sexta-feira, 16 de agosto de 2013

PAULO, O HOMEM QUE "INVENTOU" CRISTO?

Para conquistar fiéis, ele fez concessões que desagradaram aos discípulos de Jesus – e ainda despertam acirradas discussões entre pensadores e religiosos.


O mundo cristão não seria o mesmo sem a mensagem que Paulo transmitiu ao Império Romano. Para conquistar fiéis, ele fez concessões que desagradaram aos discípulos de Jesus – e ainda despertam acirradas discussões entre pensadores e religiosos. Afinal, Paulo espalhou ou deturpou a palavra de Cristo?

Estamos no ano 34 da era cristã. Passaram-se poucos anos desde a crucificação de Jesus. Sua mensagem espalhou-se rapidamente por toda a Palestina e seus discípulos eram implacavelmente perseguidos, principalmente pelos judeus. Os seguidores de Jesus são acusados de heresia e traição à Lei de Moisés. Em Jerusalém, um jovem judeu chamado Saulo faz verdadeiras atrocidades com os cristãos. Persegue-os furiosamente, invade suas casas e os manda para prisão. Informado de que, a cada dia, cresce a comunidade cristã em Damasco, na Síria, pede e obtém do Sinédrio, o Supremo Tribunal da comunidade judaica de Jerusalém, cartas de recomendação aos rabinos daquela cidade, autorizando-os a caçar os hereges cristãos. Acompanhado de alguns homens, percorre a cavalo os cerca de 200 quilômetros até Damasco. Depois de sete dias de viagem, sob um sol escaldante, consegue finalmente avistar as muralhas da cidade.
Mas, de repente, uma forte luz vinda do céu incide sobre ele e assusta seu cavalo, que o joga no chão. Naquele instante, o jovem judeu ouve uma voz que diz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”
Atônito, ele indaga: “Quem és, Senhor?” A voz responde: “Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te, entra na cidade e te dirão o que deves fazer”.
O séquito de Saulo permanece mudo de espanto, sem entender de onde vem aquela voz. Saulo, por sua vez, ergue-se do chão, mas não consegue enxergar nada. Em Damasco, permanece três dias e três noites em jejum, refletindo sobre o estranho acontecimento, até ser visitado por Ananias, um discípulo de Cristo, que lhe diz: “Saulo, meu irmão, o Senhor me enviou. O mesmo que te apareceu no caminho por onde vinhas. É para que recuperes a vista e fiques repleto do Espírito Santo”. Nesse exato momento, duas escamas caem dos olhos de Saulo, que volta a ver. Em seguida, ele é batizado. Convertido, Saulo de Tarso tornou-se aquele que talvez tenha sido o mais importante difusor da palavra de Jesus: São Paulo.
O episódio acima, narrado em detalhes no livro Atos dos Apóstolos, do Novo Testamento, teria marcado radicalmente a vida de Paulo. Não é possível provar que ele tenha de fato acontecido. Os textos bíblicos são as únicas fontes disponíveis para se reconstituir a história do santo – acreditar neles é uma questão de fé. Tenha ocorrido de forma tão espetacular ou não, a conversão de Paulo mudou para sempre os rumos da religião cristã. Para muitos teólogos, Paulo foi um personagem fundamental nos primeiros anos do cristianismo. Seu trabalho de evangelização foi, em grande parte, responsável pelo caráter universal da doutrina cristã e sua mensagem, expressa em cartas enviadas às comunidades que fundava, ainda hoje é considerada o alicerce da jurisprudência, da moral e da filosofia modernas do Ocidente. Enquanto a maioria dos apóstolos que conviveram com Jesus restringiram sua pregação à Palestina, Paulo levou a palavra de Cristo para lugares distantes, como a Grécia e Roma.
Sua importância na construção da Igreja primitiva é tão grande que muitos estudiosos atribuem a ele o título de pai do cristianismo.
“Paulo desempenhou um papel maior na evangelização dos primeiros cristãos”, diz o biblista Jerome Murphy-O’Connor, professor da Escola Bíblica e Arqueológica de Jerusalém e um dos maiores estudiosos do santo. O historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em cristianismo e judaísmo antigos, concorda: “O cristianismo, tal como existe hoje, deve muito a Paulo. Se não fosse o apóstolo, ele provavelmente não teria passado de mais uma seita judaica”. Isso não quer dizer que o trabalho dos 12 apóstolos tenha sido irrelevante, mas eles pregaram numa região, a Palestina, que viria a ser devastada pelos romanos entre os anos 66 e 70. “Sem dúvida, Paulo foi o apóstolo que teve maior repercussão com o passar dos séculos”, afirma o teólogo Pedro Lima Vasconcellos, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo.
O termo apóstolo, no sentido de evangelizador, é freqüentemente usado para se referir a São Paulo. Não há evidências históricas, entretanto, de que ele tenha conhecido Jesus Cristo.
A influência de Paulo é indiscutível. Mas, para uma corrente de historiadores e teólogos, ele deturpou os ensinamentos de Jesus Cristo – a ponto de a mensagem cristã que sobreviveu ao longo dos séculos ter origem não em Cristo, mas em Paulo. Esses pensadores julgam ser mais correto dizer que o que existe hoje é um “paulinismo”, não um cristianismo. “As cartas de São Paulo são uma fraude nos ensinamentos de Cristo. São comentários pessoais à parte da experiência pessoal de Cristo”, afirmou o líder pacifista indiano Mahatma Ghandi, em 1928. Opinião semelhante tem o prêmio Nobel da Paz de 1952, o alemão Albert Schweitzer, que declarou: “Paulo nos mostra com que completa indiferença a vida terrena de Jesus foi tomada”.
As principais críticas da corrente antipaulina concentram-se em pontos polêmicos das cartas do apóstolo. Nelas, entre outras coisas, Paulo defende a obediência dos cristãos ao opressivo Império Romano, bem como o pagamento de impostos, faz apologia da escravidão, legitima a submissão feminina e esboça uma doutrina da salvação distinta daquela que, segundo teólogos antipaulinos, teria sido defendida por Jesus. “A mentira que foi Paulo tem durado tanto tempo à base da violência. Sua conversão foi uma farsa”, afirma Fernando Travi, fundador e líder da Igreja Essênia Brasileira. Os essênios eram uma das correntes do judaísmo há 2 mil anos, convertidos na primeira hora ao cristianismo. “Ele criou uma religião híbrida. A prova disso é o mundo que nos cerca. Um mundo cheio de guerra, de sofrimentos e de desespero.”
Paulo: Judeu, grego e romano
Para entender melhor o papel de São Paulo na origem e construção do cristianismo é preciso voltar no tempo e acompanhar de perto sua vida. O principal relato sobre ele está presente nos Atos dos Apóstolos, livro escrito pelo evangelista Lucas, que foi também dos maiores discípulos de Paulo. Seus relatos, no entanto, não são considerados um retrato fiel dos acontecimentos. “Os Atos devem ter sido escritos cerca de 15 a 20 anos após a morte de Paulo, quando ele já poderia estar caindo no esquecimento. Lucas, então, expressa uma visão romanceada do apóstolo, transformando-o em um herói ou, mais do que isso, em um modelo de discípulo”, afirma José Bortolini, padre da Congregação Pia Sociedade de São Paulo, mestre em exegese bíblica e autor do livro Introdução a Paulo e suas Cartas. Outra fonte de informação sobre o apóstolo são as cartas (ou epístolas) escritas por ele para as comunidades cristãs que tinha fundado.
