDOS,<br />
<br />
estarei postando alguns materiais que eu entendo que são de muito boa qualidade para ser analisados e apreciados por todos. uma boa parte desse material não serão de minha autoria e nem representam meu inteiro pensamento sobre a questão, mas com certeza tem no material algo muito bom.<br />
Todos esses materiais que não foram produzidos por mim terão a devida autoria citada e o link de acesso do original também publicado aqui. quando for algo de fora da net, terá a devida bibliografia citada.<br />
Apesar de o que acabei de escrever não parecer mais que a minha obrigação, esse tipo de ética pouco se é observado entre os blogueiros.<br />
BOA LEITURA! BOAS PESQUISAS!!!Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-25573713554311196642011-06-21T14:45:00.000-07:002011-06-21T14:45:48.173-07:00A FORMAÇÃO DO CÃNON DO NOVO TESTAMENTO - PARTE 1<h3 class="post-title entry-title" style="color: #9e5205; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; font: normal normal bold 160%/normal Verdana, sans-serif; letter-spacing: -1px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</h3><div class="post-header" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px;"><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content" id="post-body-4115721116670730167" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px;"><div align="justify"><span style="color: black; font-family: arial;"></span></div><div align="justify"><span style="color: black; font-family: arial;">A Bíblia não é um livro caído do céu, um código sagrado ou uma declaração doutrinal de fé. É a suma das experiências e dos encontros, que as pessoas tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento tiveram com Deus. O fato de que essas experiências tenham sido ordenadas, reformadas e algumas delas rejeitadas não levam a ser ignoradas.<br />
Mas seja qual for à história das escrituras ou a formação do Cânon, a essência da Bíblia é o testemunho de experiências e encontros. Esses encontros e seus relatos são expressões que aconteceram enquanto história, em determinadas geografias, e traduzem vivências culturais definidas. Mas não são diretamente acessíveis à nossa própria experiência, por correspondência formal.<br />
No tocante a isso, temos como objetivo discorrer neste texto um pouco da história de formação do Cânon neo-testamentário, sabendo inicialmente que a literatura contemporânea do Novo Testamento foi algo muito vasto. Porém sintetizada pelo Cânon do Novo Testamento.<br />
O Novo Testamento não somente foi à regra de fé dos cristãos, não somente inspirou e ainda inspira vidas heróicas, célebres ou desconhecidas, como também determinou civilizações inteiras em sua ética individual e social por meio da sua literatura e de sua arte.<br />
Sem contar o fato de que o Novo Testamento é a confirmação de uma nova aliança de Jahwe com o povo, fazendo de certa forma uma reprodução da antiga aliança, ou seja, do Antigo Testamento. E uma prova disso é o próprio movimento de Jesus o qual se repete todos os acontecimentos dos movimentos antiquotestamentários principalmente os proféticos.<br />
Com isso entendermos que o Novo Testamento nos traz a principal revelação de uma grande conquista de Jahwe que foi trazer de volta o relacionamento do criador com a criatura o qual foi quebrado lá no Éden e tudo isso, claro através da graça que só o Novo Testamento revela.<br />
Ao falar do Cânon do Novo Testamento, encontramos um texto não tão claro, sem nos darmos conta da diversidade e complexidade dos documentos que o formam e das dificuldades vencidas, mas é falar também do desafio de que não temos documentos originais e um espaço de 300 anos separando a redação original da conservada e, portanto isso poderia fazer-nos duvidar da sua autenticidade.<br />
Segundo Oscar Cullman as condições de transmissão do texto não são desfavoráveis e não poderiam justificar um ceticismo por parte dos historiadores, porém é a avaliação da distância que separa a redação dos escritos do Novo Testamento dos acontecimentos que eles testemunham (p.7)<br />