Com base nessas duas fontes, sabemos que Paulo era um judeu detentor de cidadania romana, criado em um ambiente culturalmente grego.
Ele nasceu em Tarso, na Ásia Menor, onde atualmente está a Turquia. Era uma cidade grande, com mais de 200 mil habitantes, por onde passava uma estrada que ligava a Europa à Ásia. Situada na província romana da Cilícia, a Tarso de então era predominantemente grega – um dos mais efervescentes centros de cultura do mundo helênico, chegando a rivalizar com Atenas. Mas também era cosmopolita. Abrigava um porto fluvial movimentado e se impunha como um importante pólo comercial. Suas ruas estreitas viviam apinhadas de gente e suas casas abrigavam povos de várias regiões: egípcios, bretões, gauleses, núbios e sírios – além dos judeus (como a família de Paulo), que na época já haviam se assentado em várias cidades do império.
A cidadania romana, citada nos escritos de Lucas, é um ponto controverso da biografia de Paulo. Tê-la garantia alguns privilégios, como o direito de participar das assembléias que decidiam questões sobre a vida e a organização da cidade e a isenção do pagamento de alguns impostos. Os cidadãos romanos também não podiam ser crucificados, caso fossem condenados à morte. Segundo Lucas, Paulo herdara a cidadania do pai ou do avô, que a teriam obtido por mérito ou comprado por uma volumosa quantia. Mas o apóstolo nunca se declarou romano em suas cartas. Para o biblista Murphy-O’Connor, o silêncio é compreensível: “Não havia razão para Paulo mencionar sua posição social em cartas a comunidades que ele desejava convencer de que ‘nossa pátria está nos céus’ ”, escreve o teólogo no livro Paulo: Biografia Crítica. Cidadão romano ou não, Paulo provavelmente fazia parte de uma elite – seu pai, especula-se, era dono de uma oficina onde se fabricavam tendas. Ele mesmo, aliás, dominava esse ofício.
O ano exato do nascimento de Paulo, bem como a data dos principais acontecimentos de sua vida, são, ainda hoje, motivo de controvérsia. Muitos historiadores supõem que ele tenha nascido por volta do ano 5 da era cristã. Era, portanto, alguns anos mais novo do que Jesus – cujo nascimento, segundo descobertas históricas recentes, é datado entre 6 e 4 a.C. Paulo foi educado na casa de seus pais, na sinagoga e na escola ligada a ela. Aos 15 anos, deixou Tarso e mudou-se para Jerusalém, onde matriculou-se na escola de Gamaliel, um dos sábios mais respeitados do mundo judaico. Paulo teve uma formação acadêmica de primeira – nos parâmetros atuais, algo equivalente a um doutorado em Harvard.
Nas tempos de estudante, Paulo presenciou uma situação que estaria na origem de sua “cristofobia”. Um dos alunos mais brilhantes era um jovem chamado Estêvão, um nazareno – nome dado aos que seguiam os ensinamentos de Cristo. Em uma discussão, Estêvão foi fiel a sua fé e declarou que Jesus era o messias: tal afirmação provocou a ira dos colegas, inclusive de Paulo. Pela blasfêmia, Estêvão foi levado diante do Sinédrio e condenado à morte por apedrejamento. Conforme o costume da época, as pessoas que iam apedrejar o condenado deveriam tirar suas próprias vestes e colocá-las aos pés de uma testemunha. No martírio de Estevão, a testemunha era Paulo.
A partir desse episódio, Paulo, que já era um intransigente defensor da lei e dos costumes judaicos, viu nos seguidores de Cristo uma ameaça real à sua própria religião. Foi então que passou a cultivar um ódio crescente pelos nazarenos e tornou-se um implacável perseguidor dos membros dessa seita. Depois de muito aterrorizar os cristãos de Jerusalém, decidiu agir na Síria. Foi quando aconteceu sua conversão no caminho de Damasco.
O missionário viajante
Paulo tinha cerca de 28 anos quando ocorreu seu encontro místico com Jesus. Depois de ter se tornado um fervoroso discípulo do Nazareno, viveu algum tempo na comunidade cristã damasquina, até ser expulso pelos judeus. Refugiou-se por cerca de dois anos na Arábia – território dominado pela tribo dos nabateus –, que se estendia do mar Vermelho até Damasco, margeando a Palestina pelo leste. Nesse período, estudou e refletiu sobre os ensinamentos de Cristo. Por volta do ano 37, retornou a Damasco, onde fez suas primeiras pregações. Mais uma vez, provocou a fúria da comunidade judaica e teve de deixar a cidade numa fuga cinematográfica. Como os portões da cidade estavam vigiados, ele escondeu-se num cesto que foi descido pelas muralhas. Era noite e Paulo andou por cinco horas até sentir-se a salvo. Após seis dias de caminhada, chegou a Jerusalém. Havia três anos que ele tinha deixado a cidade.
Os cristãos de Jerusalém o receberam com desconfiança. Afinal de contas, ainda estavam vivas na memória as atrocidades cometidas por Paulo. Coube a Barnabé, um ex-colega da escola de Gamaliel convertido ao cristianismo, apresentá-lo aos apóstolos. Foi nessa ocasião que aconteceu o primeiro encontro com Pedro, um dos discípulos mais próximos de Jesus. Durante 15 dias, eles permaneceram juntos. Mas não tardou para o Sinédrio saber que Paulo, agora cristianizado, havia voltado. Diante do perigo que corria em Jerusalém, Paulo mais uma vez teve de fugir: o destino foi Tarso, sua cidade natal, onde permaneceu por sete ou oito anos. Nada se sabe sobre sua vida nesse período.
Por volta de 45 d.C., convidado por Barnabé, Paulo mudou-se para Antióquia da Síria, onde a igreja dos nazarenos crescia rapidamente. Depois de Roma e Alexandria, no Egito, Antióquia era a terceira maior cidade do Império Romano. “Diferentemente do que acontecia em Jerusalém, onde os seguidores de Jesus ainda estavam ligados à lei e aos rituais judaicos, em Antióquia se respirava ar novo – lá, boa parte dos neocristãos vinha do paganismo”, afirma padre Bortolini. O termo cristão, como designação dos discípulos de Jesus, surgiu pela primeira vez nessa cidade. Esse fato reveste-se de importância porque pela primeira vez os seguidores de Jesus não são mais vistos como judeus dissidentes.
Foi de lá que Paulo – descrito em textos apócrifos como “um homem pequeno com uma grande cabeça careca” – partiu para sua primeira jornada missionária. Nessa ocasião, ele tinha cerca de 40 anos. Durante 12 anos, de 46 a 58, Paulo empreendeu quatro viagens evangelizadoras, visitando boa parte do Império Romano, que se estendia da Grã-Bretanha ao Oriente Médio, passando pelo norte da África. Eram jornadas árduas, feitas a pé ou de navio, sempre na companhia de outros discípulos. Quando viajavam por terra, seguiam pelas estradas romanas, percorrendo 30 quilômetros por dia. O perigo os espreitava, como escreve o apóstolo em uma de suas epístolas aos coríntios: “Sofri perigos nos rios, perigo por parte de ladrões, perigo por parte dos meus irmãos de raça, perigo por parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmãos”.
A estratégia pastoral de Paulo era bem definida. Pregava nas sinagogas, em casas e praças de grandes centros urbanos, que funcionavam como pólos irradiadores da mensagem. Ao sair, designava um líder responsável pelo rebanho. A primeira viagem, entre 46 e 48, foi feita em companhia de Barnabé e de Marcos, outro discípulo cristão, o mesmo a quem é atribuído um dos quatro evangelhos. Foram à ilha de Chipre e percorreram a Ásia Menor (veja mapa) antes de retornar a Antióquia. É a partir dessa primeira expedição que Paulo deixa de ser chamado pelo nome judeu Saulo – a mudança é narrada por Lucas no Ato dos Apóstolos, 13:9.
Antes de partir para a segunda viagem, Paulo foi intimado a participar do Concílio Apostólico de Jerusalém, em 49, que reuniu a nata do cristianismo primitivo. Foi um encontro tenso, onde, pela primeira vez, vieram à tona as divergências entre Paulo e o grupo de judeus-cristãos, tendo à frente Pedro e Tiago Menor, líder da comunidade cristã em Jerusalém. A assembléia discutiu assuntos delicados, como a obrigatoriedade da circuncisão para os pagãos convertidos ao cristianismo. A questão era importante e polêmica, pois a circuncisão era encarada como a porta de entrada do judaísmo. Ao aceitá-la, os convertidos assumiam que adotariam integralmente a cultura judaica. Paulo era contra, pois acreditava que o sacramento do batismo era suficiente para a conversão. Em suas pregações, ele encontrava forte resistência dos pagãos, que não entendiam por que deveriam se submeter ao ritual de iniciação judaico para tornar-se cristãos. Depois de acirradas discussões, Paulo saiu vitorioso.
Foi, em parte, por causa dessa liberalização que Paulo arrebanhou um número tão grande de fiéis. Ao final do encontro, Paulo recebeu a alcunha de “apóstolo dos gentios”, em contraposição a Pedro, chamado de “apóstolo dos judeus”.
A segunda jornada missionária começou depois do Concílio de Jerusalém e estendeu-se até 52. O ponto alto dessa jornada foi a pregação na Europa. Pela primeira vez, a palavra de Deus deixava a Ásia e espalhava-se por um novo continente. Paulo visitou várias cidades gregas, fundando importantes núcleos cristãos. “Foi por causa dessa passagem [da Ásia para a Europa] que o cristianismo sobreviveu e se desenvolveu”, argumenta padre Bortolini. Foi também nessa jornada que Paulo escreveu, em 51, a Epístola aos Tessalonicenses, o mais antigo documento do Novo Testamento. Nas cartas paulinas, o trabalho braçal ficava por conta de escribas: Paulo as ditava e as assinava de próprio punho para autenticar o documento. A maioria delas foi escrita em grego, mesma língua usada por Paulo em suas pregações. Esse era o idioma universal, comparável ao que hoje é o inglês.
O apóstolo também se expressava em hebraico, língua da elite judaica, na qual foi escrita a maior parte dos livros do Antigo Testamento, e em aramaico, a língua materna de Jesus e corrente na camadas populares da Palestina. Mesmo sendo poliglota, o apóstolo encontrava dificuldade para se comunicar em suas peregrinações, diante da multiplicidade de línguas e dialetos daquela época. Em muitas ocasiões, recorria a intérpretes.
Em uma de suas cartas, a Epístola aos Gálatas, percebe-se a tensão existente entre Paulo e os 12 apóstolos que conviveram com Cristo. Nela, Paulo afirma que “enfrentou abertamente [Pedro, em Antióquia], porque ele se tornara digno de censura”. O motivo da briga foram dois preceitos alimentares judaicos. Pedro defendia que os neocristãos não poderiam sentar-se à mesa com gentios – seus iguais até pouco antes. Deveriam também rejeitar sobras de carnes de animais sacrificados aos deuses pagãos. Paulo discordava e teve uma acirrada discussão com Pedro.
Na terceira viagem missionária, de 53 a 57, Paulo deteve-se por três anos em Éfeso, a capital da Ásia Menor. Lá, presume-se, esteve preso por alguns meses – ao longo de sua vida, o apóstolo deve ter permanecido quatro anos atrás das grades. Durante essa jornada, coletou dinheiro para os cristãos pobres de Jerusalém. No retorno à Terra Santa, não se sabe como foi recebido por Tiago, chefe da igreja de Jerusalém. Nem Lucas nem Paulo deixam claro se ele aceitou o dinheiro “impuro” da coleta. Sabe-se apenas que foi na volta a Jerusalém que Paulo foi preso, na praça do Templo, sob a acusação de introduzir gentios na sinagoga. Os judeus estavam furiosos com a presença do pregador na cidade e, temendo por sua segurança, o tribuno romano Cláudio Lísias o encarcerou de novo. Dessa vez, foi em Cesaréia, perto de Jerusalém, onde amargou dois anos de reclusão. Eis que ele pediu para ser julgado em Roma pelo imperador – direito conferido aos cidadãos romanos.
No outono de 60, o apóstolo foi enviado à capital imperial, uma cidade com quase 1 milhão de moradores. Paulo foi saudado pela comunidade cristã e permaneceu em prisão domiciliar, vigiada por soldados. Encontrava-se com as pessoas, mas não podia sair de casa. Aproveitou esse período para transmitir a palavra de Deus. Depois de dois anos de cativeiro, seu processo foi encerrado sem uma sentença condenatória.
Pouco se sabe a respeito dos anos seguintes da vida de Paulo, já que o Novo Testamento não dá indicações do que aconteceu com ele após a prisão em Roma. Mas, segundo a tradição, acredita-se que tenha empreendido uma viagem à Espanha ou visitado as igrejas cristãs que fundara na Grécia e Ásia Menor e retornado a Roma na primavera de 67. O império era chefiado por Nero, que anos antes havia ateado fogo na cidade e jogara a culpa pelo desastre nos seguidores de Jesus. Por isso, os cristãos eram duramente perseguidos e tinham que se reunir em catacumbas para escapar da fúria insana do imperador. Quando capturados, viravam presa para as feras do Coliseu. Ao deparar com essa situação, Paulo empenhou-se em reconstruir a comunidade. Não tardou e foi preso, acusado de chefiar a seita dos nazarenos.
Na prisão, escreveu sua derradeira carta ao discípulo Timóteo, um dos líderes da igreja de Éfeso. Ele sabia que não escaparia da morte. No outono daquele ano, foi levado pelos guardas para fora da cidade e degolado. No local de seu martírio foi construída a praça Tre Fontane e perto dali, junto ao seu túmulo, erguida a basílica de São Paulo Extramuros. Diz a lenda que, no momento de sua execução, uma cega de nome Petronila aproximou-se do apóstolo e lhe ofereceu um véu para cobrir-lhe o rosto. Paulo teria devolvido o véu à mulher e, quando ela o colocou sobre os seus próprios olhos, recobrou milagrosamente a visão. A conversão de Paulo é comemorada no dia 25 de janeiro. Foi uma escolha aleatória, já que não se sabe o dia exato de sua conversão.
Como a cidade de São Paulo foi fundada nesse dia, acabou recebendo o nome do santo. A festa de São Paulo é celebrada em 29 de junho, junto com a de São Pedro. Foi uma forma encontrada pela Igreja para homenagear, de uma só vez, os dois líderes máximos do cristianismo primitivo.
Cristianismo ou paulinismo?