Alguns problemas devem ser levantados: Uma questão relevante é a questão hermenêutica, a questão da critica, (seja ela qual for) e a visão de conjunto, a fim de que nenhuma critica seja de forma exclusiva de interpretação. Diante disso, como se dá o entendimento da inspiração, inerrãncia e revelação? Já que alguns sustentam como piedosa, crença teológica sem nenhum valor, descartada completamente, somente com uma inerrãncia teológica limitada, sua revelação ocupando uma posição singular de Deus aos seres humanos que afeta sua vida e destino.<br />
Como se dá o entendimento dos evangelhos já que há quatro evangelhos e sua pluralidade cria por sua vez um problema de ordem teológica e literária, formando o problema sinótico, (Mateus, Marcos, Lucas)? Como explicar seu parentesco e as divergências entre eles?<br />
Para Brown em uma conclusão realista seria que nenhuma solução para o problema sinótico resolve todas as dificuldades. Autores modernos, cujos livros exigem pesquisa e que tentam a varias décadas a tarefa de reconstruir precisamente como eles juntaram suas fontes ao escrever aqueles livros, serão condescendentes com a nossa inabilidade em reconstruir precisamente o modo segundo o qual os evangelistas procederam 1900 anos atrás. O processo foi provavelmente mais complexo do que a mais complicada reconstrução moderna (2004, pg.191)<br />
Considerando que a formação Canônica foi fruto de um processo de séculos e o fator decisivo foi à idéia do Cânon sentida na sua necessidade da então igreja, submetendo á tradição apostólica que exposta teria, valor canônico, mas em que consiste esta linha teológica que por sua vez une estas obras e nos autoriza a falar de um pensamento do Novo Testamento.<br />
Os livros e escritos cristãos deveriam ser escassos e raros, e a memória dos crentes era submetida a um esforço fora do comum. É neste contexto cultural de escassez de material literário que procuramos levantar uma discussão em torno da composição do cânon do Novo Testamento, com o desafio de imaginar a origem de uma literatura cristã visando à consideração do processo de seleção que produziu os escritos canônicos.<br />
Por serem abertos, os escritos se permitem e submetem a serem vistos e analisados sob diversos olhares; olhar cristão, o acadêmico e principalmente o olhar teológico. Por tanto, cerca de 300 anos separam a redação original dos textos conservados. Isso passa a ser um problema por que dá margem às dúvidas quanto à autenticidade dos textos. Então, se o que temos em mãos é apenas cópias de cópias, logo somos impelidos a pensar na possibilidade de deformações, distorções e, por que não dizer; erros redacionais que diferenciam os textos antigos dos textos que temos acesso.<br />
São muitos os autores que tentam delimitar a palavra cânon, chegando quase sempre ao mesmo denominador: é de origem grega e seu significado mais comum é (cana ou régua), que, por sua vez, se origina do hebraico kaneh, que aparece no Antigo Testamento significando “vara ou cana de medir”. O termo cânon era empregado no Novo Testamento objetivando fazer referência a um padrão ou regra de conduta para aquelas comunidades que fariam uso destas escrituras. Seguindo esta regra, tudo o mais dentro das comunidades seriam julgados, isso de acordo com o conceito de um sentido ativo do termo cânon e sua validade social dentro das tais comunidades para as quais seria destinado.<br />
A formação do Novo Testamento, diferentemente do que muitas pessoas pensam que envolve o surgimento e a preservação de livros compostos pelos seguidores de Jesus, foi algo sistemático e complexo. É notório que o caráter apostólico exerceu grande influência sobre a escolha dos textos canônicos. Helmut Koester, em seu livro “Introdução ao Novo Testamento” escreve que nos séculos II e III, alguns nomes de apóstolos ou de discípulos de Jesus foram amplamente empregados para dar autoridade e legitimidade a diversos escritos como a formação do conceito de apostolicidade, que se tornou fundamental para o cânon do Novo Testamento, aconteceu nas controvérsias constantes com as seitas gnósticas, pode-se presumir que foi exatamente o apelo gnóstico à autoridade apostólica que introduziu os Padres da Igreja a enfatizarem por sua vez a apostolicidade teve papel muito secundário na inclusão dos escritos no cânon do Novo Testamento.<br />