As 13 cartas escritas por São Paulo sintetizam o pensamento do apóstolo, que viria a moldar a doutrina cristã. Elas foram redigidas entre os anos 50 e 60 e são os mais antigos documentos da história do cristianismo – os quatro evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João ficaram prontos apenas entre os anos 70 e 100. A influência do apóstolo na consolidação da doutrina cristã pode ser medida pelo fato de suas epístolas representarem quase metade dos 27 livros do Novo Testamento. Com elas, dizem os estudiosos, Paulo não tinha a pretensão de formular tratados teológicos. “Elas são resultado de experiências vivenciadas pelas comunidades paulinas”, afirma o André Chevitarese. Uma corrente de biblistas defende que nem todas foram de fato escritas por Paulo – algumas teriam sido redigidas por seus discípulos após a morte do apóstolo. “Elas são muito diferentes em estilo literário e conteúdo”, afirma Pedro Vasconcellos, da PUC. Para a Igreja, no entanto, todas as cartas são de autoria de Paulo.
Se são uma rica fonte de difusão da doutrina cristã, esses documentos são também a principal causa da controvérsia sobre o apóstolo. Na opinião de Fernando Travi, líder da Igreja Essênia Brasileira, a descoberta, no século passado, de escrituras datadas dos primeiros anos do cristianismo, como os Manuscritos do Mar Morto, o Evangelho dos 12 Santos (ou da Vida Perfeita) e o Evangelho Essênio da Paz, indica que boa parte do conteúdo das cartas de Paulo está em oposição aos ensinamentos de Jesus (leia quadro na pág. 64). “Existem sérios indícios de que, como num plano de sabotagem, Paulo divulgou uma doutrina falsificada em nome do messias”, diz ele. Opinião parecida tem o pastor batista americano Edgar Jones, autor do livro Paulo: O Estranho. “Jesus de Nazaré deve ser cuidadosamente diferenciado do Jesus de Paulo. Gerações e séculos passaram até que a corrente paulina com seu forte apelo em favor do Império Romano ganhasse ascendência sobre a corrente apostólica”, diz o teólogo.
O fato é que, até o século 4, o cristianismo dividia-se em duas correntes distintas, uma liderada pelos discípulos de Paulo e outra pelos seguidores dos apóstolos de Cristo. Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, a corrente paulina saiu-se vitoriosa. “As idéias de Paulo, afáveis aos dominadores, foram definitivamente incorporadas à doutrina cristã”, diz Fernando.
Para os críticos de Paulo, um exemplo dessa “afabilidade” está presente na Epístola aos Romanos. “Cada um se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus. Aquele que se revolta contra a autoridade opõe-se à ordem estabelecida por Deus”, escreve Paulo. E continua: “É também por isso que pagais impostos, pois os que governam são servidores de Deus”. “Essa passagem revela que ele estava a serviço das autoridades romanas. Jesus, por sua vez, se insurgia contra as leis de Estado”, afirma Fernando. Para os defensores de Paulo, esse texto foi tirado de seu contexto e tornou-se, ao longo dos séculos, uma teoria metafísica do Estado. “O texto só tinha valor para quem vivia em Roma, onde qualquer movimento de desobediência seria esmagado”, diz o teólogo Pedro Vasconcellos.
Para outros teóricos, deve-se diferenciar a doutrina religiosa paulina das opinões do apóstolo sobre a ordem social. “A teoria de Igreja de Paulo é fundamentada no antiautoritarismo, o que influenciou muito a doutrina protestante. Na sua igreja, a idéia de liberdade é plena, mas quando ela é extrapolada para o meio social, surge o seu conservadorismo”, diz o pastor luterano Milton Schwantes, professor da Universidade Metodista de São Paulo e doutor em literatura bíblica. O sacerdote franciscano Jacir de Freitas Faria, mestre em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico (PIB), de Roma, comunga da mesma opinião: “Paulo é uma figura basilar do cristianismo, mas não podemos deixar de ser críticos a ele nessa relação com o Império Romano”.
Outro ponto controverso das epístolas paulinas refere-se à defesa que seu autor faz da escravidão. Na Epístola aos Efésios, Paulo é taxativo: “Servos, odedecei, com temor e tremor, em simplicidade de coração, a vossos senhores nesta vida, como a Cristo”. Para os antipaulinos, o apoio dado pelo apóstolo à escravidão tem sido usado pela Igreja ao longo dos séculos para legitimar situações espúrias de dominação e diverge radicalmente da palavra de Cristo, que pregava um mundo livre de opressões. A corrente pró-paulina argumenta, mais uma vez, que é preciso analisar o contexto histórico para entender seus escritos: “Sua falha em condenar a escravidão torna-se compreensível quando sabemos que cerca de 60% da população de qualquer cidade grande daquele tempo era formada por escravos. Toda economia estava estruturada em torno desse fato e, por isso, uma atitude crítica seria incompreensível”, afirma o biblicista Jerome Murphy-O’Connor, de Jerusalém.
O apóstolo dos pagãos também é bombardeado por suas posições a respeito das mulheres. Na carta endereçada à comunidade cristã de Colosso, ele escreve: “Quanto às mulheres, que elas tenham roupas decentes, se enfeitem com pudor e modéstia. (...) Durante a instrução, a mulher conserve o silêncio, com toda submissão. Não permito que a mulher ensine, ou domine o homem”. Suas palavras atraem até hoje a ira das feministas, que o acusam de misoginia. Seus defensores, por outro lado, argumentam que , ao contrário, ele incentivava a participação das mulheres na vida social. “Paulo acreditou firmemente na igualdade entre os sexos e, em suas igrejas, as mulheres exerciam todos os ministérios. Alguns exegetas munidos de preconceito interpretaram erroneamente os textos paulinos”, diz Murphy-O’Connor.
Outro petardo disparado pelos críticos diz respeito à doutrina da salvação defendida por Paulo. “Paulo diz que os pecados são perdoados se a pessoa acreditar que Jesus morreu na cruz por ela. É a doutrina da salvação em que o herói derrama seu sangue e todos são perdoados por causa dele. Enquanto isso, Jesus diz: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’. Para Jesus, a salvação será dada àqueles que seguirem seus ensinamentos”, afirma Fernando Travi. Os defensores de Paulo discordam e afirmam que o apóstolo foi mais uma vez mal interpretado.
“Creio que houve uma transformação conservadora da mensagem de Paulo. Temos que libertá-lo das idéias errôneas a seu respeito perpetuadas ao longo dos séculos”, diz Pedro Vasconcellos, da PUC.
Conservador ou radical, fiel ou não a Jesus Cristo, São Paulo foi, sem dúvida, um dos poucos evangelizadores – se não o único – a fazer o cristianismo passar da cultura semita à greco-romana, possibilitando que ela se tornasse uma religião mundial. “Ele criou condições para que povos não-judaicos, ao receberem a mensagem de Deus, fossem inseridos de forma igualitária na comunidade cristã”, afirma o André Chevitarese, da UFRJ. Sem Paulo, considerado por muitos o pai do cristianismo, a história da humanidade teria tomado outro rumo. A Idade Média, marcada pela força da Igreja Católica, ocorreria de outra forma e o mundo em que vivemos seria totalmente diferente. Nada seria como é.
Para saber mais
Na livraria
Paulo – Biografia Crítica, Jerome Murphy-O·Connor, Edições Loyola, 1996
Introdução a Paulo e suas Cartas, José Bortolini, Paulus, 2001
Paulo Apóstolo: Um Trabalhador que Anuncia o Evangelho, Carlos Mesters, Paulus, 2002
Libertando Paulo: A Justiça de Deus e a Política do Apóstolo, Neil Elliott, Paulus, 1998
Na internet
Paul – The Stranger (livro eletrônico de Edgar Jones sobre a vida de Paulo)
http://www.voiceofjesus.org/b2tableofcontents.html

Quem é quem no cristianismo

Conheça os principais personagens da igreja primitiva cristã
O FUNDADOR
Jesus:
Filho de Deus, concebido por Maria, nasceu por volta de 5 a.C. e pregou exclusivamente na Palestina. Morreu na cruz em torno de 30 d.C.
A LINHA DE FRENTE
Pedro:
Era o líder dos 12 apóstolos. Pedro, que negou Jesus por três vezes, foi o primeiro papa da Igreja Católica. Dois livros do Novo Testamento (Primeira e Segunda Epístola de São Pedro) são creditados a ele. Segundo a tradição cristã, foi crucificado e morto por volta de 64 d.C. em Roma
Os apóstolos:
Além de Pedro, o grupo dos 12 apóstolos que conviveram com Jesus era formado pelos evangelistas João e Mateus, por André, irmão de Pedro, Bartolomeu, Filipe, Tomé, Tiago Maior, irmão mais velho de João, Simão, Tiago Menor e seu irmão Judas Tadeu e Judas Iscariotes. Depois da traição de Iscariotes, Matias, que havia convivido com Jesus, tomou seu lugar e passou a ser considerado do time dos 12 apóstolos
Tiago:
Identificado na Bíblia como o irmão de Jesus, é o principal líder da comunidade cristã de Jerusalém. Escreveu uma das cartas do Novo Testamento (Epístola de São Tiago). Segundo os historiadores, foi apedrejado até a morte pelos judeus por volta do ano 62 d.C.
OS EVANGELISTAS
Mateus:
Apóstolo de Cristo, é considerado o autor do primeiro dos quatro evangelhos, escrito por volta de 80 d.C., 50 anos depois da morte de Jesus. Antes de sua conversão ao cristianismo, Mateus exercia a função de coletor de impostos
João:
O mais jovem dos apóstolos escreveu o quarto evangelho. Era considerado o discípulo amado de Jesus e foi o único dos 12 apóstolos que não o abandonou na hora de sua morte. No Novo Testamento, é autor também de três epístolas e do Apocalipse
Marcos:
Também chamado de João Marcos, foi autor do segundo evangelho, escrito em Roma pouco antes do ano 60 da Era Cristã. Ele não chegou a conhecer pessoalmente Cristo e, segundo estudiosos, escreveu o evangelho a partir de informações de Pedro
Lucas:
Autor do terceiro evangelho e dos Atos dos Apóstolos, não conviveu com Jesus. Nasceu pagão e pouco se sabe sobre sua vida pessoal e conversão ao cristianismo. Muito ligado a Paulo, é identificado por este como médico
O MISSIONÁRIO
Paulo:
Um dos mais influentes personagens dos primeiros anos do cristianismo, não chegou a conhecer Jesus. Nasceu em torno de 6 d.C. e converteu-se ao cristianismo quando tinha cerca de 28 anos. Viajou por quase todo o Império Romano disseminando a palavra de Cristo e morreu decapitado por volta de 67 d.C., em Roma
GRUPO DAS MULHERES
Sabe-se muito pouco sobre o que elas fizeram, mas os estudiosos concordam que Maria Madalena, Maria de Cleófas, Marta e Joana, entre outras, tiveram um papel importante na origem do cristianismo. Nesse time, cabe destacar o papel de Maria Madalena, que é citada nos evangelhos nas passagens da crucificação e da ressurreição de Jesus