Cada época e cada igreja são tentadas a fazer uma escolha e a considerar como essencial àquilo que corresponde às suas próprias necessidades, portanto, muitos livros não são preservados em sua forma original, daí então a concepção de que temos apenas cópias de cópias. O processo de seleção dos livros canônicos não foi uma escolha individual, mas, um reconhecimento feito coletivamente pela igreja. Vale lembrar que mesmo antes destes, serem aceitos no cânon, alguns livros já eram usados nas assembléias dos cultos.<br />
Antes do último apóstolo, ou seja, a última testemunha ocular morrer, já havia alguns escritos acerca de Jesus e até mesmo um evangelho inteiro; o evangelho de Marcos. Muitas tradições já existiam sob a forma oral ou escrita, isso nos leva a pensar que Marcos teria usado os escritos já existentes para a formação de seu Evangelho.<br />
A formação do cânon exigiu uma série de cuidados. E vários critérios foram empregados na escolha dos escritos. Como por exemplo: apostolicidade, circulação, uso e outros. O resultado final deste trabalho foi o fruto de um processo que se estendeu por vários séculos.<br />
Diante desses fatos que foram descritos até agora, o leitor pode estar se perguntando, será que há confiabilidade nos escritos neo-testamentários depois de conhecermos as principais rotas da sua formação literária com todos os pormenores? Portanto, é necessário que haja neste conteúdo, é claro, algo que responda os questionamentos surgido no decorrer dessa leitura. Por isso, iniciaremos falando da confirmação da compilação oficial dos livros canônicos que evidência-se de várias maneiras. Logo após a era dos apóstolos, ver-se nos escritos dos primeiros pais da Igreja o reconhecimento da inspiração de todos os 27 livros do Novo Testamento.<br />
Em apoio ao testemunho dos apóstolos temos as antigas versões, as listas canônicas e os pronunciamentos dos concílios eclesiásticos. Todos juntos constituem elo de reconhecimento desde a concepção do Cânon nos dias dos apóstolos, até a confirmação irrevogável da Igreja Universal, em fins do século IV. Não deixando de falar do testemunho dos Pais da Igreja sobre o Cânon. Por parte deles os livros do Novo Testamento sempre foram citados como dotados de autoridade, por sinal, dentro de 200 anos depois de século I quase todos os versículos do Novo Testamento haviam sido citados em um ou mais das mais de 36 mil citações dos Pais da Igreja.<br />
Outros fatores que são importantes na fundamentação dos escritos neo-testamentários são as listas primitivas e as traduções do Cânon. A harmonia geral entre esses elementos e o nosso Cânon é extraordinária e de grande importância, lembrando que é desnecessário entrar nos detalhes principalmente das traduções. Porém, lembrando mais uma vez os nomes das mesmas, antiga Siríaca, antiga Latina, Cânon Muratório, Codice Borococio, Eusébio de Cesaréia, Atanásio de Alexandria etc.<br />
Ainda explorando o contexto documentário na perspectiva de fundamentação dos escritos neotestamentários, encontramos informações sobre os papiros extra-bíblicos, os Óstracos, as inscrições e os lecionários. Os Papiros extra-bíblicos são suplementares e trazem mais esclarecimento ao texto do Novo Testamento e fazem parte de um grupo de livros não-canônico denominado “Logia de Jesus” que significa “dizeres de Jesus”.<br />
Os Óstracos são cacos de cerâmicas freqüentemente utilizadas como material de escrita entre as classes mais pobres de Antigüidade e eram conhecidos como a “Bíblia dos Pobres”.<br />
As inscrições: a larga distribuição e a grande variedade de inscrições antigas não só atestam a existência dos textos bíblicos na época, mais também a importância deles. Há abundantes gravações em paredes, pilares, moedas, monumentos e outros lugares que têm sido preservados como testemunhas do texto do Novo Testamento<br />
Os Lecionários são outros testemunhos super valorizados dos textos do Novo Testamento porque eram livros usados no culto da Igreja que continham textos selecionados para as leituras tirados da própria Bíblia sabendo que são bem posteriores aos escritos bíblicos.<br />