Paulo, no tempo e no espaço

O apóstolo dos gentios fez quatro viagens missionárias: conheça o percurso de cada uma delas
Tarso:
Terra natal de Paulo, era um dos mais importantes núcleos do Império Romano na Ásia. Ficava na fronteira do Ocidente e do Oriente e tinha um ar cosmopolita e multicultural
Jerusalém:
Principal centro do cristianismo, foi onde Paulo recebeu sua educação religiosa, na escola de Gamaliel. A cidade também foi sede do Concílio Apostólico (49), que liberou os neocristãos advindos do paganismo da circuncisão
Damasco:
Cidade na Síria para onde Paulo se dirigia quando teve uma visão de Jesus e converteu-se como um de seus mais ardorosos discípulos
Antióquia da Síria:
Depois de Jerusalém, foi aqui que surgiu a mais importante comunidade cristã da Antiguidade. A igreja de Antióquia era formada principalmente por pagãos convertidos, ao contrário de Jerusalém, composta quase exclusivamente por cristãos-judeus
Cesaréia:
Paulo permaneceu encarcerado nessa cidade durante dois anos, entre 58 e 60, depois que foi preso na praça do Templo, em Jerusalém. Em seguida, foi levado para Roma
Chipre:
Primeira parada de Paulo em sua viagem missionária inaugural, em 46. Era a terra natal de Barnabé, aparentemente o líder da jornada
Éfeso:
O apóstolo passou mais de dois anos em Éfeso, grande centro cultural e comercial da Ásia. Foi uma estadia mais longa do que o habitual. Provavelmente ele esteve preso por algum tempo na cidade
Filipos:
Primeira grande cidade do continente europeu visitada por Paulo, em sua segunda viagem missionária, que durou de 49 a 52. Aqui nasce a primeira comunidade cristã da Europa
Tessalônica:
Principal localidade da Macedônia, tinha uma população formada por gregos, romanos, judeus e orientais. Paulo fundou uma importante igreja no local
Atenas:
Capital cultural do mundo grego, foi visitada por Paulo durante sua segunda jornada de peregrinação. Sua pregação na cidade não foi bem recebida
Corinto:
Paulo viveu por 18 meses na cidade (do inverno de 50 ao verão de 52), que abrigava uma população de 500 mil habitantes. Foi aqui que ele escreveu a Primeira Epístola aos Tessalonicenses, considerada o mais antigo livro do Novo Testamento
Roma:
Paulo chegou preso a Roma em 60. Ficou na cidade cerca de dois anos, em prisão domiciliar. Depois de solto, deve ter ido à Espanha. Retornou à capital do império em 67, quando foi novamente preso e decapitado
Ano a ano, a vida dos apóstolo
Cerca de 5 ou 6 d.C.
Nasce em Tarso, importante cidade da Ásia Menor
20
Muda para Jerusalém para estudar na escola do rabino Gamaliel
34
Converte-se ao cristianismo
37
Faz suas primeiras pregações em Damasco. Volta a Jerusalém como cristão, mas, perseguido pelos judeus, foge para Tarso
37 a 45
Permanece em Tarso
45
Visita, a convite de Barnabé, a igreja da Antióquia, a segunda mais importante para os cristãos depois da de Jerusalém
46 a 48
Faz sua primeira viagem apostólica em companhia de Barnabé e Marcos
49
Participa do Concílio Apostólico de Jerusalém
49 a 52
Faz a segunda viagem apostólica, agora com Timóteo e Lucas
53 a 57
Faz a terceira viagem apostólica. Permanece quase três anos em Éfeso
57
É preso pelos romanos em Jerusalém
60
É enviado como prisioneiro a Roma
63
É solto por falta de provas. Parte em uma missão infrutífera à Espanha
Cerca de 67
Retorna a Roma e é preso mais uma vez. É executado por degolamento

Pregação controversa

As supostas contradições entre os ensinamentos de Cristo e de Paulo
Sobre A obediência ao Estado
O que Cristo teria dito: “Cuidarei e protegerei o fraco e aqueles que são oprimidos e todas as criaturas que sofrem injustiça.” Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 46:18*
O que Paulo disse: “Cada um se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Ele.” Epístola aos Romanos, 13:1-3
Sobre a escravidão
O que Cristo teria dito: “Protegereis o fraco (...) Deus mandou-me ajudar os quebrantados, para proclamar a liberdade dos cativos.” Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 13:2
O que Paulo disse: “Servos, odedecei, com temor e tremor, em simplicidade de coração, a vossos senhores nesta vida, como a Cristo; servindo-os, não quando vigiados, para agradar a homens, mas como servos de Cristo, que põem a alma em atender à vontade de Deus.” Epístola aos Efésios, 6:5-6
Sobre a submissão feminina
O que Cristo teria dito: “Em Deus, o masculino não é sem o feminino, nem o feminino sem o masculino (...) Deus criou a espécie humana na divina imagem macho e fêmea (...) Assim, devem os nomes do Pai e da Mãe ser igualmente reverenciados.” Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 52:10
O que Paulo disse: “Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres o sejam a seus maridos, como ao Senhor, porque o homem é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja e o salvador do Corpo.” Epístola aos Efésios, 5:21-23
Sobre o doutrina da salvação
O que Cristo teria dito: “Mas eis que um maior que Moisés está aqui, e Ele vos dará a mais alta Lei, ainda a perfeita Lei, e esta Lei obedecerás. (...) Aqueles que acreditam e obedecem salvarão suas almas, e aqueles que não obedecem as perderão. Pois digo a vós, a não ser que vossa justiça sobrepuje a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino do Céu.” Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 25:10
O que Paulo disse: “Se com tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. ” Epístola aos Romanos, 10:9
* O Evangelho dos 12 Santos é um texto apócrifo do início do cristianismo, supostamente escrito pelos 12 apóstolos. Ele não é reconhecido pela Igreja.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Hebreus negros imagens. Black Hebrews images

EM 2004, JESUS FOI ELEITO O MAIOR ÍCONE NEGRO DE TODOS OS TEMPOS, PELO JORNAL NEW NATION, O QUE LEVOU A UM DEBATE SOBRE A COR DE SUA PELE. 
“APESAR DE AS REPRESENTAÇÕES COMUNS, NAS CULTURAS OCIDENTAIS, DO JESUS LOIRO, DE OLHOS AZUIS E VISUAL HIPPIE, TODAS AS EVIDÊNCIAS APONTAM PARA O FATO DE QUE JESUS NÃO PODERIA TER SIDO DE EXTRAÇÃO ESCANDINAVA E CERTAMENTE ERA UM IRMÃO DE COR”, DISSE O JORNAL. 
NOS ESTUDOS JESUS / YESHUA / YAHUSHUA É UMA FARSA – PARTE 1 EPARTE 2, PROVAMOS QUE ELE É APENAS É UM ÍDOLO QUE OS JUDEUS PLAGIARAM DA MITOLOGIA DE VÁRIOS POVOS PAGÃOS ANTIGOS E PUSERAM EM UM LIVRO QUE ELES MESMOS ESCREVERAM, O NOVO TESTAMENTO, QUE NÃO É UM LIVRO SAGRADO, POIS NÃO FOI INSPIRADO PELO ALTÍSSIMO (LEIA O ESTUDO “POR QUE NÃO ACREDITO NO NOVO TESTAMENTO”).
ENTÃO, POR QUE OS ARCOSSÓLIOS, AFRESCOS E MOSAICOS DAS IGREJAS E CAPELAS, E AS BÍBLIAS ANTIGAS EXIBIAM IMAGENS DE UM JESUS / YESHUA / YAHUSHUA NEGRO?
PORQUE OS ANTIGOS HEBREUS ERAM NEGROS E TODOS SABIAM DISSO, ENTÃO, PARA DAR CRÉDITO À SUA MENTIRA, ELES TIVERAM QUE APRESENTAR UMA IMAGEM QUE ESTIVESSE DE ACORDO COM A APARÊNCIA FÍSICA DOS ANTIGOS ISRAELITAS.
A HISTÓRIA CONFIRMA QUE OS HEBREUS ERAM NEGROS, POR ISSO, ALGUMAS DAS MAIS ANTIGAS IMAGENS DE JESUS / YESHUA / YAHUSHUA MOSTRAM-NO COMO UM NEGRO DE PELE BEM ESCURA.
ESTE AFRESCO, RETRATANDO A CURA DO PARALÍTICO, É A MAIS ANTIGA REPRESENTAÇÃO CONHECIDA DO MASHIYACH, QUE DATA DE CERCA DE 235 EC.

 A PINTURA FOI ENCONTRADA, EM 1921, NA PAREDE DO LADO ESQUERDO DA CÂMARA BATISMAL DA SINAGOGA DURA-EUROPOS, NO RIO EUFRATES, NA SÍRIA MODERNA.
ESTE AFRESCO DO “BOM PASTOR” FOI ENCONTRADO NO TETO DA CAPELA DE LUCINA, NA CATACUMBA DE CALLIXTUS, EM ROMA.

 A CONSTRUÇÃO DA ABÓBODA EM SI FOI DATADA DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO 2, MAS O USO DAS LINHAS VERMELHAS E VERDES PARA DIVIDIR O ESPAÇO (SEMELHANTE ÀS CÂMARAS SOB SAN SEBASTIANO) SUGERIU A PRIMEIRA METADE OU MEADOS DO 3° SÉCULO PARA ESTE AFRESCO.
ESTE AFRESCO DE JESUS / YESHUA / YAHUSHUA ENTRE OS APÓSTOLOS ESTÁ EM UM ARCOSSÓLIO DA CRIPTA DE AMPLIATO, NAS CATACUMBAS DE ST. DOMITILLA, EM ROMA. AS CATACUMBAS DE DOMITILLA DATAM DO 2° AO 4° SÉCULO.

ESTE PAINEL DE MADEIRA PINTADA ENCONTRA-SE NO MUSEU COPTA, NA CIDADE DO CAIRO – EGITO. ELE RETRATA JESUS / YESHUA / YAHUSHUA E SEUS DISCÍPULOS, TODOS NEGROS, DE TEZ BEM ESCURA.

ESTE MOSAICO É DO 6° SÉCULO E MOSTRA UM JESUS DE PELE MUITO ESCURA. A IMAGEM É DE UMA IGREJA, EM ROMA, E DATA DE 530 EC.

ESTA IMAGEM ETÍOPE É DO SÉC. XVII OU XVIII E RETRATA UM JESUS / YESHUA / YAHUSHUA DE PELE NEGRA E CABELO CRESPO.

 ESTA IMAGEM É BEM MAIS RECENTE, DO ANO DE 1960.

ESTA BÍBLIA, DE 1611, MOSTRA IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS.

ADAM (ADÃO) E CHAVVAH (EVA)

MOSHEH (MOISÉS)

009 -03 JOSUÉ 001
YAHUSHUA (JOSUÉ)

009 -04 GIDEÃO 001
GID’DON (GIDEÃO)

009 -05 REI DAVI 001
DAVID (DAVI)

009 -06 O PROFETA DANIEL 001
DANIYEL

009 -07 O PROFETA ZACARIAS 001
ZEKARIYAH (ZACARIAS)

009 -08 MARIA 001
MIRYAM (MARIA)

009 -09 O EMISSÁRIO PEDRO 001
KEPH (PEDRO)

009 -10 O EMISSÁRIO PAULO 001
SHAUL (PAULO)

009 -11 OS MÁRTIRES 001
OS MÁRTIRES

009 -12 OS PROFETAS 001
OS PROFETAS

009 -13 OS SANTOS 001
OS SANTOS

COMO VOCÊ PODE VER, NESTA BÍBLIA DE 1611, ANTIGAMENTE, ATÉ MESMO AS BÍBLIAS CORROMPIDAS RETRATAVAM OS HEBREUS COMO UM POVO DE PELE NEGRA. ATÉ ENTÃO, O MASHIYACH NUNCA FORA CHAMADO DE JESUS, NEM OS ISRAELITAS ERAM CHAMADOS DE JUDEUS, ATÉ PORQUE O IDIOMA ORIGINAL DAS ESCRITURAS É O HEBRAICO E NÃO EXISTE LETRA “J” NO ALFABETO HEBRAICO. TAMBÉM NÃO EXISTE LETRA “J” NO ALFABETO ARAMAICO, GREGO OU LATIM E, ANTES DA IDADE MÉDIA, ESTA LETRA NÃO EXISTIA NO ALFABETO INGLÊS, PORTUGUÊS, NEM EM NENHUM OUTRO. 
A VERDADE É QUE O MASHIYACH QUE OS ISRAELITAS AGUARDAVAM (E CONTINUAM AGUARDANDO PORQUE ELE AINDA NÃO VEIO) NUNCA FOI CHAMADO DE JESUS, NEM DE YESHUA, NEM DE YAHUSHUA E SIM DE “YAH JUSTIÇA NOSSA”.
YIRMEYAHU / JEREMIAS 23:5 – EIS QUE VÊM DIAS, DIZ YHWH, EM QUE LEVANTEREI A DAVID UM RENOVO JUSTO; E, REI QUE É, REINARÁ, E AGIRÁ SABIAMENTE, E EXECUTARÁ O JUÍZO E A JUSTIÇA NA TERRA.
6 – NOS SEUS DIAS, YAHUDAH SERÁ SALVO, E YISRAEL HABITARÁ SEGURO; SERÁ ESTE O SEU NOME, COM QUE SERÁ CHAMADO: YHWH, JUSTIÇA NOSSA.
O POVO ISRAELITA É COMPOSTO DE 12 TRIBOS E NENHUM DELES ERA CHAMADO DE JUDEU. O QUARTO FILHO DE YA’ACOV (JACÓ) SE CHAMAVA YAHUDAH (JUDÁ) E SEUS DESCENDENTES ERAM CHAMADOS DE YAHUDIM. EM PORTUGUÊS, A PALAVRA CORRESPONDENTE A YAHUDIM É JUDAÍTAS E NÃO JUDEUS. 
OS POVOS ANTIGOS NUNCA VIRAM ISRAELITAS BRANCOS, NUNCA CHAMARAM OS ISRAELITAS DE JUDEUS E NUNCA CONHECERAM UM POVO CHAMADO JUDEU. O POVO QUE HOJE É CONHECIDO COMO JUDEU, ERA CHAMADO DE EDOMITA PORQUE SÃO DESCENDENTES DE ESAV / EDOM.
COMO VISTO NO ESTUDO “EDOMITAS, AMALEQUITAS E KHAZARES“, HÁ 3 CATEGORIAS DE JUDEUS:
1) EDOMITAS / SEPHARDIM (SEFARDITAS) - DESCENDENTES DE EDOM / ESAV (ESAÚ), QUE FORAM OS PRIMEIROS JUDEUS, OS JUDEUS ORIENTAIS QUE INVADIRAM SHOMEROM (SAMARIA);
2) AMALEQUITAS – DESCENDENTES DE AMALEK, QUE ERA NETO DE EDOM. ESTES SÃO OS BANQUEIROS DE HOJE, AQUELES QUE ALÉM DE COMANDAREM A MÍDIA UNIVERSAL, INCLUINDO A TV E A IMPRENSA, O SISTEMA POLÍTICO E RELIGIOSO, O SISTEMA DE EDUCAÇÃO, DE ALIMENTAÇÃO, DE SAÚDE, A INDÚSTRIA DA GUERRA, DA MÚSICA E DO CINEMA, DOMINAM TAMBÉM TODA A ECONOMIA MUNDIAL. ENTRE ELES ESTÃO A FAMÍLIA ROTHSCHILD, A FAMÍLIA ROCKEFELLER, A FAMÍLIA REAL BRITÂNICA E OS PARTICIPANTES DO BILDERBERG GROUP OU CLUBE DE BILDERBERG. AS PESSOAS MAIS RICAS, INFLUENTES E PODEROSAS DO MUNDO, ATUALMENTE;
3) ASHKENAZIM – DESCENDENTES DE YAPHET (JAFÉ) POR PARTE DE SEU FILHO TOGARMA (GÊNESIS 10:2-5), QUE É O PATRIARCA DOS TURCOS, MAS SE AUTODENOMINAM ASQUENAZI PORQUE YIRMEYAHU (JEREMIAS) PROFETIZOU QUE ASQUENAZ E SEUS ALIADOS CONQUISTARIAM A BABILÔNIA (JEREMIAS 51:27), PORTANTO, OS ASHKENAZIM SÃO EUROPEUS, OU SEJA, SÃO GENTIOS E A ÚNICA RELAÇÃO QUE ELES TÊM COM OS HEBREUS É QUE SE MISTURARAM COM OS EDOMITAS (DESCENDENTES DE ESAÚ / EDOM), MAS NÃO SÃO DESCENDENTES DE YA’AQOV (JACÓ), ENTÃO, NÃO SÃO ISRAELITAS. 
OS VERDADEIROS ISRAELITAS FORAM CAPTURADOS E TRAZIDOS PARA O OCIDENTE, COMO ESCRAVOS, EM NAVIOS NEGREIROS, DURANTE O TRÁFICO TRANSATLÂNTICO E, QUANDO CHEGARAM AQUI, SEUS NOMES ORIGINAIS HEBRAICOS FORAM SUBSTITUÍDOS POR NOMES OCIDENTAIS, CRISTÃOS OU JUDEUS, E FORAM PROIBIDOS DE MANTER SUA CRENÇA. 
ELES NÃO TINHAM ACESSO NEM MESMO AS BÍBLIAS CORROMPIDAS. ERA PROIBIDO LER OU ENSINAR A BÍBLIA A UM ESCRAVO. ISSO PORQUE O PLANO DOS NOSSOS INIMIGOS ERA FAZER COM QUE NOSSO POVO ESQUECESSE COMPLETAMENTE SUAS ORIGENS PARA QUE SUA VERDADEIRA IDENTIDADE FOSSE OCULTADA E TOTALMENTE APAGADA. 
IMAGINE SE OS ESCRAVOS NEGROS ABRISSEM UMA BÍBLIA COMO ESTA, DE 1611, E VISSE TODO O SEU POVO RETRATADO NELA… ISSO ESTRAGARIA OS PLANOS DOS SEUS OPRESSORES PORQUE JAMAIS ESQUECERIAM SUAS ORIGENS ISRAELITAS. ISSO SEM FALAR NO JESUS / YESHUA / YAHUSHUA DO NOVO TESTAMENTO QUE ELES, COMO VERDADEIROS ISRAELITAS, SABIAM MUITO BEM QUE ELE NUNCA EXISTIU, QUE NÃO ERA O MASHIYACH HEBREU E TODA A HISTÓRIA ACERCA DELE É UMA FARSA.
REPARE QUE OS ESCRAVOS CANTAVAM CANÇÕES QUE FALAVAM DE YAH, DE MOSHEH, DO CATIVEIRO DA BABILÔNIA E DE DIVERSAS COISAS QUE ACONTECERAM MUITO ANTES DA SUPOSTA VINDA DE JESUS / YESHUA / YAHUSHUA, MAS NUNCA FALAVAM DELE.