Diante desses detalhes mencionados sobre a fundamentação ou veracidade do conteúdo neo-testamentário, fecharemos esse assunto falando de um aspecto que é fundamental para a idéia em questão. A inspiração foi o ponto de partida para a escolha dos escritos que formaram o Cânon Sagrado, é claro, diante de outros pré-requisitos como, por exemplo, a questão apostólica. Os apóstolos e profetas do Novo Testamento não hesitaram em classificar seus escritos como inspirados, ao lado do Antigo Testamento. Seus livros eram respeitados, colecionados e circulavam na Igreja Primitiva como Escritura Sagrada, o que Jesus declarou ser inspiração a respeito do Antigo Testamento o Senhor prometeu quanto ao Novo Testamento.<br />
Jesus nunca escreveu um livro, no entanto endossou autoridade do Antigo Testamento e a promessa de inspiração para o Novo Testamento. No próprio texto dos livros do Novo Testamento, há inúmeros indícios de sua autoridade divina. São eles explícitos e implícitos. Como, por exemplo, os evangelhos que apresentam-se como registros autorizados do cumprimento das profecias do Antigo Testamento a respeito de Cristo. Isso não é presenciado só nos evangelhos, mas em todo restante dos escritos, principalmente no “Corpus Paulinum”. Portanto, a maior riqueza do Cânon neo-testamentário é o fato de que tudo aquilo que são pontos de dúvidas e questionamentos sobre ele, ao mesmo tempo serve de base para sua aprovação e comprovação.<br />
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BIBLIGRAFIA:<br />
GEISLER, Norman: Introdução Bíblica,<br />
NIX, William. Introdução Bíblica, 1997 Editora Vida. SP<br />
BROWN, Raymond E. Introdução ao Novo Testamento; Editora Paulinas; 2004, SP<br />
MOULE, Charles Francis Digby. As Origens do Novo Testamento; Editora Paulinas; 1979, SP<br />
CULLMANN, Oscar. A Formação do Novo Testamento; Editora Sinodal; 2001; São Leopoldo<br />
KOESTER, Helmut. Introdução ao Novo Testamento; Vol. I; Editora Paulus; 2005; SP<br />
KUMMEL, Werner Georg. Introdução ao Novo Testamento.</span></div></div>Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-89532219967356894422011-04-02T15:29:00.000-07:002011-04-02T15:29:40.747-07:00EBD: sobre Ruach HaKodeshAmados, a lição da EBD CPAD deste domigo tratará sobre a Ruach HaKodesh (Espírito Santo). a revista em si falará desse assunto baseado no''movimento pentecostal'' na visão Pneumatoógico (Estudo do Espirito Santo na visão devocional), e começa a sua primeira lição fazendo uma pergunta: Quem é o Espírito Santo?<br />
Entendo eu que a pergunta mais própria seria: o que é o Espírito Santo? quem é a Rach HaKodesh? é Deus? é Divino? é uma ''força''? enfim... a partir da definição que temos do Espírito Santo, podemos falar de quem Ele é... O q é ES para vc?Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-86707276791881333622011-03-23T19:55:00.000-07:002011-03-23T19:55:14.922-07:00Paulo Testifica de Cristo em Roma - EBDEssa lição da CPAD, não tem muito que comentar para vcs, professores... peço que vcs observem na Biblia AT 21-26, que mostra como foi a prisão de Paulo e o porque foi levado a Roma. Narrar a historia da viagem a Roma, chamando atenção para os sinais seria interessante... contudo, quero vos chamar atenção para 2Timoteo 4, que retrataria bem o estado que Paulo realmente se encontra em Roma (se esta carta fosse realmente escrita por ele) e faça uma comparação com At 28. observe que o clima é diferente... apesar das duas narrativas falarem da mesma ocasião... nesse ponto seria interessante explorar a humanidade de Paulo, onde aparece em uma situação inimaginavel para muitos: sofrendo com abandono. fazer um contra ponto sobre a posição do obreiro, na seara é bastante pertinente, que mostra aqui entre outras coisas, que a obra de Deus não pode sofrer por causa de situações que passamos... precisamos sempre continuar! Boa aula!Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-60995066779344946682011-03-19T19:56:00.000-07:002011-03-19T19:56:46.708-07:00As viagens Missionárias de Paulo - EBDQuero falar aos professores de como acontecia a evangelização nas viagens missionárias de Paulo. Diferentemente do que se imaginam a maioria dos estudantes da Bíblia, a pregação de Paulo entre os gentios não era de forma aleatória ou uma panfletagem, como se vê nos dias de hoje. Segundo o NT, Paulo pregava ''NAS SINAGOGAS DA DIÁSPORA, PARA OS JUDEUS E OS GENTIOS TEMENTES A DEUS''. - O que esse termo significa? - No sec 1dC, o Politeísmo está em grande declínio. É moda ser monoteísta, - ter um só ''Deus''. e as sinagogas espalhadas por todo o mediterrâneo estão cheias de passoas querendo servir ao Deus dos Judeus, mas não conseguem... Pq não conseguem? - por causa dos costumes ligado a Lei que os judeus tem que cumprir. Dentre eles a circuncisão. - e isso para um homem adulto é um sacrifício. ou seja: os Gentios estavam nas sinagogas, estas estavam lotadas, mas não se convertiam ao Deus dos Judeus. E Paulo observa essa situação. E é por isso que vemos ele pregando nas sinagogas... E dos convertidos nas sinagogas, ele montava as igrejas que vemos na Bíblia. Outros meios de ''evangelização'' que ele utilizava eram por cartas, que ele pedia para ser lido para todos nas igrejas, e através de testemunho de vida. Pensem, e levem aos alunos sobre a necessidade de termos testemunho de vida, táticas evangelhisticas e o fato de deixar Deus nos usar em sua seara. Que os exemplos de Paulo sejam de inspiração para nós. Amém.Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-23925060791934878242011-03-16T03:50:00.000-07:002011-03-16T03:50:05.039-07:00AOS PROFESSORES - SABER OUVIR<div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0cm;">OBSERVAÇÕES IMPORTANTES AOS PROFESSORES:</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="color: #222222; font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 15px; line-height: 21px; margin-bottom: 0cm;">Antes de tecer qualquer comentário, quero vos lembrar, professores, que o objetivo do Padrão não é dizer o que você irá dizer na sua aula, uma vez que as classes tem necessidades particulares e o professor deve estar atento para tal para estar acrescenando em conhecimento e espiritualidade de sua classe/alunos e evitar de estar repetindo ao máximo o que o aluno já tem conhecimento. (relembrar é uma coisa, repetir é outra) - Você professor tem a oportunidade de ouro de bem direcionar a fé de sua classe, uma vez que eles são voluntários a aprender, e estão ali de bom grado. O mais importante em uma aula não é o que você estudou e preparou; o mais importante são os alunos e suas reais necessidades. O que diferenciará uma aula monóloga (onde o professor fala muito e o aluno pouco ou não fala) para uma participativa é o SABER OUVIR. Ouvindo bem, você terá uma possibilidade bem maior de atender as reais necessidades de seus alunos, entenderemos melhor seus questionamentos e com isso, responderemos melhor e com mais propriedade o questionamento. Somente sabendo ouvir teremos noção da real necessidade da classe, e aí, você poderá acrescentar conhecimento e espiritualidade em seus alunos. Não se apresse a falar. Você não precisa responder todos os questionamentos. O MAIS IMPORTANTE NÃO É O QUE VOCÊ TEM A FALAR, E SIM, O QUE VOCÊ TEM A OUVIR</div>Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-13534206303516142302011-03-10T13:35:00.000-08:002011-03-10T13:35:06.646-08:00Padrão EBD - Liçao 11 - O primeiro consílio da igreja Cristã. CPAD<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">OBSERVAÇÕES IMPORTANTES AOS PROFESSORES:</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Antes de tecer qualquer comentário, quero vos lembrar, professores, que o objetivo do Padrão não é dizer o que você irá dizer na sua aula, uma vez que as classes tem necessidades particulares e o professor deve estar atento para tal para estar acrescentendo em conhecimento e espiritualidade de sua classe/alunos e evitar de estar repetindo ao máximo o que o aluno já tem conhecimento. (relembrar é uma coisa, repetir é outra) - Você professor tem a oportunidade de ouro de bem direcionar a fé de sua classe, uma vez que eles são voluntários a aprender, e estão ali de bom grado. O mais importante em uma aula não é o que você estudou e preparou; o mais importante são os alunos e suas reais necessidades. O que diferenciará uma aula monóloga (onde o professor fala