AGORA, EU PERGUNTO:
QUAL A RAZÃO DOS ISRAELITAS LEMBRAREM DE COISAS MUITO MAIS ANTIGAS E ESQUECEREM DE MENCIONAR JESUS / YESHUA / YAHUSHUA, SE ELE FOI ALGUÉM TÃO IMPORTANTE, O MESSIAS, O SALVADOR, E QUE ERA MUITO MAIS RECENTE DO QUE AS COISAS ANTIGAS DAS QUAIS ELES FALAVAM?
RESPOSTA:
OS ISRAELITAS NUNCA FALARAM DE YESHUA / YAHUSHUA / JESUS PORQUE ELE NÃO É O MASHIYACH, NÃO É O SALVADOR E NUNCA EXISTIU. TUDO O QUE O NOVO TESTAMENTO DIZ A RESPEITO DELE É MENTIRA!
O NOVO TESTAMENTO E SEU FALSO MESSIAS SÃO UMA FARSA E SE OS ISRAELITAS QUE FORAM TRAZIDOS PARA O OCIDENTE COMO ESCRAVOS TIVESSEM ACESSO AS BÍBLIAS DESDE QUE CHAGARAM AQUI, ALÉM DE NUNCA ESQUECEREM O SEU PASSADO, PODERIAM CONTAR A TODOS QUE O NOVO TESTAMENTO É PURA MENTIRA.
OS OPRESSORES TINHAM QUE ELIMINAR AS EVIDÊNCIAS, O MÁXIMO POSSÍVEL, PARA QUE O MUNDO NÃO PUDESSE PERCEBER QUE AQUELES ESCRAVOS NEGROS ERAM OS ISRAELITAS BÍBLICOS E FOI JUSTAMENTE NESTA ÉPOCA QUE COMEÇARAM A TRABALHAR INTENSAMENTE NA RETIRADA DAS IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS DE CIRCULAÇÃO, NA SUBSTITUIÇÃO DESSAS IMAGENS POR IMAGENS FALSAS QUE RETRATAVAM OS HEBREUS COMO UM POVO DE PELE BRANCA, E NA SUBSTITUIÇÃO DOS VERDADEIROS ISRAELITAS PELOS JUDEUS. 
TODA ESTA FARSA DE RETRATAR OS HEBREUS COM APARÊNCIA EUROPÉIA E CHAMAR OS ISRAELITAS DE JUDEUS GANHOU FORÇA COM O ADVENTO DA SUPREMACIA BRANCA. AS IMAGENS DE HEBREUS NEGROS FORAM SENDO RETIRADAS DE CIRCULAÇÃO ENQUANTO IMAGENS DE HEBREUS BRANCOS FORAM DIVULGADAS EM LARGA ESCALA, ASSIM COMO A PALAVRA JUDEUS E O NOME JESUS. 

VEJA O PINTOR ALTERANDO AS IMAGENS:
010 -01 PINTORES ALTERANDO AS IMAGENS DOS HEBREUS 001
010 -02 PINTORES ALTERANDO AS IMAGENS DOS HEBREUS 002
011 - ESBOÇOS DE CESARE BORGIA POR LEONARDO DA VINCI 001

ESSES SÃO ESBOÇOS DE CESARE BORGIA, FEITOS PELO FAMOSO PINTOR LEONARDO DA VINCI.

BÍBLIAS ANTIGAS REVELAM IMAGENS DOS HEBREUS NEGROS

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