muito e o aluno pouco ou não fala) para uma participativa é o SABER OUVIR. Ouvindo bem, você terá uma possibilidade bem maior de atender as reais necessidades de seus alunos, entenderemos melhor seus questionamentos e com isso, responderemos melhor e com mais propriedade o questionamento. Somente sabendo ouvir teremos noção da real necessidade da classe, e aí, você poderá acrescentar conhecimento e espiritualidade em seus alunos. Não se apresse a falar. Você não precisa responder todos os questionamentos. O MAIS IMPORTANTE NÃO É O QUE VOCÊ TEM A FALAR, E SIM, O QUE VOCÊ TEM A OUVIR! </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">PADRÃO EBD – Lição 11 - 13 DE MARÇO DE 2011 – revista ''Jovens e Adultos'' – CPAD.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Título: Primeiro consílio da igreja de Cristo</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> A lição deste domingo fala do consílio que ouve em Jerusalém. Observamos que o autor se equivocou no título, onde ele coloca como o ''primeiro''. Porém, a propria revista mostra que esse seria o terceiro (tópico 1 numero 3), porém isso não é determinante para o nosso estudo.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Quero aqui ressaltar que o comentarista trás uma lição interessante, que se observarmos somente o livro de Atos, cap 15 não teremos a real noção do que está acontecendo. Só por Atos entendemos que esse consílio foi aparentemente bem tranquilo, e sem maiores problemas. Porém, Galatas nos fala melhor dos bastidores deste importante consílio. (Gl.2: 1-16)</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Ao lerem esse texto, observem que o clima não era dos melhores, mostrando que haviam 2 grupos bem distintos na igreja no primeiro seculo: os da circuncisão e os da incircuncisão (observe Gl 2:12 e At 15: 1,2 e 19 eles tratam da questão dos gentios e não da igreja como um todo).</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> É importante ressaltar que vemos um crescimento extraordinário entre as igrejas dos gentios após a decisão que tomaram em Jerusalém, livrando os gentios dos costumes da Lei. Porém não é o que acontece com os da ''circuncisão'', que continuam guardando os costumes da lei a ponto dessa igreja deixar de existir com a destruição de Jerusalém e da judeia, a partir do ano 70.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">abaixo, vai o link oficial da lição pela CPAD:</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><a href="http://www.cpad.com.br/escoladominical/view-subsidios.php?s=54&i=646">http://www.cpad.com.br/escoladominical/view-subsidios.php?s=54&i=646</a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Duvidas, perguntas, acrescimos: poste aqui ou me envie um email. Paz!!!</div>Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6136603489531255002.post-21910813200449344612011-03-10T07:48:00.000-08:002011-03-10T07:48:13.086-08:00Inícios...Bem... depois de alguns pedidos, estamos aqui com um Blog próprio... e pra mim é uma honra ter observadores eventuais e seguidores nesse Blog. Bem, o objetivo desse Blog é transmitir, buscar e adquirir o real conhecimento e saber dentro daquilo que é considerado pelo cristianismo como ''escrituras sagradas''(assim também entendo) bem como seu contexto histórico, pedagógico, filosófico, judaico e cultural, buscando estar colocando aqui o que temos de ''top'' dentro dessas visões da bíblia. Falaremos de fé e ciência; contexto histórico e filosófico; influencias externas bem ou mau intencionadas; a pedagogia, psicologia aplicada e as aplicações e implicações do texto. enfim, esse Blog é para os amantes da Bíblia e tudo que a envolve. discutiremos aqui também as lições de revistas da EBD, funcionando assim, como sala do professor da EBD e uma espécie de ''classe Padrão'' da EBD. funcionará também como um subsídio a meus ''talmidins''(assim alguns deles se denominam) dos seminários que tenho prazer de dar aulas. Deles e da visão que buscamos para o estudo biblico vem o título de Blog: RABI & TALMIDIM; onde ora eu ora vc estaremos nas posições de Rabi e Talmidim.Fabio Valimhttp://www.blogger.com/profile/03473019451849398200noreply@blogger.com2